De acordo com esse texto, o poeta canta, canta e sempre fica o que cantar, porque A) alguém cantou o sertão. B) a beleza do sertão é tanta. C) o sertão é misterioso. D) ninguém conhece o sertão.
Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o quicantá.
(De EU E O SERTÃO – Cante lá que eu canto Cá – Filosofia de um trovador nordestino – Ed.Vozes, Petrópolis, 1982) Disponível em:http://pensador.uol. com.br/frase/NDYzMDc2/. Acesso em 06 de Nov. de 2013.
De acordo com esse texto, o poeta canta, canta e sempre fica o que cantar, porque
- A) alguém cantou o sertão.
- B) a beleza do sertão é tanta.
- C) o sertão é misterioso.
- D) ninguém conhece o sertão.
Resposta:
A resposta correta é a letra B)
O texto apresentado é um trecho da obra "Eu e o Sertão" de Patativa do Assaré, onde o poeta expressa seu profundo amor e admiração pelo sertão nordestino. A questão pede para explicar por que o poeta afirma que "canta, canta, e inda fica o quicantá" (canta, canta, e ainda fica o que cantar).
Analisando o poema, o verso "A tua beleza é tanta" aparece como justificativa direta para o ato contínuo de cantar. O poeta deixa claro que a imensidão e intensidade da beleza sertaneja são tão grandiosas que nunca se esgotam na expressão poética, sempre restando mais a ser cantado.
As demais alternativas podem ser descartadas porque:
- A) Alguém cantou o sertão - O texto não trata de terceiros, mas da experiência pessoal do poeta
- C) O sertão é misterioso - Embora mencione "mistérios", não é isso que motiva o cantar incessante
- D) Ninguém conhece o sertão - A ignorância sobre o sertão não é apontada como razão para continuar cantando
Portanto, a beleza abundante do sertão (alternativa B) é de fato o motivo pelo qual o poeta permanece sempre com "o quicantá" - sempre há mais beleza para celebrar através da poesia.
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