A identificação das maiores aglomerações de população no País tem sido objeto de estudo do IBGE desde a década de 1960. A necessidade de fornecer conhecimento atualizado desses recortes impõe a identificação de formas urbanas que surgem a partir de cidades de diferentes tamanhos, em face da crescente expansão urbana não só nas áreas de economia mais avançada, mas também no Brasil como um todo. As mudanças tecnológicas e de comunicações promoveram o surgimento de formas complexas de urbanização. Um exemplo é o arranjo populacional, que é o agrupamento de dois ou mais municípios, onde há uma forte integração populacional devido aos movimentos pendulares para trabalho ou estudo, ou devido à contiguidade entre as manchas urbanizadas. (Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.) Com base no texto acima, que trata da proposta elaborada pelo IBGE quanto à identificação de arranjos populacionais no território brasileiro, é INCORRETO afirmar:
A identificação das maiores aglomerações de população no País tem sido objeto de estudo do IBGE desde a década de 1960.
A necessidade de fornecer conhecimento atualizado desses recortes impõe a identificação de formas urbanas que surgem a
partir de cidades de diferentes tamanhos, em face da crescente expansão urbana não só nas áreas de economia mais
avançada, mas também no Brasil como um todo. As mudanças tecnológicas e de comunicações promoveram o surgimento de
formas complexas de urbanização. Um exemplo é o arranjo populacional, que é o agrupamento de dois ou mais municípios,
onde há uma forte integração populacional devido aos movimentos pendulares para trabalho ou estudo, ou devido à
contiguidade entre as manchas urbanizadas.
(Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.)
Com base no texto acima, que trata da proposta elaborada pelo IBGE quanto à identificação de arranjos populacionais
no território brasileiro, é INCORRETO afirmar:
- A)Os arranjos populacionais evidenciam uma segmentação entre os locais de residência e emprego nas aglomerações urbanas do país no contexto contemporâneo.
- B)Os arranjos populacionais permitem uma análise que articula processos urbanos, populacionais e econômicos nos estudos geográficos da realidade brasileira.
- C)Os arranjos populacionais propiciam a compreensão da escala regional da urbanização e das múltiplas transformações socioespaciais no território brasileiro.
- D)Os arranjos populacionais apontam para as problemáticas da reestruturação produtiva global, da valorização do solo urbano e da mobilidade inter e intraurbana.
- E)Os arranjos populacionais revelam o esgotamento das ideias de conurbação e metropolização para a análise dos atuais processos socioespaciais urbanos no Brasil.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O estudo das aglomerações populacionais no Brasil, conduzido pelo IBGE desde a década de 1960, busca compreender as dinâmicas urbanas contemporâneas, marcadas pela expansão territorial e pela complexidade das relações socioespaciais. A proposta dos arranjos populacionais surge como uma ferramenta analítica para capturar a integração entre municípios, seja por meio de movimentos pendulares (como trabalho e estudo) ou pela contiguidade das manchas urbanizadas. Essa abordagem permite uma visão mais abrangente dos processos de urbanização, indo além dos conceitos tradicionais de conurbação e metropolização.
A alternativa E) é incorreta porque os arranjos populacionais não invalidam ou esgotam as noções de conurbação e metropolização, mas, sim, as complementam. Esses conceitos continuam relevantes para entender a formação de grandes aglomerados urbanos, enquanto os arranjos ampliam a perspectiva ao incluir interações funcionais entre cidades de diferentes portes. As demais alternativas estão corretas: os arranjos de fato evidenciam a segmentação entre residência e emprego (A), articulam processos urbanos, populacionais e econômicos (B), ajudam a compreender a escala regional da urbanização (C) e refletem problemáticas como a reestruturação produtiva e a mobilidade (D).
Portanto, a análise do IBGE sobre arranjos populacionais reforça a necessidade de abordagens multiescalares para entender a urbanização brasileira, sem descartar conceitos consolidados, mas integrando-os a novas realidades territoriais.
Deixe um comentário