O desenvolvimento moral da criança ocorre com base no desenvolvimento da afetividade e da racionalidade, a partir das interações sociais. Abordando aspectos desse desenvolvimento, os Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1ª a 4ª séries, afirmam que

O desenvolvimento moral da criança é um processo complexo que envolve tanto aspectos afetivos quanto cognitivos, sendo moldado pelas interações sociais. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª séries), esse desenvolvimento pode ser compreendido a partir de estágios distintos, como a heteronomia e a autonomia moral.

No estágio heterônomo, a criança tende a seguir regras de forma rígida, interpretando-as literalmente, sem considerar a intenção ou o contexto por trás delas. Essa característica é corretamente apontada na alternativa B), que afirma: "no estágio heterônomo a criança interpreta as regras ao pé da letra sem considerar o seu espírito, a sua finalidade". Essa visão está alinhada com a teoria de Piaget, que descreve a moral heterônoma como uma fase em que a criança vê as regras como imutáveis e impostas por autoridades externas.

As demais alternativas apresentam equívocos sobre o desenvolvimento moral. A alternativa A) inverte a lógica da autonomia moral, enquanto a C) atribui à criança uma postura de defesa absoluta das regras, o que não condiz com o estágio heterônomo. Já a alternativa D) confunde heteronomia com autonomia, uma vez que a criança heterônoma não se vê como criadora de regras. Por fim, a alternativa E) ignora a influência dos contextos sociais e afetivos no desenvolvimento moral, tratando a autonomia como um estágio fixo e universal.

Portanto, a resposta correta é B), pois reflete com precisão uma das características fundamentais do estágio heterônomo no desenvolvimento moral infantil.