No livro “Educação Matemática Crítica: a questão da democracia” o autor, Ole Skovsmose, enfatiza que “Na Educação Crítica, é essencial que os problemas se relacionem com situações e conflitos sociais fundamentais, e é importante que os estudantes possam reconhecer os problemas como seus próprios problemas”. Neste contexto, sobre a Educação Matemática orientada a problemas e a Educação Crítica é correto afirmar que:
questão da democracia” o autor, Ole Skovsmose,
enfatiza que “Na Educação Crítica, é essencial que
os problemas se relacionem com situações e conflitos
sociais fundamentais, e é importante que os
estudantes possam reconhecer os problemas como
seus próprios problemas”. Neste contexto, sobre a
Educação Matemática orientada a problemas e a
Educação Crítica é correto afirmar que:
- A)O professor deve elaborar manuais que contenham exemplos de modelagem matemática, e o processo de educação deve caminhar de um exemplo preparado para outro exemplo preparado. O que os estudantes têm de fazer é calcular, encontrar soluções e resolver problemas já bem definidos.
- B)O problema deve ter relevância subjetiva para o estudante, deve estar relacionado a processos importantes na sociedade e, o engajamento dos estudantes na situação-problema deve servir como base para um engajamento político e social (posterior).
- C)Cabe ao professor selecionar, a partir dos livros didáticos, os problemas que serão tratados em sala de aula, ainda que estes não tenham nenhuma ligação com a realidade do aluno, mas que sejam uteis para o aprendizado pretendido.
- D)O professor deve selecionar problemas que enfatizem a aplicação da matemática e ilustrar as várias maneiras de a matemática ser útil.
Resposta:
A alternativa correta é B)
No ensaio a seguir, discutiremos a relação entre a Educação Matemática orientada a problemas e a Educação Crítica, com base nas ideias apresentadas por Ole Skovsmose em seu livro "Educação Matemática Crítica: a questão da democracia".
A abordagem crítica da educação matemática propõe uma ruptura com os modelos tradicionais de ensino, nos quais os estudantes são meros receptores de informações prontas e problemas predefinidos. Skovsmose defende que a aprendizagem matemática deve estar intrinsecamente ligada às questões sociais relevantes, permitindo que os alunos reconheçam os problemas como parte de seu próprio contexto.
A alternativa B) apresenta a perspectiva mais alinhada com essa visão crítica, ao afirmar que os problemas devem ter relevância subjetiva para o estudante e estar conectados com processos sociais importantes. Essa abordagem não apenas torna a matemática mais significativa, mas também prepara o terreno para um engajamento político e social futuro.
As demais alternativas representam visões mais tradicionais ou instrumentalistas da educação matemática. A alternativa A) mantém o foco em exemplos preparados e problemas bem definidos, enquanto a C) e D) centralizam no professor a seleção de problemas, sem necessariamente considerar a realidade dos alunos ou o potencial crítico da matemática.
A Educação Matemática Crítica, portanto, vai além da simples aplicação de fórmulas ou resolução de exercícios descontextualizados. Ela busca desenvolver nos estudantes a capacidade de questionar, analisar e intervir em sua realidade através do conhecimento matemático, transformando a sala de aula em um espaço de reflexão e ação sobre o mundo.
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