Nesse texto, o uso das reticências sugere que o eu lírico está A) confuso. B) esperançoso. C) eufórico. D) pensativo.
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem — um dia — uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
QUINTANA, Mário. Nariz de vidro. São Paulo: Moderna, 1984. p. 40.
Nesse texto, o uso das reticências sugere que o eu lírico está
- A) confuso.
- B) esperançoso.
- C) eufórico.
- D) pensativo.
Resposta:
A resposta correta é a letra D)
O uso das reticências no texto de Mário Quintana sugere que o eu lírico está pensativo, representado pela alternativa D. As reticências aparecem em frases como "há tempo...", "já é 6ª feira..." e "passaram 60 anos...", criando pausas reflexivas que transmitem a sensação de um fluxo de pensamento introspectivo sobre a passagem do tempo e as oportunidades perdidas. Essa pontuação indica hesitação, contemplação e uma profundidade meditativa, rather than confusão, esperança ou euforia, pois o tom é melancólico e filosófico, alinhado com a reflexão sobre a efemeridade da vida.
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