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A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançará o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, às 9h desta sexta-feira (15/05/2015), em Luís Eduardo Magalhães (BA). O evento ocorrerá no Centro de Coordenação Regional do Senar. Formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a região é uma das principais áreas do mundo em expansão na produção de grãos. O Matopiba, cujo nome é um acrônimo formado com as iniciais dos estados que o formam, é considerado a última fronteira agrícola do mundo e representa hoje cerca de 10% da produção de grãos no Brasil. (…) O território do Matopiba apresenta a expansão de uma fronteira agrícola baseada em tecnologias modernas de alta produtividade. Hoje, o principal grão destinado à exportação é a soja, mas outras culturas começam despontar na região, como o algodão e o milho. Os dados coletados pela Embrapa mostram concentração de renda e pobreza na região. Do total de estabelecimentos rurais da região, 80% são muito pobres (renda mensal de 0 a 2 salários mínimos) e geraram apenas 5,22% de toda a renda bruta do Matopiba. 14% são pobres e geraram 8,35 % da riqueza na região. 5,79% são classe média e responsáveis por 26,74% da renda. Somente 0,42% das propriedades são ricas (renda mensal de 200 salários mínimos) e geraram 59% da renda bruta da região. FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Ministra lança plano Matopiba na Bahia. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2015/05/ministra-lanca-plano-matopiba-na-bahia>.Acesso em: 05 out 2016. Adaptado.A notícia acima apresenta alguns dos elementos que compõem a realidade do espaço agrário brasileiro. Sobre tal, é possível afirmar corretamente:

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançará o Plano de
Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, às 9h desta sexta-feira (15/05/2015), em Luís
Eduardo Magalhães (BA). O evento ocorrerá no Centro de Coordenação Regional do Senar.
Formada por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a região é uma das principais
áreas do mundo em expansão na produção de grãos. O Matopiba, cujo nome é um
acrônimo formado com as iniciais dos estados que o formam, é considerado a última
fronteira agrícola do mundo e representa hoje cerca de 10% da produção de grãos no
Brasil. (…) O território do Matopiba apresenta a expansão de uma fronteira agrícola
baseada em tecnologias modernas de alta produtividade. Hoje, o principal grão destinado à
exportação é a soja, mas outras culturas começam despontar na região, como o algodão e
o milho.
Os dados coletados pela Embrapa mostram concentração de renda e pobreza na
região. Do total de estabelecimentos rurais da região, 80% são muito pobres (renda mensal
de 0 a 2 salários mínimos) e geraram apenas 5,22% de toda a renda bruta do Matopiba.
14% são pobres e geraram 8,35 % da riqueza na região. 5,79% são classe média e
responsáveis por 26,74% da renda. Somente 0,42% das propriedades são ricas (renda
mensal de 200 salários mínimos) e geraram 59% da renda bruta da região.
FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Ministra lança plano Matopiba na Bahia. Disponível em:
<http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2015/05/ministra-lanca-plano-matopiba-na-bahia>.Acesso em: 05 out 2016. Adaptado.
A notícia acima apresenta alguns dos elementos que compõem a realidade do espaço
agrário brasileiro. Sobre tal, é possível afirmar corretamente:

Resposta:

A alternativa correta é C)

A notícia sobre o lançamento do Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba revela aspectos centrais da dinâmica do espaço agrário brasileiro contemporâneo. A região, composta por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, consolida-se como uma das últimas fronteiras agrícolas globais, destacando-se pela produção de grãos como soja, algodão e milho, destinados principalmente ao mercado externo. Esse cenário evidencia a internacionalização do comércio agrícola brasileiro, característica marcante do agronegócio nacional, que transformou o país em um dos maiores exportadores de commodities do mundo.

Contudo, o texto também expõe contradições profundas do modelo de desenvolvimento agropecuário adotado. Enquanto a região apresenta crescimento baseado em tecnologias modernas e alta produtividade, os dados da Embrapa revelam uma concentração extrema de renda: 80% dos estabelecimentos rurais são extremamente pobres, gerando apenas 5,22% da riqueza regional, enquanto 0,42% das propriedades concentram 59% da renda bruta. Essa desigualdade estrutural demonstra como a modernização agrícola no Brasil tem sido historicamente excludente, beneficiando grandes produtores integrados ao mercado global em detrimento da agricultura familiar.

A alternativa C) é a correta por capturar a essência do fenômeno descrito: a produção agrícola brasileira, especialmente em regiões de fronteira como o Matopiba, está profundamente vinculada ao comércio internacional. Esse padrão repete a lógica histórica do setor primário no país, agora atualizada pelo protagonismo do agronegócio tecnificado na balança comercial. As demais alternativas falham ao não reconhecer a seletividade geográfica da modernização (A), a ausência de reforma agrária efetiva (B), o aumento de produtividade sem expansão proporcional de área (D) ou confundem sistemas intensivos com extensivos (E).

O caso do Matopiba sintetiza assim os paradoxos do campo brasileiro: pujança exportadora convivendo com desigualdades históricas, modernização técnica sem inclusão social, e crescimento econômico com concentração fundiária. Um retrato perfeito da agricultura capitalista no século XXI.

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