Em Psicogênese da Língua Escrita as autoras afirmam que tradicionalmente, conforme uma perspectiva pedagógica, o problema da aprendizagem da leitura e da escrita tem sido exposto como uma questão de métodos. A preocupação dos educadores tem-se voltado para a busca do ‘melhor’ ou ‘mais eficaz’ deles, levantando-se, assim, uma polêmica em torno de dois tipos fundamentais:
tradicionalmente, conforme uma perspectiva pedagógica, o
problema da aprendizagem da leitura e da escrita tem sido
exposto como uma questão de métodos. A preocupação
dos educadores tem-se voltado para a busca do ‘melhor’ ou ‘mais eficaz’ deles, levantando-se, assim, uma polêmica
em torno de dois tipos fundamentais:
- A)métodos estéticos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.
- B)métodos sintéticos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.
- C)métodos filológicos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.
- D)métodos normativos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.
Resposta:
A alternativa correta é B)
Em Psicogênese da Língua Escrita, as autoras abordam a discussão histórica sobre os métodos de alfabetização, destacando como a pedagogia tradicional reduziu o desafio da aprendizagem da leitura e da escrita a uma simples escolha entre técnicas de ensino. A polarização entre métodos sintéticos e analíticos reflete uma visão limitada do processo, que ignora a complexidade cognitiva e social envolvida na aquisição da linguagem escrita.
Os métodos sintéticos, como o fônico ou o silábico, partem de unidades mínimas da língua (letras, fonemas ou sílabas) para depois combinar esses elementos em palavras e frases. Essa abordagem pressupõe uma aprendizagem fragmentada, baseada na decodificação progressiva. Já os métodos analíticos, como o global ou o de palavração, iniciam pela leitura de palavras completas ou textos curtos, privilegiando o significado desde o primeiro contato com a escrita.
A opção correta (B) evidencia essa dicotomia central na história da alfabetização. As alternativas incorretas (A, C e D) distorcem a nomenclatura consagrada na literatura pedagógica, seja confundindo os termos (como "estéticos" ou "filológicos"), seja introduzindo categorias irrelevantes ("normativos"). A polêmica entre sintéticos e analíticos, embora ultrapassada por abordagens contemporâneas que enfatizam a interação e a autoria, permanece como marco teórico para compreender as disputas metodológicas no ensino da língua escrita.
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