A palavra grifada foi dividida em sílabas para A) imitar o modo como o apresentador fala em circo. B) explicar direito como se pronuncia o nome Arquibaldo. C) criar uma dúvida sobre os poderes do mágico. D) indicar que a mágica será muito perigosa.
O MÁGICO ERRADO
Arquibaldo era um mágico. Exatamente. Um homem capaz de realizar maravilhas. Ou de maravilhar outras pessoas, se preferir. Mas havia um probleminha. E probleminha é modo de dizer, porque ele achava um proble-mão. Arquibaldo era um mágico diferente. Um mágico às avessas, sei lá como dizer.
Esse era o problema de Arquibaldo. Ele não sabia. Não conseguia, por mais que se concentrasse. Ele tirava bichos da cartola e do lenço. Era capaz de passar o dia inteirinho tirando bichos. Mas, se falasse: “Vou tirar…” Pronto! Tirava tudo que era bicho, menos o bicho anunciado. Por isso, andava tristonho da vida.
Arquibaldo recordava-se dos espetáculos no circo. Embora preferisse nem lembrar. O apresentador apresentava com ar solene e voz emocionada.
— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, o maior mágico do mundo!
Fonte: GALDINO, Luiz. O mágico errado. São Paulo: FTD, 1996. Adaptado. Fonte: SARESP, 2010.
Observe: “— E agora, com vocês, Ar-qui-bal-do, (último parágrafo) o maior mágico do mundo!”
A palavra grifada foi dividida em sílabas para
- A) imitar o modo como o apresentador fala em circo.
- B) explicar direito como se pronuncia o nome Arquibaldo.
- C) criar uma dúvida sobre os poderes do mágico.
- D) indicar que a mágica será muito perigosa.
Resposta:
A resposta correta é a letra A)
A palavra "Ar-qui-bal-do" foi dividida em sílabas no texto para imitar o modo como o apresentador fala em circo. Essa estratégia narrativa reproduz a entonação teatral e dramática típica dos mestres de cerimônia circenses, que costumam anunciar os artistas com pausas exageradas e ênfase silábica para criar expectativa no público. A divisão não tem função explicativa de pronúncia (como na opção B), pois o nome Arquibaldo segue as regras normais de silabação do português. Também não está relacionada aos poderes do mágico (opção C) ou ao perigo da mágica (opção D), mas sim à caracterização cênica do momento da apresentação, reforçando o clima de espetáculo e a ironia do contexto - já que se anuncia "o maior mágico do mundo" justamente quando ele demonstra sua incompetência mágica.
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