No texto, as opiniões de Claudio de Moura Castro e de Carlos Heitor Cony em relação à comparação do mundo atual e o passado não muito recente são A) contrárias. B) excludentes. C) semelhantes. D) complementares.
Duas opiniões diferentes sobre um mesmo assunto
O articulista da revista Veja, Claudio de Moura Castro, no seu artigo “Vamos de Mal a Pior?”, publicado esta semana, trata de um assunto que hoje é muito frequente, a comparação entre o mundo atual e o passado não muito recente. Nesse seu artigo, após estabelecer as comparações inevitáveis, entre o passado e o presente, conclui o seu estudo comparativo, chegando à seguinte conclusão: que em que pese os graves problemas do mundo atual, a humanidade experimenta dias melhores.
Já o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony, no seu artigo semanal do jornal Folha de São Paulo, “Tudo podia Ser Pior”, do dia 13/02, no caderno Ilustrada, traça um panorama um tanto quanto pessimista do mundo atual e, para exemplificar esse mundo terrível em que nós vivemos (eu, ele, você), conta um caso de um amigo seu que abandonou São Paulo e seguiu em direção ao Rio de Janeiro para fugir da pressão psicológica, do consumismo, da pressa, do imediatismo, da crueldade dos negócios do toma lá da cá, que marcam a temperatura humana da nossa maior cidade. Concluindo esse seu artigo, Carlos Heitor Cony nos conta uma triste história de um seu amigo, que, num momento de lucidez, meteu uma bala na cabeça, não quebrou a cabeça, mas quebrou a sua cara, pois a bala resvalou e ele ficou apenas ferido, doido e vivo contra a sua vontade.
Sou obrigado a concordar em parte com que escreveu Claudio de Moura Castro, pois é inegável que, em alguns aspectos, o mundo evoluiu da barbárie para a civilização, mas acontece que, a partir das últimas décadas do século XX e dos primeiros anos do século XXI, o mundo começou a regredir.
Tomemos, como exemplo, as perdas de direitos trabalhistas, conquistados a duras penas pelo trabalhador através da organização sindical (sindicato), que hoje não passa de abrigo para sindicalistas pelegos e para compor um cenário de democracia plena. A violência é outro dado assustador, com as pessoas vivendo nas grandes cidades, como se estivessem morando numa Selva de Pedra, com o bicho homem sendo o algoz, carrasco do próprio homem.
Só para ficarmos num exemplo recente, a tentativa de Hugo Chavez em se eternizar no poder na Venezuela. Já disse e repito: reeleição e eleição ilimitada é um tipo de ditadura disfarçada. Na Venezuela, os outros poderes que legitimam uma democracia foram praticamente eliminados.
Disponível em:http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/130614. Acesso em: 01/04/2015.
No texto, as opiniões de Claudio de Moura Castro e de Carlos Heitor Cony em relação à comparação do mundo atual e o passado não muito recente são
- A) contrárias.
- B) excludentes.
- C) semelhantes.
- D) complementares.
Resposta:
A resposta correta é a letra A)
As opiniões de Claudio de Moura Castro e Carlos Heitor Cony apresentam visões fundamentalmente opostas sobre a comparação entre o mundo atual e o passado, configurando-se como posicionamentos contrários.
Claudio de Moura Castro, em seu artigo "Vamos de Mal a Pior?", defende uma perspectiva otimista ao concluir que, apesar dos problemas contemporâneos, a humanidade vive dias melhores atualmente. Seu posicionamento enfatiza a evolução da barbárie para a civilização, reconhecendo avanços civilizatórios em relação ao passado.
Em contrapartida, Carlos Heitor Cony, em "Tudo podia Ser Pior", adota uma visão profundamente pessimista, descrevendo o mundo atual como terrível, marcado por pressão psicológica, consumismo, imediatismo e crueldade nas relações humanas. Seu relato sobre o amigo que tentou suicídio serve como metáfora dessa deterioração social.
A oposição entre essas perspectivas é evidente: enquanto Castro enxerga progresso e melhoria, Cony visualiza decadência e piora nas condições humanas. Essa contradição direta entre otimismo e pessimismo caracteriza claramente opiniões contrárias sobre o mesmo assunto.
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