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      A história se diferencia das demais ciências porque é, simultaneamente, uma arte. É ciência, uma vez que recolhe, descobre, analisa em profundidade; e arte, porque representa e torna a dar forma ao que é descoberto, ao que é apreendido. Como ciência, a história se aproxima da filosofia; como arte, da poesia. Leopold von Ranke. O conceito de história universal. Sérgio da Mata (Trad). In: A história pensada: história e método na historiografia europeia do século XIX. Estevão de Rezende Martins (Org.). São Paulo: Contexto, 2010, p. 202 (com adaptações). Considerando o excerto precedente, assinale a opção correta com relação às concepções do pensamento histórico e à sua influência no ensino de história.

      A história se diferencia das demais ciências porque é,
simultaneamente, uma arte. É ciência, uma vez que recolhe,
descobre, analisa em profundidade; e arte, porque representa e torna
a dar forma ao que é descoberto, ao que é apreendido. Como
ciência, a história se aproxima da filosofia; como arte, da poesia.

Leopold von Ranke. O conceito de história universal. Sérgio da Mata (Trad). In: A

história pensada: história e método na historiografia europeia do século XIX. Estevão

de Rezende Martins (Org.). São Paulo: Contexto, 2010, p. 202 (com adaptações).

Considerando o excerto precedente, assinale a opção correta com
relação às concepções do pensamento histórico e à sua influência
no ensino de história.

Resposta:

A alternativa correta é C)

O excerto de Leopold von Ranke destaca a dualidade da história como ciência e arte, aproximando-se da filosofia em seu aspecto analítico e da poesia em sua dimensão representativa. Essa perspectiva revela a complexidade do pensamento histórico, que não se limita a uma abordagem puramente factual ou metodológica, mas também incorpora elementos criativos e interpretativos. No contexto do ensino de história, essa visão influenciou diferentes correntes historiográficas, especialmente no século XIX, período marcado por intensas transformações políticas e intelectuais.

A opção correta, conforme o gabarito, é a alternativa C), que afirma que o século XIX foi marcado por historiografias engajadas, nas quais o conhecimento histórico frequentemente se associou a ideais e lutas políticas. Essa característica reflete a instrumentalização da história como ferramenta de legitimação ou crítica de projetos políticos, um traço marcante da época. Ao contrário do que sugere a alternativa D), Ranke e outros historiadores não adotaram uma postura estritamente cientificista que separasse radicalmente história e criação estética. Pelo contrário, sua concepção integrava análise rigorosa e narrativa artística.

As demais alternativas apresentam equívocos. A alternativa A) desconsidera a existência de registros de história cultural no século XIX, enquanto a alternativa B) atribui erroneamente a Febvre e Braudel uma filiação à história política do século XIX, quando ambos são expoentes da Escola dos Annales, do século XX. Já a alternativa E), embora mencione corretamente a influência de Ranke no método histórico, não é a opção mais adequada para responder à questão, que prioriza a relação entre história e engajamento político no período.

Assim, a concepção de história como ciência e arte, proposta por Ranke, abre espaço para compreender como o século XIX testemunhou o uso da narrativa histórica tanto como instrumento de investigação quanto como veículo de ideologias — um legado que ainda ressoa no ensino de história hoje.

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