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Para responder à questão, considere o poema abaixo. Outro retrato O laço de fita que prende os cabelos da moça do retrato mais parece uma borboleta. Um ventinho qualquer e sai voando rumo a outra vida além do retrato Uma vida onde os maridos nunca chegam tarde com um gosto amargo na boca. […] Onde os filhos não vão um dia estudar fora e acabam se casando e esquecem de escrever Onde não sobram contas a pagar nem dentes postiços nem cabelos brancos nem muito menos rugas Um ventinho qualquer… O laço de fita prende sempre − coitada! − os cabelos da moça                                    (José Paulo Paes)  Uma redação alternativa, em prosa, para versos do poema, em que se mantêm a correção e a coerência, considerado o contexto, está em: 

Para responder à questão, considere o poema abaixo.
Outro retrato
O laço de fita
que prende os cabelos
da moça do retrato
mais parece uma borboleta.
Um ventinho qualquer
e sai voando
rumo a outra vida
além do retrato
Uma vida onde os maridos
nunca chegam tarde
com um gosto amargo na boca.
[…]
Onde os filhos não vão
um dia estudar fora
e acabam se casando
e esquecem de escrever
Onde não sobram contas
a pagar nem dentes
postiços nem cabelos
brancos nem muito menos rugas
Um ventinho qualquer…
O laço de fita
prende sempre − coitada! −
os cabelos da moça
                                    (José Paulo Paes) 

Uma redação alternativa, em prosa, para versos do poema, em que se mantêm a correção e a coerência, considerado o
contexto, está em: 

Resposta:

A alternativa correta é D)

O poema "Outro retrato", de José Paulo Paes, apresenta uma narrativa lírica que mistura realidade e imaginação, explorando temas como a passagem do tempo, as frustrações cotidianas e o desejo por uma vida idealizada. A análise das alternativas revela que a opção D) é a que melhor mantém a correção gramatical e a coerência com o contexto do poema, capturando o tom melancólico e resignado da voz poética.

Enquanto as outras alternativas apresentam variações dos versos originais, a alternativa D) sintetiza de forma precisa a condição da moça do retrato, cujo laço de fita, embora comparado a uma borboleta, nunca se liberta. A expressão "Desventurada a moça" reforça a ideia de infortúnio implícita no poema, já que sua imagem permanece estática, presa a um retrato que simboliza a impossibilidade de fuga ou transformação. As demais alternativas, embora contenham elementos do texto original, não conseguem transmitir com a mesma força a relação entre a imagem congelada no retrato e o destino trágico sugerido pelo poeta.

Assim, a alternativa D) destaca-se por sua fidelidade ao espírito do poema, mantendo a carga emotiva e a crítica sutil às convenções sociais que aprisionam a figura feminina em um ideal inatingível. A escolha do adjetivo "desventurada" e a interjeição "coitada!" ecoam a compaixão do autor pela personagem, reforçando a leitura de que o poema é, acima de tudo, um retrato da condição humana e de seus desejos frustrados.

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