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Mabel Panizza, em Ensinar matemática na educação infantil e nas séries iniciais: análise e propostas, mostra que, a uma longa tradição escolar que propunha aos alunos grandes quantidades de contas, seguiu-se uma nova corrente baseada na resolução de problemas. A autora traz o seguinte problema de adição: “Nesta caixa tenho 3 bolinhas e nesta outra, 42. Quantas bolinhas tenho ao todo?”. Para resolvê-lo, trata-se de encontrar a operação numérica adequada e calcular a soma. Conforme a autora, quando a professora intervém na escolha da operação adequada, respondendo afirmativamente a pergunta tão conhecida: “O sinal é de mais?”, pode-se dizer que

Mabel Panizza, em Ensinar matemática na educação
infantil e nas séries iniciais: análise e propostas
, mostra
que, a uma longa tradição escolar que propunha aos alunos grandes quantidades de contas, seguiu-se uma nova
corrente baseada na resolução de problemas. A autora
traz o seguinte problema de adição: “Nesta caixa tenho
3 bolinhas e nesta outra, 42. Quantas bolinhas tenho ao
todo?”. Para resolvê-lo, trata-se de encontrar a operação
numérica adequada e calcular a soma. Conforme a autora, quando a professora intervém na escolha da operação adequada, respondendo afirmativamente a pergunta
tão conhecida: “O sinal é de mais?”, pode-se dizer que

Resposta:

A alternativa correta é B)

No livro Ensinar matemática na educação infantil e nas séries iniciais: análise e propostas, Mabel Panizza discute a evolução do ensino da matemática, destacando a transição de um método tradicional, focado em exercícios repetitivos de cálculo, para uma abordagem mais contextualizada, baseada na resolução de problemas. A autora ilustra essa discussão com um exemplo simples: um problema de adição envolvendo bolinhas em duas caixas (3 e 42, respectivamente).

O cerne da questão está na forma como os alunos são guiados durante a resolução. Quando o professor intervém, sugerindo ou confirmando a operação a ser utilizada (como ao perguntar "O sinal é de mais?"), ele pode inadvertidamente desviar o foco do processo de compreensão do problema para a mera execução de um cálculo. Nesse contexto, Panizza argumenta que, embora as crianças possam realizar a conta corretamente, elas não estão necessariamente resolvendo o problema em sua essência.

A alternativa correta (B) reflete essa crítica: "as crianças resolvem a conta, mas não o problema". Isso ocorre porque a intervenção do professor, ainda que bem-intencionada, pode suprimir a etapa crucial de raciocínio e tomada de decisão por parte do aluno. O objetivo da abordagem baseada em problemas é justamente desenvolver a capacidade de analisar a situação, identificar a operação adequada e aplicá-la, consolidando assim o entendimento conceitual da matemática.

As demais alternativas não se alinham com a perspectiva da autora. A alternativa A é incorreta porque o cálculo em si não garante a compreensão do aspecto cardinal do número. A C sugere uma limitação do problema que não existe, já que a proposta é justamente desafiar o aluno a escolher a operação. A D é enganosa, pois a intervenção direta pode prejudicar o desenvolvimento matemático autônomo. Por fim, a E está desconectada do exemplo, já que o valor posicional não é o foco da questão.

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