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A linguagem empregada nesse texto é A) formal. B) informal. C) técnica. D) jurídica.

Minha vida de menina

Helena Morley

    Quarta-feira, 28 de agosto (de 1895).

    Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste!

    Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha, e deu-me um vestido. Beijou-me e disse: “Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha que lhe quer tanto”. As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.

    Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que devia ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora, que vovó melhorando eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.

    Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai me dizer: “Já estudou suas lições? Então vá se deitar, mas procure antes alguma coisa para comer. Vá com Deus”.

Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1942.

A linguagem empregada nesse texto é

Resposta:

A resposta correta é a letra A)

A linguagem empregada no texto "Minha vida de menina" de Helena Morley é formal, conforme indicado pela alternativa A. Esta conclusão baseia-se em várias características presentes no excerto:

O texto apresenta estrutura sintática complexa, com períodos bem construídos e pontuação adequada, como visto em: "Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que devia ter sido para ela!"

Utiliza vocabulário elaborado e preciso, incluindo expressões como "ansiada como está", "desengasgar-me", "penando com está", que demonstram um registro linguístico cuidado e distante da oralidade coloquial.

Mantém convenções formais de escrita, como a data completa ("Quarta-feira, 28 de agosto (de 1895)") e o tratamento respeitoso ("vovó", "avozinha"), mesmo sendo um texto pessoal e íntimo.

Embora seja um diário pessoal, a autora emprega uma linguagem reflexiva e elaborada, com construções gramaticais completas e uso adequado de discurso direto entre aspas, características de um registro formal culto.

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