Segundo Rangel (2013), a repetência é considerada o maior problema da escola brasileira e, estatisticamente, assim se evidencia. No entanto, ao ser reprovado o aluno já não é mais o mesmo; muda o professor, que já não conhece suas debilidades; muda a turma, e com isso os colegas e amigos. Há ainda a mudança de conteúdo que ocorre porque

Segundo Rangel (2013), a repetência é considerada um dos maiores problemas da escola brasileira, com impactos significativos não apenas nos índices educacionais, mas também na vida do aluno reprovado. Ao ser retido, o estudante enfrenta uma série de mudanças que vão além da simples repetição dos conteúdos: ele perde o vínculo com o professor original – que já conhecia suas dificuldades –, é inserido em uma nova turma, distanciando-se de colegas e amigos, e ainda precisa lidar com alterações no currículo.

O texto aponta que a mudança no conteúdo programático ocorre porque "cada professor vai com o programa até onde consegue" (alternativa D). Essa afirmação revela uma realidade fragmentada do sistema educacional, onde não há uniformidade no cumprimento dos planos de ensino. A justificativa correta (D) destaca a subjetividade na aplicação do currículo, dependendo do ritmo, metodologia e interpretação individual do docente, o que pode prejudicar ainda mais o aluno repetente, já deslocado de seu contexto original.

As demais alternativas, embora apresentem aspectos relevantes da dinâmica escolar – como atualizações pedagógicas (A), desenvolvimento institucional (B), evolução da organização escolar (C) e formação docente (E) – não capturam a essência do problema descrito: a falta de sincronia no avanço do programa devido às limitações ou escolhas individuais dos professores. Essa inconsistência aprofunda as desigualdades de aprendizagem, especialmente para aqueles em situação de repetência.