Um dos temas que tem ocupado muitos espaços nas discussões sobre educação, atualmente, tem sido a formação docente. Para Pimenta (2009, p. 19), a identidade do profissional docente deve ser construída a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão; da revisão das tradições. Mas também da reafirmação das práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas. Práticas que resistem a inovações porque prenhes de saberes válidos às necessidades da realidade. Além disso, deve partir também do confronto entre as teorias e as práticas, da análise sistemática das práticas à luz das teorias existentes e da construção de novas teorias. Com base na concepção acima, considere as assertivas seguintes e identifique a única que não condiz com a realidade contemporânea.

O tema da formação docente tem sido amplamente debatido no cenário educacional contemporâneo, especialmente no que diz respeito à construção da identidade profissional do professor. Segundo Pimenta (2009), essa identidade deve ser moldada a partir de múltiplas dimensões, como a significação social da profissão, a revisão crítica de tradições e práticas consagradas, além do diálogo constante entre teoria e prática. Diante dessa perspectiva, analisaremos as assertivas apresentadas, identificando aquela que não se alinha com a realidade atual.

A primeira assertiva (A) destaca a necessidade de um perfil docente dinâmico, capaz de se adaptar e aprofundar sua compreensão sobre o fenômeno educacional. Essa visão está em consonância com a ideia de uma identidade profissional não imutável, conforme defendido por Pimenta. Já a alternativa (B) reforça a importância da pesquisa na formação docente, pois é por meio da reflexão crítica sobre a prática que o professor amplia sua consciência sobre questões antes negligenciadas. Essa abordagem também está alinhada com a concepção apresentada.

A terceira assertiva (C) aponta um desafio recorrente na formação de educadores: a dissociação entre teoria e prática. Essa crítica é válida, uma vez que muitos cursos de formação inicial falham em conectar os conteúdos teóricos com as demandas reais da sala de aula. Por outro lado, a alternativa (D) afirma que "Aprender a ser" professor se restringe à formação inicial, ignorando a dimensão contínua do desenvolvimento profissional. Essa visão é equivocada, pois a identidade docente não se consolida apenas na fase inicial, mas se constrói ao longo da carreira, por meio de experiências, reflexões e atualizações constantes.

Por fim, a assertiva (E) ressalta a importância da formação docente como um processo contínuo, articulando a formação inicial com a permanente. Essa perspectiva é essencial para garantir a qualidade do ensino e está em sintonia com as discussões contemporâneas sobre o tema. Portanto, a alternativa que não condiz com a realidade atual é a (D), pois subestima a complexidade e a continuidade do processo de formação docente.