“As mudanças nas relações de produção e, sobretudo, a concentração cada vez mais ampla de população nos centros urbanos tornaram imperiosa a necessidade de se eliminar o analfabetismo e dar um mínimo de qualificação para o trabalho a um máximo de pessoas.” (Otaíza Romanelli)A autora refere-se à expansão do ensino no contexto mundial como influência do seguinte fato histórico:

O trecho citado de Otaíza Romanelli destaca a transformação nas relações de produção e o crescimento urbano como fatores determinantes para a necessidade de erradicar o analfabetismo e capacitar a população para o trabalho. Essa análise está diretamente relacionada ao contexto da Revolução Industrial, alternativa D, que provocou profundas mudanças socioeconômicas a partir do século XVIII.

A Revolução Industrial alterou radicalmente a organização do trabalho, substituindo a produção artesanal e agrícola pela manufatura em larga escala, mecanizada e concentrada em fábricas. Esse processo exigiu mão de obra qualificada, mesmo que em nível básico, para operar máquinas e desempenhar funções técnicas. Além disso, a migração em massa do campo para as cidades criou uma população urbana que precisava ser integrada ao novo sistema produtivo.

As outras alternativas não se encaixam no contexto descrito pela autora. A Expansão Marítima (A) e o Colonialismo (B) são fenômenos anteriores, ligados ao mercantilismo. As Invasões Napoleônicas (C) tiveram impacto político-militar, enquanto a 2ª Guerra Mundial (E) ocorreu em um período posterior, quando a educação já estava consolidada como necessidade industrial.

Portanto, a Revolução Industrial foi o marco histórico que impulsionou a expansão do ensino, tornando-o uma exigência do novo modelo econômico baseado na produção industrial e na urbanização acelerada.