Questões Sobre o Descritor D13 - Português - 9º ano

O texto apresentado possui características marcantes do registro científico, conforme evidenciado pelos seguintes elementos:

Em primeiro lugar, observa-se o uso de terminologia técnica específica da área médica, como "anticolinérgicos", "piperidol", "impulsos nervosos pós-ganglionares parassimpáticos" e "espasmos musculares". Esses termos demonstram precisão conceitual e especialização vocabular, típicas da linguagem científica.

Além disso, o texto apresenta estrutura formal e impessoal, com frases na terceira pessoa do singular ("DACTIL provou", "mostrou-se eficaz") e emprega verbos que indicam comprovação e eficácia ("provou", "mostrou-se eficaz"), característicos de textos que comunicam resultados de pesquisas ou propriedades de medicamentos.

A objetividade na apresentação das informações farmacológicas, sem elementos subjetivos ou emocionais, e a referência à fonte especializada (bulas.med.com.br) reforçam ainda mais a natureza científica do registro linguístico utilizado.

Portanto, considerando a precisão terminológica, a impessoalidade, a objetividade e o contexto de divulgação de informações médicas especializadas, classifica-se o registro linguístico como científico.

A expressão "não está nem aí" representa um exemplo claro de linguagem coloquial, que corresponde à alternativa B. Esta construção linguística pertence ao registro informal da língua portuguesa, caracterizando-se por seu uso frequente na comunicação cotidiana e situações descontraídas.

Analisando o contexto do texto, observamos que a expressão aparece em um conteúdo de divulgação científica destinado ao público geral, onde o autor opta por uma abordagem mais acessível e próxima do leitor. A locução "não está nem aí" transmite uma ideia de desinteresse ou indiferença de maneira espontânea e familiar, distanciando-se do vocabulário técnico-científico que caracterizaria uma linguagem especializada.

Esta escolha lexical contrasta evidentemente com o registro formal, que empregaria construções como "não demonstra interesse" ou "mostra-se indiferente". Da mesma forma, difere da linguagem técnica ou científica, que utilizaria terminologia específica da área de biologia ou zoologia. A expressão em questão funciona como um recurso estilístico que estabelece uma conexão mais imediata com o leitor, tornando o texto mais engaging e compreensível.

O texto nos mostra um tipo de linguagem:

• A) Verbal.
• B) Não verbal.
• C) Oral formal.
• D) Oral informal.

A resposta correta é a letra B) Não verbal, pois a imagem apresenta uma comunicação que não utiliza palavras ou elementos linguísticos, mas sim elementos visuais como ícones, símbolos e setas para transmitir informações. Esta forma de comunicação é característica da linguagem não verbal, que se vale de signos visuais, gestuais ou outros recursos não-linguísticos para estabelecer a comunicação.

A estrutura do texto "Eu Quero Sol Nesse Jardim" apresenta características marcantes da linguagem poética, o que justifica a alternativa D como correta. A composição utiliza recursos estilísticos típicos da poesia, como o emprego de versos livres, ritmo musical, repetições anafóricas ("Eu quero", "Quero") e imagens metafóricas ("sol nesse jardim", "brilho do luar", "azul dos céus").

Além disso, o texto explora temas universais e subjetivos—como desejo, paz, liberdade e reflexão existencial—de maneira concisa e carregada de simbolismo, afastando-se da objetividade da linguagem culta ou da espontaneidade da informal e coloquial. A disposição gráfica em versos e a economia de palavras reforçam sua natureza literária e artística, típica da expressão poética.

O texto apresenta características marcantes da linguagem coloquial, que é a forma de comunicação informal do cotidiano, próxima da oralidade. Podemos identificar isso através de várias expressões típicas da fala espontânea:

• Uso de expressões populares como "Gente da cidade grande", "agorinha mesmo", "faz papel de bobo"

• Construções frasais simples e diretas, sem elaboração complexa

• Vocabulário acessível e comum ao dia a dia

• Reprodução de situações cotidianas e conversacionais

• Ausência de terminologia técnica ou linguagem especializada

• Tom narrativo que imita uma conversa, como em "Às vezes a gente está calmamente em casa"

Esses elementos afastam a possibilidade de ser linguagem formal (que seguiria normas rígidas), literária (que teria maior elaboração estética) ou técnica (que usaria vocabulário especializado). O texto busca justamente estabelecer uma comunicação descontraída e próxima do leitor, típica da linguagem coloquial.

O texto apresentado consiste em um diálogo entre duas personagens: um pai e sua filha. Esta conclusão é evidenciada pelas falas trocadas, onde a filha se dirige ao pai usando o vocativo "pai", e o pai responde diretamente a ela, demonstrando uma relação paternal. A estrutura do diálogo é marcada pela alternância de turnos de fala, característica fundamental de conversas entre duas pessoas.

Analisando as alternativas:

A) uma conversa entre três pessoas. - Incorreta, pois há apenas dois interlocutores identificados (pai e filha).

B) um diálogo entre filha e mãe. - Incorreta, pois a personagem é explicitamente identificada como "pai" no texto.

C) uma conversa entre pai e filha. - Correta, conforme comprovado pelas evidências textuais.

D) uma cobrança de dívida. - Incorreta, pois o assunto trata da compra de um biquíni, não envolvendo qualquer transação financeira pendente.

O humor do texto surge justamente da incompreensão do pai sobre as mudanças corporais típicas da adolescência feminina, reforçando a natureza da relação paternal apresentada.

A linguagem empregada no texto "Minha vida de menina" de Helena Morley é formal, conforme indicado pela alternativa A. Esta conclusão baseia-se em várias características presentes no excerto:

O texto apresenta estrutura sintática complexa, com períodos bem construídos e pontuação adequada, como visto em: "Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que devia ter sido para ela!"

Utiliza vocabulário elaborado e preciso, incluindo expressões como "ansiada como está", "desengasgar-me", "penando com está", que demonstram um registro linguístico cuidado e distante da oralidade coloquial.

Mantém convenções formais de escrita, como a data completa ("Quarta-feira, 28 de agosto (de 1895)") e o tratamento respeitoso ("vovó", "avozinha"), mesmo sendo um texto pessoal e íntimo.

Embora seja um diário pessoal, a autora emprega uma linguagem reflexiva e elaborada, com construções gramaticais completas e uso adequado de discurso direto entre aspas, características de um registro formal culto.

A expressão "dei com a novidade" presente no texto de Fernando Sabino representa um claro exemplo de linguagem informal. Esta constatação fundamenta-se em três aspectos principais:

Primeiramente, a expressão pertence ao registro coloquial do português brasileiro, sendo amplamente utilizada em situações do cotidiano para indicar um encontro casual ou descoberta inesperada. Trata-se de uma construção idiomática típica da oralidade que transmite espontaneidade e proximidade comunicativa.

Em segundo lugar, o contexto narrativo reforça essa característica informal. O texto integra uma obra literária que recria memórias infantis, utilizando uma linguagem que imita o fluxo natural do pensamento e da fala. O narrador-personagem relata uma experiência pessoal com familiaridade, empregando expressões que refletem o uso comum da língua.

Por fim, contrasta-se com os outros registros mencionados nas alternativas: a linguagem formal seguiria normas padrão mais rígidas; a técnica empregaria terminologia específica de alguma área do conhecimento; e a jurídica utilizaria vocabulário próprio do direito. A expressão em análise distancia-se desses registros especializados, situando-se claramente no âmbito da informalidade narrativa.

A resposta correta é a letra B porque este é o único trecho em que o autor estabelece um diálogo direto com o leitor, utilizando a segunda pessoa do discurso ("você"). As demais alternativas apresentam informações gerais ou referências a terceiros, sem estabelecer esse contato pessoal com o interlocutor.

No trecho "E se você já é doador, continue doando sempre", o autor se dirige explicitamente ao leitor, criando uma interação direta e pessoal, característica do discurso apelativo que busca engajar o interlocutor na campanha de doação de sangue.

O texto apresenta predominantemente uma linguagem formal, conforme indicado pela letra A. Esta característica é evidenciada pelo uso de vocabulário técnico específico da área de tecnologia e segurança digital, como "vírus de resgate", "criptografia", "ferramenta de decodificação" e "método de força bruta". A estrutura sintática segue padrões cultos da língua, com períodos bem construídos e emprego adequado de termos especializados, mantendo clareza e precisão informativa. Além disso, o texto recorre a definições conceituais extraídas de fontes lexicográficas autorizadas, reforçando seu caráter formal e técnico. A ausência de coloquialismos, regionalismos ou linguagem jurídica confirma que a modalidade linguística empregada é efetivamente formal.