“Na escola temos mais contato com os jogos competitivos do que com os jogos cooperativos, e a própria escola valoriza só os vencedores, pois não ensina o aluno a amar o aprendizado e sim a tirar notas cada vez mais altas. A educação física por sua vez não ensina as pessoas a amarem o jogo, e sim a vencer.” (Soler, 2002.) É inegável a função e a importância dos jogos cooperativos em detrimento da competição exacerbada que assola as aulas de educação física atualmente. Entretanto, usar uma metodologia baseada nos pressupostos da pedagogia dos jogos cooperativos não é para ser feito de qualquer maneira. Não basta aplicar dinâmicas e atividades onde não haja um ganhador. Ela apresenta uma estruturação clara e bem definida. A Pedagogia dos Jogos Cooperativos utiliza, segundo Brotto (1999), o “ciclo de ensinagem” que se baseia nas seguintes dimensões de ensino‐aprendizagem:
só os vencedores, pois não ensina o aluno a amar o aprendizado e sim a tirar notas cada vez mais altas. A educação
física por sua vez não ensina as pessoas a amarem o jogo, e sim a vencer.”
aulas de educação física atualmente. Entretanto, usar uma metodologia baseada nos pressupostos da pedagogia dos
jogos cooperativos não é para ser feito de qualquer maneira. Não basta aplicar dinâmicas e atividades onde não haja
um ganhador. Ela apresenta uma estruturação clara e bem definida. A Pedagogia dos Jogos Cooperativos utiliza,
segundo Brotto (1999), o “ciclo de ensinagem” que se baseia nas seguintes dimensões de ensino‐aprendizagem:
- A)Física, mental e comportamental.
- B)Teleológica, judicativa e reflexiva.
- C)Vivência, reflexão e transformação.
- D)Conceitual, procedimental e atitudinal.
Resposta:
A alternativa correta é C)
A citação de Soler (2002) traz à tona uma crítica relevante sobre o modelo educacional vigente, que prioriza a competição em detrimento da cooperação, tanto no âmbito acadêmico quanto nas aulas de educação física. Essa abordagem, centrada na vitória e no desempenho individual, acaba por negligenciar aspectos fundamentais do desenvolvimento humano, como o prazer pelo aprendizado e a construção de relações colaborativas. A ênfase excessiva em notas e resultados pode, muitas vezes, desvirtuar o verdadeiro propósito da educação: formar cidadãos críticos, solidários e apaixonados pelo conhecimento.
Nesse contexto, os jogos cooperativos surgem como uma alternativa pedagógica valiosa, promovendo valores como empatia, trabalho em equipe e respeito às diferenças. No entanto, como destacado no texto, sua aplicação não pode ser feita de forma superficial. A Pedagogia dos Jogos Cooperativos, conforme proposto por Brotto (1999), requer uma metodologia estruturada, baseada no "ciclo de ensinagem", que compreende as dimensões de vivência, reflexão e transformação. Esse ciclo vai além da simples execução de atividades sem vencedores; ele busca uma mudança profunda na forma como os participantes se relacionam consigo mesmos, com os outros e com o mundo ao seu redor.
A dimensão da vivência permite que os alunos experimentem na prática os valores da cooperação, criando memórias afetivas e significativas. A reflexão, por sua vez, estimula o pensamento crítico sobre essas experiências, levando à compreensão dos princípios que regem os jogos cooperativos. Por fim, a transformação ocorre quando esses aprendizados são internalizados e aplicados em outras esferas da vida, promovendo mudanças comportamentais e atitudinais duradouras.
Portanto, a implementação dos jogos cooperativos na educação física e no ambiente escolar como um todo deve ser feita com intencionalidade e planejamento. Mais do que uma ferramenta lúdica, eles representam uma filosofia educacional que valoriza o processo sobre o resultado, o coletivo sobre o individual e o crescimento pessoal sobre a competição desmedida. Quando bem aplicados, têm o potencial de transformar não apenas as aulas de educação física, mas toda a dinâmica escolar, criando um espaço mais inclusivo, humano e significativo para todos os envolvidos.
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