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No trecho “A senhora dá uma apertadinha nele.”, o termo “nele” está substituindo a palavra A) queijo.B) mineiro. C) vendedor. D) paraibano.

O vendedor de queijos

Alexandre Azevedo

    Saiu o vendedor de queijos a vender seus queijos pelas ruas da cidade. Na primeira casa que encontrou, arriou sua sacola e pôs-se a bater palmas. A empregada, pobremente vestida, saiu à porta para atendê-lo:

    — Pois não?

    — A patroa não deseja comprar um queijinho? A empregada mandou-o esperar um instantinho e foi para dentro da casa perguntar para a patroa se ela não queria queijo. Alguns instantes depois, a empregada voltou:

    — A patroa mandou perguntar se é mineiro.

    — Não, senhora, sou paraibano!

    — empregada voltou para dentro para novamente falar com a patroa. Depois:

    — A patroa quer saber se o queijo é de Minas.

    — Sei não, senhora. Que diferença faz? Ora, queijo é queijo!

    — Mas a patroa disse que só compra se ele for mineiro! É mineiro ou não é? O vendedor, para não perder a freguesa, falou que era.

    — Então prova! — Disse a empregada.

    — Olha, dona, eu não tenho aqui comigo a certidão de nascimento dele, não. Mas só tem um jeito de descobrir se ele é mineiro ou não.

    — E qual é? — Quis saber a empregada.

    — Fácil — respondeu ele. A senhora dá uma apertadinha nele. Se ele disser uai, é mineiro!

    — E se ele não disser? — Perguntou a empregada.

    — Não tem erro. É mineiro mudo!

Azevedo, Alexandre. O vendedor de queijos e outras crônicas. São Paulo: Atual Editora, 2007. p. 25-26.

No trecho “A senhora dá uma apertadinha nele.”, o termo “nele” está substituindo a palavra

Resposta:

A resposta correta é a letra A)

No trecho "A senhora dá uma apertadinha nele", o termo "nele" refere-se ao queijo, conforme evidencia a estrutura do texto e a sequência lógica do diálogo.

Anteriormente na narrativa, o vendedor estabelece uma analogia humorística ao sugerir um método para comprovar a origem mineira do queijo: "Se ele disser uai, é mineiro!". O pronome "ele" nesta frase refere-se claramente ao queijo, que é o objeto central da discussão entre os personagens.

Quando o vendedor repete a referência pronominal dizendo "nele", mantém a mesma relação anafórica com o substantivo "queijo" que estava sendo discutido. A substituição pelo pronome oblíquo "nele" (contração de "em" + "ele") segue a coesão textual, evitando a repetição desnecessária da palavra "queijo".

O contexto mostra que toda a conversa gira em torno da origem do queijo (se é mineiro ou não), e não sobre o vendedor ou sua naturalidade. Portanto, a referência pronominal mantém-se consistentemente relacionada ao produto que está sendo negociado.

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