A Índia exporta para a China vastas quantidades de ópio, para cujo cultivo possui facilidades peculiares. O ópio pode ser produzido em Bengala melhor e mais barato do que em qualquer outra parte do mundo; e a China oferece um mercado quase que ilimitado em suas dimensões. O gosto por essa droga espalhou-se pelo império, a despeito das severas regulações para sua exclusão, e se diz que ele entrou no próprio palácio. Não obstante o consumo desse estimulante pernicioso eventualmente ser reprimido de um ponto de vista moral, é certo que ele promove diversos objetos que são igualmente desejáveis tanto pela Índia como pela Inglaterra. A Índia, ao exportar ópio, auxilia o fornecimento de chá à Inglaterra. A China, ao consumir ópio, facilita as operações de receita entre a Índia e a Inglaterra. A Inglaterra, ao consumir chá, contribui para aumentar a demanda por ópio indiano.
Edward Thornton, India, its state and prospects. Londres: Parbury, Allen & Co., 1835. Adaptado.
a) Indique como o texto caracteriza a cadeia mercantil do ópio e qual sua importância para a economia inglesa do século XIX e para as relações coloniais entre Grã-Bretanha e Índia.
b) Identifique e explique um conflito posterior a 1835 que se relacione diretamente aos processos descritos no texto.
Resposta:
a) O ópio era produzido na Índia, parte do Império Britânico no período, este era vendido para China, grande consumidora do produto, gerando grandes lucros para Inglaterra que por sua vez compravam o chá Chinês o que garantia receita para que o chineses continuassem comprando o ópio. Esta era a cadeia mercantil caracterizada pelo texto como lucrativa, contudo, reprimida moralmente. A sua importância para Inglaterra era a garantia da balança comercial favorável com a China e a garantia da dominação sobre a Índia
b) Há em 1840 o início da Primeira Guerra do Ópio desencadeada pela Inglaterra quando a China proibiu a venda do produto em seu território
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