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Para responder à questão, considere o texto abaixo, de Ilka Brunhilde Laurito, publicado em Canteiro de obras (São Paulo: Edicon/Scortecci, 1985, p. 43), na unidade “Folclíricas”. Poeminha fulminante  Para Flávia e Lygia  Relampa?  Relampadeja?  Relampeja?  Relampagueia?  Relampeia?  Relampadeia?  E, enquanto a luz  não esclarece as letras,  o raio que me parta  chega. Considerando os efeitos de sentido produzidos pelo poema, é correto afirmar:

Para responder à questão, considere o texto abaixo, de Ilka Brunhilde Laurito, publicado em
Canteiro de obras (São Paulo: Edicon/Scortecci, 1985, p. 43), na unidade “Folclíricas”.

Poeminha fulminante 
Para Flávia e Lygia 
Relampa? 
Relampadeja? 
Relampeja? 
Relampagueia? 
Relampeia? 
Relampadeia? 
E, enquanto a luz 
não esclarece as letras, 
o raio que me parta 
chega. 

Considerando os efeitos de sentido produzidos pelo poema, é correto afirmar:

Resposta:

A alternativa correta é E)

O poema "Poeminha fulminante", de Ilka Brunhilde Laurito, apresenta uma estrutura aparentemente simples, mas carregada de significados e efeitos estéticos. A análise das alternativas revela que a opção E) é a mais adequada para interpretar os sentidos produzidos pelo texto.

A expressão imprecativa "o raio que me parta" no penúltimo verso exemplifica precisamente a atitude estética mencionada na alternativa E. O poeta toma um clichê linguístico - uma expressão comum e desgastada pelo uso - e a revitaliza através de um contexto poético peculiar. Essa reinvenção do lugar-comum demonstra a capacidade criativa de transformar o trivial em algo singular, característica fundamental da criação artística.

Os demais versos, com suas variações sobre o verbo "relampear", criam um jogo linguístico que antecipa o desfecho impactante. A sequência de neologismos e variações verbais (relampa, relampadeja, relampeja, etc.) estabelece um ritmo crescente de expectativa, que culmina na solução inesperada do verso final. Essa construção revela o domínio técnico da autora em manipular os elementos da linguagem para produzir efeitos poéticos significativos.

Portanto, a alternativa E corretamente identifica o aspecto mais relevante da construção poética: a capacidade de transformar o convencional em extraordinário através de um tratamento estético peculiar, característica essencial da boa poesia.

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