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Para a gramática normativa, a língua corresponde às formas de expressão produzidas por pessoas cultas, de prestígio. Nas sociedades que têm língua escrita, é principalmente esta modalidade que funciona como modelo, acabando por representar a própria língua. Eventualmente, a restrição é ainda maior, tomando-se por representação da língua a expressão escrita elaborada literariamente. É a essa variante que se costuma chamar “norma culta” ou “variante padrão” ou “dialeto padrão”. Na verdade, em casos mais extremos, mas não raros, chega-se a considerar que esta variante é a própria língua. (adaptado de Sírio Possenti, Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 1996, p.74) À gramática normativa, a que se refere Sírio Possenti, pode ser contraposta a gramática descritiva, que

Para a gramática normativa, a língua corresponde às formas de expressão produzidas por pessoas cultas, de prestígio. Nas sociedades que têm língua escrita, é principalmente esta modalidade que funciona como modelo, acabando por representar a própria língua. Eventualmente, a restrição é ainda maior, tomando-se por representação da língua a expressão escrita elaborada literariamente. É a essa variante que se costuma chamar “norma culta” ou “variante padrão” ou “dialeto padrão”. Na verdade, em casos mais extremos, mas não raros, chega-se a considerar que esta variante é a própria língua.

(adaptado de Sírio Possenti, Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 1996, p.74)

À gramática normativa, a que se refere Sírio Possenti, pode ser contraposta a gramática descritiva, que

Resposta:

A alternativa correta é D)

No trecho adaptado de Sírio Possenti, o autor discute a visão da gramática normativa, que elege a "norma culta" como representação legítima da língua, frequentemente associada ao uso escrito e literário das elites. Essa perspectiva contrasta radicalmente com a abordagem da gramática descritiva, que busca compreender a língua em sua diversidade e dinâmica social.

A alternativa D) corretamente define a gramática descritiva ao destacar seu foco nas noções de regularidade e variação, em oposição a julgamentos prescritivos sobre "correção" ou "erro". Enquanto a gramática normativa impõe um padrão único, a descritiva reconhece que os usos linguísticos são múltiplos e socialmente contextualizados, analisando tanto as variantes prestigiadas quanto as marginalizadas sem hierarquizá-las.

As demais alternativas distorcem o propósito da gramática descritiva: A) incorre ao sugerir que ela rejeita regras (na verdade, descreve as regras internas de cada variedade); B) reduz seu escopo ao estudo de variantes "menos valorizadas" (quando na verdade estuda todas as variantes); e C) erra ao afirmar que evita sistematização (sua metodologia é justamente científica e sistemática).

Portanto, a gramática descritiva, como aponta a opção correta, substitui o paradigma da norma única por uma análise das regularidades linguísticas em seus contextos reais de uso, valorizando a variação como fenômeno intrínseco às línguas vivas.

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