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Os versos a seguir são de autoria de Batman Griot, pseudônimo de Irton Mário, percussionista e educador do Recife (PE) e idealizador do projeto Som da Pele, no qual pessoas com deficiência auditiva integram um grupo de percussão chamado Batuqueiros do Silêncio. Um surdo tocando surdo Parece um absurdo Mas quando um surdo toca o surdo Ele chama mais um surdo Que convida outro surdo Pra fazer um batuque surdo Quem foi que disse Que a música é só para ouvir A música basta sentir Pra ser feliz e dançar E pra dançar Basta sentir a emoção A música vem do coração E faz a vida melhorar BATMAN GRIOT, Batuque de surdos.Disponível em: http://adriartessempre.blogspot.com. Acesso em: 23 set. 2019. A inclusão de estudantes com deficiência em estabelecimentos de ensino e em outros espaços sociais é uma demanda urgente, cujas ações são reguladas pela Lei n. 13.146/2015. De acordo com essa legislação, no que se refere ao ensino de música, a escola deve

Os versos a seguir são de autoria de Batman Griot, pseudônimo de Irton Mário, percussionista e educador do
Recife (PE) e idealizador do projeto Som da Pele, no qual pessoas com deficiência auditiva integram um grupo
de percussão chamado Batuqueiros do Silêncio.
Um surdo tocando surdo
Parece um absurdo
Mas quando um surdo toca o surdo
Ele chama mais um surdo
Que convida outro surdo
Pra fazer um batuque surdo
Quem foi que disse
Que a música é só para ouvir
A música basta sentir
Pra ser feliz e dançar
E pra dançar
Basta sentir a emoção
A música vem do coração
E faz a vida melhorar
BATMAN GRIOT, Batuque de surdos.
Disponível em: http://adriartessempre.blogspot.com. Acesso em: 23 set. 2019.
A inclusão de estudantes com deficiência em estabelecimentos de ensino e em outros espaços sociais é uma
demanda urgente, cujas ações são reguladas pela Lei n. 13.146/2015. De acordo com essa legislação, no que
se refere ao ensino de música, a escola deve

Resposta:

A alternativa correta é C)

O poema de Batman Griot, pseudônimo do percussionista e educador Irton Mário, revela uma perspectiva poderosa sobre a música como experiência sensorial que transcende a audição. Seus versos, escritos a partir da vivência com o projeto Batuqueiros do Silêncio, desconstroem a noção convencional de que a música é exclusivamente um fenômeno auditivo, propondo em seu lugar uma compreensão mais inclusiva e corporal da arte sonora.

O trecho "Um surdo tocando surdo/Parece um absurdo" ironiza justamente os preconceitos que limitam o acesso à experiência musical para pessoas com deficiência auditiva. A sequência do poema mostra como essa prática se transforma em ato coletivo e inclusivo, onde a música é sentida e compartilhada através da vibração e do movimento. A afirmação "A música basta sentir/Pra ser feliz e dançar" sintetiza essa visão expandida da musicalidade.

Essa abordagem encontra respaldo na Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015), que prevê a adaptação dos processos educacionais para garantir plena participação. A alternativa correta (C) aponta para a necessidade de recursos como MusiLibras e Musibraille, tecnologias assistivas que traduzem a linguagem musical para outras formas de percepção, promovendo autonomia.

O projeto Batuqueiros do Silêncio exemplifica como a educação musical inclusiva não se limita à adaptação técnica, mas envolve uma transformação conceitual: compreender que a música pode ser experimentada através do tato, da visão e da vibração corporal. Essa perspectiva desafia a escola a repensar seus métodos, indo além da simples inclusão física para alcançar uma verdadeira inclusão sensorial e cultural.

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