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    É difícil imaginar que nos anos 1990, num pais com setores da população na pobreza absoluta e sem uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um governo possa abandonar o papel de promotor de programas de geração de emprego, de assistência social, de desenvolvimento da infraestrutura e de promoção de regiões excluídas, na expectativa de que o mercado venha algum dia a dar uma resposta adequada a tudo isso. SORJ. B. A nova sociedade brasileira. Rio do Janeiro. Jorge Zahar. 2000 (adaptado) Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente à situação social do pais coincidiu com a priorização de que medidas?

    É difícil imaginar que nos anos 1990, num pais
com setores da população na pobreza absoluta e sem
uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um
governo possa abandonar o papel de promotor de
programas de geração de emprego, de assistência
social, de desenvolvimento da infraestrutura e de
promoção de regiões excluídas, na expectativa de
que o mercado venha algum dia a dar uma resposta
adequada a tudo isso.
SORJ. B. A nova sociedade brasileira. Rio do Janeiro. Jorge Zahar. 2000 (adaptado)
Nesse contexto, a criticada postura dos governos frente
à situação social do pais coincidiu com a priorização de
que medidas?

Resposta:

A alternativa correta é E)

O trecho apresentado retrata uma crítica à postura adotada pelos governos brasileiros nos anos 1990, período marcado por profundas desigualdades sociais e pela ausência de uma rede de proteção eficiente. Diante desse cenário, a opção por reduzir a intervenção estatal na economia e na promoção de políticas sociais, confiando no mercado como solução, gerou questionamentos sobre a priorização de medidas que não atendiam diretamente às necessidades mais urgentes da população.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a E) Reforma das políticas macroeconômicas e dos mecanismos de controle inflacionário. Essa escolha reflete o foco da época em estabilizar a economia, especialmente após o Plano Real, com medidas como o ajuste fiscal, abertura comercial e privatizações, em detrimento de investimentos sociais e infraestrutura. Embora essas reformas tenham buscado conter a hiperinflação e modernizar a economia, deixaram lacunas no combate à pobreza e na redução das desigualdades regionais, evidenciando um descompasso entre as prioridades econômicas e as demandas sociais.

Assim, o texto de Sorj destaca um paradoxo: enquanto o país avançava na estabilização monetária e na inserção internacional, parte significativa da população permanecia à margem desses benefícios, sem políticas públicas robustas que garantissem emprego, assistência ou desenvolvimento territorial equilibrado. Essa crítica ressoa até hoje, servindo como reflexão sobre os limites do liberalismo econômico em contextos de extrema vulnerabilidade.

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