A hipocalcemia puerperal, também conhecida como febre do leite, é marcada por um súbito desequilíbrio na regulação da concentração de cálcio sérico. São fatores predisponentes:I- Redução do ingresso de Ca na dieta pré-parto.II- Alto ingresso de Ca na dieta pré-parto.III- Alta produção leiteira.IV- Insuficiente ingresso e absorção de Ca, P e Mg na dieta pós-parto.V- Novilhas.São corretas as afirmativas

A hipocalcemia puerperal, ou febre do leite, é uma condição metabólica que afeta principalmente vacas leiteiras no período pós-parto, caracterizada pela queda abrupta nos níveis de cálcio sérico. Essa desordem está diretamente relacionada à alta demanda de cálcio para a produção de leite, somada a falhas nos mecanismos de homeostase mineral. Entre os fatores predisponentes, destacam-se aqueles que interferem no balanço entre a absorção, a excreção e a mobilização de cálcio dos ossos.

Analisando as afirmativas apresentadas, a alternativa correta é a D) II, III e IV, pois reflete os principais fatores envolvidos no desenvolvimento da hipocalcemia:

• II - Alto ingresso de Ca na dieta pré-parto: Dietas ricas em cálcio antes do parto podem inibir a ativação dos mecanismos de mobilização óssea, deixando o animal mais vulnerável à queda de cálcio no pós-parto.
• III - Alta produção leiteira: Vacas com elevado potencial produtivo demandam maior quantidade de cálcio para a síntese do leite, aumentando o risco de desequilíbrio.
• IV - Insuficiente ingresso e absorção de Ca, P e Mg na dieta pós-parto: A deficiência na absorção ou no fornecimento desses minerais prejudica a reposição adequada de cálcio, agravando o quadro.

Embora outros fatores, como a idade do animal (novilhas geralmente são menos afetadas) e a restrição de cálcio pré-parto (item I), possam influenciar, a combinação dos fatores II, III e IV representa o cenário mais comum e clinicamente relevante para o desenvolvimento da febre do leite. Portanto, a compreensão desses mecanismos é essencial para a prevenção e o manejo adequado dessa desordem metabólica.