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A tese do texto abaixo é A) O comércio de armas deveria ser bastante restringido e rigorosamente controlado. B) O comércio deve ser livre para dar segurança aos cidadãos honestos. C) O governo tem o dever legal de dar segurança ao povo. D) A liberação do comércio de armas gera justiceiros privados arbitrários e violentos.

A COMPRA DE ARMAS DEVE SER PROIBIDA?

    Estou convencido de que, em benefício da segurança de todo o povo, o comércio de armas deveria ser bastante restringido e rigorosamente controlado. Todos os argumentos usados, pelos meios de comunicação e no Congresso Nacional, em favor da ampla liberdade na venda e compra de armas procuram esconder o verdadeiro e real objetivo, que é o comércio de armas, altamente lucrativo e causa das maiores tragédias sociais e individuais da humanidade. É absolutamente falso dizer que o comércio deve ser livre para dar segurança aos cidadãos honestos, pois quem tem o dever legal de dar segurança ao povo é o governo, que recebe impostos e tem gente treinada para executar essa tarefa, estando realmente preparado para enfrentar criminosos. Se os organismos policiais são deficientes, o caminho é a mobilização de toda a sociedade exigindo eficiência – e não a barbárie da autodefesa, que fatalmente acaba gerando os justiceiros privados, arbitrários e violentos, não trazendo nenhum benefício para os que não têm dinheiro para comprar armas sofisticadas nem vocação para matadores. Não me parece necessário chegar ao extremo da proibição, mas a venda de armas aos cidadãos deveria se restringir a casos excepcionais, definidos em lei.

Dalmo Dallari – Folha de São Paulo

A tese do texto abaixo é

Resposta:

A resposta correta é a letra A)

O texto apresenta como tese central a defesa de que "o comércio de armas deveria ser bastante restringido e rigorosamente controlado", conforme explicitado na primeira frase do segundo parágrafo. Esta posição é desenvolvida ao longo do argumento através de três eixos principais:

Primeiramente, o autor desqualifica os argumentos favoráveis à liberdade de comércio de armas, caracterizando-os como falsos e motivados por interesses comerciais lucrativos que resultam em tragédias sociais. Em segundo lugar, afirma que a segurança pública é dever exclusivo do Estado, não dos cidadãos individuais, defendendo que a solução para deficiências policiais deve ser a cobrança por eficiência institucional, não a autodefesa armada. Por fim, argumenta que a liberação do comércio de armas gera justiceiros privados violentos e beneficia apenas aqueles com recursos para adquirir armamentos sofisticados.

As demais alternativas representam elementos argumentativos que sustentam a tese principal, mas não constituem a proposição central do texto: a opção B apresenta um argumento que o autor explicitamente rejeita como "absolutamente falso"; a C apresenta uma premissa que fundamenta a tese, mas não é a tese em si; e a D apresenta uma consequência negativa apontada pelo autor, que serve como argumento secundário para reforçar sua posição central.

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