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O uso das aspas no trecho “Me salve desta imundície!” revela A) a revolta pela situação vivida. B) a intenção de fala do personagem. C) o destaque dado a palavras do texto. D) o estranhamento da personagem diante do fato.

Boa Ação

    (…) De repente, zapt, a cusparada veio lá do alto do edifício e varreu-lhe o braço direito que nem onda de ressaca. Horror, nojo, revolta: no meio das três sensações, o triste consolo de não ter sido no rosto, nem mesmo no vestido.

    Como limpar “aquilo” sem se sujar mais? Teve ímpeto de atravessar a rua, a praia, meter-se de ponta cabeça no mar. Depois veio a ideia de entrar no primeiro edifício, apertar a primeira campainha, rogar em pranto à dona da casa: “Me salve desta imundície!”

ANDRADE, Carlos Drummond de. Boa ação. In: Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.

O uso das aspas no trecho “Me salve desta imundície!” revela

Resposta:

A resposta correta é a letra B)

O uso das aspas no trecho "Me salve desta imundície!" tem a função de indicar a intenção de fala do personagem, marcando o discurso direto que ele pretende proferir. No contexto narrativo, as aspas delimitam a fala que a personagem planeja dizer ao entrar no primeiro edifício e rogar em pranto à dona da casa, representando suas palavras exatas como seriam pronunciadas. Essa utilização das aspas é convencional na língua portuguesa para sinalizar a reprodução fiel de um enunciado, diferenciando-o do restante do texto narrativo.

As demais alternativas não se adequam à função específica das aspas neste caso: não expressam revolta (A), pois o conteúdo da fala em si que poderia conter essa emoção; não destacam palavras isoladas do texto (C), mas sim um segmento de discurso direto; e não indicam estranhamento (D), uma vez que as aspas não carregam valor semântico de surpresa, apenas demarcam a fala projetada.

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