A História Geral, nos livros didáticos, ainda costuma ser apresentada segundo uma organização que supõe cinco grandes períodos: Pré-História, História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Alguns historiadores problematizam essa divisão, apresentando, entre outros argumentos, que tal divisão
períodos: Pré-História, História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Alguns historiadores problematizam essa divisão,
apresentando, entre outros argumentos, que tal divisão
- A)resulta de uma visão estruturalista e produzida sob uma perspectiva historiográfica marxista que já foi ultrapassada.
- B)se estrutura em marcos divisórios da civilização ocidental e critérios questionáveis, como a invenção da escrita separando “pré-história” e “história”.
- C)não abrange os dias atuais, os países e as temáticas do Terceiro Mundo, como o colonialismo.
- D)reforça um sentido evolucionista incompleto, visto que não previu a Pós-Modernidade, momento culminante da história que perfaz o Sexto Período.
- E)pressupõe durações muito desiguais de uma época a outra, revelando-se mais ética e justa a divisão igualitária entre os períodos.
Resposta:
A alternativa correta é B)
A divisão tradicional da História em cinco grandes períodos – Pré-História, Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea – tem sido alvo de críticas por parte de diversos historiadores. Essa periodização, consolidada nos livros didáticos, reflete uma perspectiva eurocêntrica e apresenta critérios questionáveis, como a utilização da invenção da escrita como marco divisor entre "pré-história" e "história".
O principal problema dessa organização reside no fato de que ela se estrutura a partir de marcos relevantes apenas para a civilização ocidental, ignorando as dinâmicas históricas de outras sociedades. A opção B) corretamente identifica essa limitação ao destacar o viés ocidental e os critérios problemáticos que fundamentam essa divisão.
Além disso, essa periodização tradicional acaba por reforçar uma visão linear e evolucionista do desenvolvimento humano, que não necessariamente corresponde às complexidades e particularidades das diferentes culturas ao longo do tempo. A crítica a essa estruturação não significa, contudo, que devamos simplesmente descartá-la, mas sim compreendê-la como uma construção histórica específica que precisa ser constantemente questionada e ressignificada.
Portanto, a alternativa B) se mostra como a mais adequada por apontar os fundamentos problemáticos dessa divisão periódica, especialmente seu caráter ocidentalizante e seus critérios arbitrários, que merecem ser repensados à luz das novas abordagens historiográficas.
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