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Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo. De ficção e realidade: diálogo possível – Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações, politicalha, trapaças…  – Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro, valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”. – Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto?  – É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!…”.  – O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos. – Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha! – É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os cascalhos vela…”.– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato? – Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais equidade: “– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes iguais”– Então, ainda há o que cantar neste país? – Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota esperança”.   Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os poemas originais de onde os versos foram extraídos.

Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo.

De ficção e realidade: diálogo possível
– Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações,
politicalha, trapaças…  
– Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro,
valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”.
– Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto?  
– É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre
que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!…”. 
 – O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos.
– Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro
branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada
recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha!
– É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os
cascalhos vela…”.
– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato?
– Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais
equidade: “
– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes
iguais”
– Então, ainda há o que cantar neste país?
– Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o
labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota
esperança”.  

Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os poemas originais de onde os versos foram
extraídos.

Resposta:

A alternativa correta é C)

O diálogo apresentado entrelaça referências literárias com críticas à realidade política brasileira, utilizando versos de diferentes movimentos poéticos. A análise das alternativas revela que a opção incorreta é a C), pois os versos "O metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei" não pertencem a Tomás Antônio Gonzaga, árcade e inconfidente mineiro, mas sim ao poema "O Elogio da Vaidade" de Gregório de Matos, poeta barroco. Essa atribuição errônea contrasta com as demais alternativas, que identificam corretamente os autores e contextos dos versos citados: Gregório de Matos (A), Álvares de Azevedo (B), Gonçalves Dias (D) e Olavo Bilac (E). A questão evidencia como a literatura, mesmo em suas formas mais líricas, mantém diálogo direto com a realidade social, seja para denunciar, satirizar ou transcender as mazelas humanas.

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