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Para a questão, considere o fragmento abaixo, extraído de Vidas secas, de Graciliano Ramos. O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.                                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.) Uma definição possível de alteridade é “a capacidade de se colocar no lugar do outro”. No excerto, o menino mais velho, após ter recebido um cocorote de sinhá Vitória, ao lhe ter feito uma pergunta sobre a palavra “inferno”, conta uma história para Baleia. Da leitura desse trecho, podemos concluir que

Para a questão, considere o fragmento abaixo, extraído de Vidas secas, de Graciliano Ramos.

O pequeno sentou-se, acomodou-se nas pernas a cabeça da cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma história. Tinha um vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com movimentos fáceis de entender.

                                                                              (Graciliano Ramos. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 57.)

Uma definição possível de alteridade é “a capacidade de se colocar no lugar do outro”. No excerto, o menino mais velho, após ter recebido um cocorote de sinhá Vitória, ao lhe ter feito uma pergunta sobre a palavra “inferno”, conta uma história para Baleia. Da leitura desse trecho, podemos concluir que





Resposta:

A alternativa correta é A)

O fragmento de Vidas secas, de Graciliano Ramos, apresenta uma cena marcante em que o menino mais velho, apesar de seu vocabulário limitado, estabelece uma comunicação profunda com a cachorra Baleia. Essa interação revela a capacidade humana de criar laços mesmo em condições adversas, demonstrando a essência da alteridade.

A alternativa correta, A), destaca que o narrador consegue construir a alteridade ao se colocar no lugar do menino e de Baleia, permitindo que o leitor compreenda a relação entre eles. Apesar da linguagem rudimentar, a comunicação se dá por meio de gestos, exclamações e respostas corporais, mostrando que a conexão vai além das palavras.

As outras alternativas falham em captar a complexidade da cena. A opção B) nega a possibilidade de alteridade sem linguagem verbal, ignorando outras formas de expressão. A alternativa C) desconsidera o contexto social da obra, que mostra como a pobreza e a seca moldam a vida das personagens. Já a opção D) interpreta erroneamente a relação, pois Baleia não reduz o menino, mas sim estabelece um diálogo afetivo com ele.

Portanto, o trecho exemplifica como a alteridade pode surgir mesmo em situações de privação, reforçando a humanidade das personagens e a sensibilidade do narrador em retratá-las.

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