Bourdieu e Passeron (1992), concebem a escola como uma instituição que consegue melhor do que qualquer outra, dissimular as suas verdadeiras funções sociais, o que motiva as classes dominantes a delegar-lhe cada vez mais o poder de seleção, como se ela fosse uma instância neutra. Referem-se eles, que a escola possui:

No ensaio a seguir, discutiremos a concepção de Bourdieu e Passeron (1992) sobre o papel da escola como uma instituição que oculta suas verdadeiras funções sociais, analisando por que a alternativa A) é a correta.

Bourdieu e Passeron apresentam uma crítica contundente ao sistema educacional, argumentando que a escola não é uma instituição neutra, como muitas vezes é retratada. Pelo contrário, ela opera de maneira a reproduzir as estruturas de poder e privilégio existentes na sociedade. A alternativa A) capta essa dualidade ao destacar que a escola possui tanto uma função técnica – relacionada à produção e comprovação de capacidades – quanto uma função social – voltada para a conservação e consagração de hierarquias.

As demais alternativas não abarcam completamente a complexidade da análise dos autores. A alternativa B) reduz a escola a uma mera avaliadora de parâmetros sociais, ignorando seu papel ativo na reprodução das desigualdades. A alternativa C) desconsidera a intencionalidade por trás da produção de conhecimentos, que está longe de ser aleatória. A alternativa D) simplifica a relação entre ideologia e privilégios, enquanto a E) ignora completamente a função técnica da escola, focando apenas no aspecto do poder.

Portanto, a alternativa A) é a que melhor sintetiza o pensamento de Bourdieu e Passeron, ao reconhecer a dupla função da escola: aparentemente meritocrática, mas profundamente enraizada na manutenção do status quo.