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Prova de Matemática da Fuvest 2018 Resolvida

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1) (FUVEST – 2018 – 1a fase) Considere o polinômio

P(x) = x^{n} + a_{n-1}x^{n-1}+...+a_{1}x+a_{0},

em que a_{0},...,a_{n-1} in mathbb{R}. Sabe-se que as suas n raízes estão sobre a circunferência unitária e que a_{0}<0.

O produto das n raízes de P(x), para qualquer inteiro n geq 1, é:

  • A) -1
  • B) i^{n}
  • C) i^{n+1}
  • D) (-1)^{n}
  • E) (-1)^{n+1}
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E)

Utilizando a relação de Girard, temos que o produtos das raízes desse polinômio é dada pela divisão de a_{0} pelo coeficiente de x^{n}, com seu sinal variando de acordo com o valor de n.

P = left(-1 right )^{n}.a_{0}.

Como as raízes estão sobre a circunferência unitaria, o módulo de todas as raízes vale 1. Logo o módulo do produto das raízes também vale 1.

left | P right | = left | left(-1 right )^{n} a_{0} right |  rightarrow    left | P right | = left | left(-1 right )^{n} right |left | a_{0} right |  (O módulo dos produtos é o produto dos módulos)

left | a_{0} right | = 1

No enunciado está escrito que a_{0} < 0. 

Logo, a_{0} = -1

Então o produto das raízes é:

P = left(-1 right )^{n}.-1 = left(-1 right )^{n+1}

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2) Doze pontos são assinalados sobre quatro segmentos de reta de forma que três pontos sobre três segmentos distintos nunca são colineares, como na figura.

O número de triângulos distintos que podem ser desenhados com os vértices nos pontos assinalados é

  • A) 200
  • B) 204
  • C) 208
  • D) 212
  • E) 220
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D)

Para resolver essa questão, devemos observar que, dada uma escolha de 3 vértices, a ordem destes não importa na formação do triângulo. Logo, levando em consideração, apenas o número de vértices e de que a ordem não importa, temos uma combinação de 12 termos tomados 3 a 3.

C_{12,3} = frac{12!}{3!left(12- 3 right )!}   rightarrow  frac{12!}{3!9!}

frac{12.11.10.9!}{3.2.9!} = 2.11.10 = 220

Porém ainda devemos contar os casos que não são triângulos, formados por vértices na mesma linha.

    

Isso ocorre na reta r e na reta s. Com 4 pontos da. Então vamos subtrair do resultado anterior, 2 combinções de 4 termos tomados 3 a 3.

2. frac{4!}{3!} = 2.4 = 8               

Logo, 220 - 8 = 212

3) Sejam F:R→R e g:R+ → R definidas por

f(x)= frac{1}{2}5^{x} e g(x)=log_{10}x,

respectivamente.

o gráfico da função composta gºf é:

  • A)
  • B)
  • C)
  • D)
  • E)
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A)

f(x)=frac{1}{2}5^x

g(x)=log_{10}x

gcirc f=log_{10}(frac{1}{2}5^x)

=log_{10}2^{-1}+log_{10}5^x

=xlog_{10}5-log_{10}2

Para x=0:

gcirc f=-log_{10}2

Como -log_{10}2 é um número real e negativo, então a interseção do gráfico com o eixo y deve ser negativa.

Para f(x)=0:

xlog_{10}5-log_{10}2=0

 xlog5-log2 é uma reta com coeficiente angular log 5 > 0 (reta crescente) e coeficiente linear – log10 2 < 0 (intersecta o eixo das ordenadas abaixo da origem).

A única alternativa que contempla essas condições é a letra A.

 

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4) Em uma urna, há bolas amarelas, brancas e vermelhas. Sabe-se que:

I. A probabilidade de retirar uma bola vermelha dessa urna é o dobro da probabilidade de retirar uma bola amarela.

II. Se forem retiradas 4 bolas amarelas dessa urna, a probabilidade de retirar uma bola vermelha passa a ser frac{1}{2}.

III. Se forem retiradas 12 bolas vermelhas dessa urna, a probabilidade de retirar uma bola branca passa a ser frac{1}{2}.

A quantidade de bolas brancas na urna é

  • A) 8
  • B) 10
  • C) 12
  • D) 14
  • E) 16
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C)

[C]

 

5) Uma cerca tem formato de um polígono regular de n lados, cada lado com comprimento l. A égua Estrela pasta amarrada à cerca por uma corda, também de comprimento 1, no exterior da região delimitada pelo polígono. Calcule a área disponível para pasto supondo que: 

a) a extremidade da corda presa à cerca está fixada num dos vértices do polígono;

b) a extremidade da corda pudesse deslizar livremente ao longo de todo o perímetro da cerca.

    FAZER COMENTÁRIO

    a) O ângulo interno de um polígono de n lados é:

     frac{(n-2)times180}{n}.

    O espaço que a Estrela terá para pastar será um setor circular externo à cerca, em qualquer um de seus vértices. Este setor círcular têm ângulo:

     360 -frac{(n-2)times180}{n}

    Logo, sua área será:

    pi l^2timesfrac{(360 -frac{(n-2)times180}{n})}{360}Rightarrow pi l^2timesfrac{(180n +360)}{360n}Rightarrow pi l^2(frac{1}{2}+frac{1}{n})

    b) Independente do número de lados do polígono, o espaço de pasto sempre se apresentará da seguinte forma:

    Como um quadrado de lado l acima de todas as arestas, e um setor circular de ângulo alpha entre estes quadrados.

    O ângulo alpha mede:

    alpha = 360 - 180 - frac{(n-2)times180}{n}Rightarrow alpha =frac{360}{n}

    A área de pasto terá n quadrados e n setores circulares (um quadrado para cada aresta, um setor para cada vértice), assim sendo, a área total é:

    ntimes l^2 + n times(frac{frac{360}{n}pi l^2}{360})

    nl^2 + pi l^2

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    6) Considere a função real definida por .

    a) Qual é o domínio de f?

    b) Encontre o(s) valor(es) de x para o(s) qual(is) f(x) = 0.

      FAZER COMENTÁRIO

      Resolução em produção:

       

      a) Para encontrar o domínio, temos que são os números reais desde que as regras abaixo sejam respeitadas:

      x-frac{1}{x}geq 0 e 1-frac{1}{x}geq 0 e xneq0

      1) Para x-frac{1}{x}geq 0:

      frac{x^2-1}{x}ge :0

      mathrm{Encontre:os:sinais:dos:fatores:de:}frac{x^2-1}{x}:

      Logo, -1le :x<0quad mathrm{ou}quad :xge :1

      2) Para 1-frac{1}{x}geq 0

      frac{x-1}{x}ge :0

      mathrm{Encontre:os:sinais:dos:fatores:de:}frac{x-1}{x}:

      Logo, x<0quad mathrm{or}quad :xge :1

      3) Unindo os intervalos:

      -1le :x<0quad mathrm{ou}quad :xge :1

      4) Colocando em notação de intervalo:

      mathrm{D={x in mathbb{R}/:-1le :x<0quad mathrm{ou}quad :xge :1}}

       

      b) Temos que f(x)=0, logo

      sqrt{x-frac{1}{x}}+sqrt{1-frac{1}{x}} -x=0

      1) Organizando:

      sqrt{x-frac{1}{x}}=x-sqrt{1-frac{1}{x}}

      2) Elevando ambos os lados ao quadrado:

      left(sqrt{x-frac{1}{x}}right)^2=left(x-sqrt{1-frac{1}{x}}right)^2

      x-frac{1}{x}=x^2-2sqrt{1-frac{1}{x}}x+1-frac{1}{x}

      3) Simplificando:

      -x^2+x-1=-2sqrt{1-frac{1}{x}}x

      4) Elevando ambos os lados ao quadrado:

      left(-x^2+x-1right)^2=left(-2sqrt{1-frac{1}{x}}xright)^2

      x^4-2x^3+3x^2-2x+1=4x^2-4x

      5) Simplificando: 

      x^4-2x^3-x^2+2x+1=0

      6) Desenvolvendo encontramos:

      frac{x^4-2x^3-x^2+2x+1}{x^2}=0

      Lembre-se que x neq 0.

      7) Organizando

      x^2-2x-1+frac{2}{x}+frac{1}{x^2}=0

      x^2+frac{1}{x^2}-2left (x-frac{1}{x} right )-1=0

      8) Fazendo x-frac{1}{x}=y, temos que:

      (y^2+2)-2y-1=0

      9) Logo, y=1 (perceba que trata-se de uma raiz dupla).

      10) Logo,

      x-frac{1}{x}=1

      11) Com isso, temos:

      x^2-x-1=0

      x_{1,:2}=frac{-left(-1right)pm sqrt{left(-1right)^2-4cdot :1left(-1right)}}{2cdot :1}

      x_1=frac{1+sqrt{5}}{2},:x_2=frac{1-sqrt{5}}{2}

      12) Ao verificar as respostas, encontramos que apenas 

      x_1=frac{1+sqrt{5}}{2} é solução.

       

      7) No plano cartesiano real, considere o triângulo ABC, em que A = (5,0), B = (8,0), C = (5,5), e a reta de equação y = αx, 0 < α < 1. Seja ƒ(α) a área do trapézio ABED, em que D é a intersecção da reta y = αx com a reta de equação x = 5, e o segmento DE é paralelo ao eixo Ox.

      a) Encontre o comprimento do segmento DE em função de alpha.

      b) Expresse f(alpha ) e esboce o gráfico da função f.

        FAZER COMENTÁRIO

        a) Primeiramente, a medida AD depende de alpha, pois D é o ponto onde AC e y se interceptam. Como AC existe na reta x=5, o ponto D é representado por (alpha , 5alpha), sendo 5alpha a medida do segmento AD.

        Logo, o segmento CD mede 5-5alpha. Os triângulos CDE e CAB são semelhantes, utilizando sua razão de semelhança:

        frac{CD}{CA}=frac{DE}{AB}

        frac{5-5alpha }{5}=frac{DE}{3}

        DE=3times(1-alpha )

        DE=3-3alpha

        b)  As bases do trapézio são BA e DE, sua altura é DA, logo:

        f(alpha )=frac{(3 + (3-3alpha ))times5alpha }{2}

        f(alpha )=frac{30alpha-15alpha ^2 }{2}

        Assim, podemos ver que f(alpha ) é uma parábola, como o enunciado diz que 0< alpha <1:

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        8) Para responder aos itens a) e b), considere a figura correspondente.1

        a) Num tetraedro 0 ABC, os ângulos Awidehat{O}B, Bwidehat{O}CCwidehat{O}A medem 90º . Sendo alpha e beta as medidas dos ângulos Awidehat{C}O e Bwidehat{C}O , respectivamente, expresse o cosseno do ângulo Awidehat{C}B em função de alpha e beta.

        b) Um navio parte do ponto de latitude 0º e longitude 0º e navega até chegar a um ponto de latitude 45º sul e longitude 45º oeste, seguindo a trajetória que minimiza a distância percorrida. Admita que a Terra seja esférica de raio R = 6000km. Qual foi a distância percorrida pelo navio?

          FAZER COMENTÁRIO

          a)

          Usando trigonometria nos triângulos retângulos BOC, AOC e AOB, temos:

          cos : alpha= frac{OC}{AC}rightarrow AC= frac{OC}{cos : alpha}

          cos : beta= frac{OC}{BC}rightarrow BC= frac{OC}{cos : beta}

          sen : beta= frac{OB}{BC}rightarrow OB= BC cdot sen: beta

          sen : alpha= frac{AO}{AC}rightarrow OA= AC cdot sen : alpha

          Pitágoras em AOB: 

          AB^2= AO^2+ OB^2 rightarrow AB^2 = (AC cdot sen : alpha)^2+ (BC cdot sen: beta)^2

          Substituindo AC e AB isolados na expressão de AB, encontramos:

          AB^2 = (frac{OCcdot sen : alpha}{cos : alpha} )^2+ (frac{OCcdot sen : beta}{cos : beta} )^2 \ \ AB^2 = OC^2 cdot : tg^2 alpha + OC^2 cdot : tg^2 beta \ \ AB^2=OC^2(tg^2 alpha+tg^2 beta)

          Usando lei dos cossenos no triângulo ABC, temos:

          AB^2=BC^2+AC^2-2BC cdot AC cdot cos Ahat{C}B

          substituindo os termos já encontrados, que estão em função de alfa, beta e OC, temos:

          OC^2(tg^2alpha+tg^2 beta)=frac{OC^2}{cos^2 beta}+ frac{OC^2}{cos^2 alpha}-2 cdot frac{OC}{cos beta} cdot frac{OC}{cos alpha} cdot cos Ahat{C}B

          Simplificando OC^2 dos dois lados da equação e remanejando, temos:

          [frac{sen^2 alpha}{cos^2alpha}-frac{1}{cos^2alpha}+frac{sen^2 beta}{cos^2beta}-frac{1}{cos^2beta}] cdot cos beta cdot cosalpha=-2cosAhat{C}B

          Pela relação fundamental, temos: sen^2 x-1=-cos^2x

          Então:

          [frac{-cos^2alpha}{cos^2alpha}+frac{-cos^2beta}{cos^2beta}] cdot cos beta cdot cosalpha=-2cosAhat{C}B

          [-1-1] cdot cos beta cdot cosalpha=-2cosAhat{C}B

          cosAhat{C}B=cos beta cdot cosalpha

          _________________________________________________________________

          b)

          Supondo A o ponto de coordenadas 0° e 0° (ponto de partida).
          Supondo B o ponto de coordenadas 0° latitude e 45° longitude.
          Supondo C o ponto de coordenadas 45° latitude e 45° longitude (ponto de chegada). 

          Percebemos que A e B estão sobre o mesmo paralelo (linha do equador) e B e C estão sobre o mesmo meridiano (de 45°).

          Sendo O o centro do globo, traçamos retas (que equivalem ao raio) OA, OB e OC. Podemos perceber que o ângulo AÔB deve ser de 45° (já que o trajeto de A até B corresponde a percorrer 45° sobre a linha do equador na superfície do globo. Analogamente, o ângulo BÔC também deve medir 45°, porque ir de B para C corresponde a percorrer 45° no meridiano. 

          Dessa maneira, temos uma situação análoga à figura da questão a, onde:

          O arco AC é a distância percorrida pelo navio. Sendo assim, para descobrir o comprimento do arco, devemos saber o ângulo correspondente, que é AÔC. Assim, podemos usar o resultado obtido no item anterior:

          cos(Ahat{O}C)=cos45^{circ} cdot sen45^{circ}

          Logo:

          cos45^{circ} cdot sen45^{circ}=frac{sqrt2}{2} cdotfrac{sqrt2}{2}=frac{1}{2}

          Portanto: 

          cos(Ahat{O}C)=frac{1}{2}

          Ahat{O}C= frac{ pi }{3}=60^{circ}

          Como OA=OC=R=6000km podemos descobrir o comprimento do arco AC:

          AC=frac{60}{360} cdot 2 pi R

          AC=2000pi : km

           

          9) Considere a sequência a1 = 6, a2 = 4, a3 = 1, a4 = 2, e an = an-4, para . Defina  para , isto é,  é a soma de k + 1 termos consecutivos da sequência começando do n-ésimo, por exemplo, .

          a) Encontre n e k tal que S_{n}^{k}=20.

          b) Para cada inteiro j, 1leq jleq 12, encontre n e k tal que S_{n}^{k}=j.

          c) Mostre que, para qualquer inteiro j, jgeq 1, existem inteiros ngeq 1 e kgeq 0 tais que S_{n}^{k}=j.

            FAZER COMENTÁRIO

            a) Como a sequência se trata de 6,4,1,2,6,4,1,2… e isso se repete periodicamente, percebemos que a soma de termos consecutivos é igual a 20 quando eles se iniciam em 4 e terminam 2. 
            Logo:

            S^k_n=20

            n=2 : e: k=6 ou n=6 : e: k=6  ou n=10 : e: k=6

            Logo: n=2,6,10...: e: k=6

            ———————————————————————

            b)

             1leq jleq 12 : e: S^k_n=j

            j=1 rightarrow n=3,7,11...: e: k=0

            j=2 rightarrow n=4,8,12...: e: k=0

            j=3 rightarrow n=3,7,11...: e: k=1

            j=4 rightarrow n=2,6,10...: e: k=0

            j=5 rightarrow n=2,6,10...: e: k=1

            j=6 rightarrow n=1,5,9...: e: k=0

            j=7 rightarrow n=2,6,10...: e: k=2

            j=8 rightarrow n=4,8,12...: e: k=1

            j=9 rightarrow n=3,7,11...: e: k=2

            j=10 rightarrow n=1,5,9...: e: k=1

            j=11 rightarrow n=1,5,9...: e: k=2

            j=12 rightarrow n=4,8,12...: e: k=2

            ——————————————————-

            c) No item b, já encontramos que, para 1leq jleq 12 existem n e k inteiros tais que S^k_n=j

            Se observamos o caso de j=13 (ou múltiplo de 13) teremos:

            S^k_n=13rightarrow n=1,5,9...: e: k=3 : (para: j=13), 7 : (para: j=26)...

            No caso de j não ser múltiplo de 13, podemos escrevê-lo como:

            j=13q + r 

            com q inteiro e r sendo um número inteiro entre 1 e 12. 

            Pela primeira parte, vemos que para 13q (como é múltiplo de 13) existem n e k que satisfazem a condição. Já pela resolução do item b, percebemos que existem n e k para qualquer j entre 1 e 12, então devem existir n e k para r.  

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            10) Sejam C um subconjunto não vazio e P um ponto, ambos em um mesmo plano, tais que P  C. Diz-se que “P enxerga C sob um ângulo ” se  for a medida do menor ângulo com vértice em P que contenha C. Por exemplo, na figura, o ponto P enxerga o quadrado C sob o ângulo  indicado.

            a) Se for um círculo de raio r, centrado na origem de um plano cartesiano real, determine o lugar geométrico dos pontos que enxergam C sob um ângulo de 60° .

            b) Se for a união dos segmentos OA e OB , em que A = (a, 0) e B = (0,b), com a,b > 0, determine o lugar geométrico dos pontos que enxergam C sob um ângulo de 90°.

              FAZER COMENTÁRIO

              Em construção:

              a)

              Pelo desenho, podemos observar que:

              Devido à simetria, o segmento OP é bissetriz do ângulo em P e pela propriedade de tangência, PN e PM formam ângulos retos com os raios da circunferência. 

              Logo, temos dois triângulos retângulos PNO e PMO e seus ângulos em P valem 30° cada um. Sendo assim, podemos usar a trigonometria:

              sen : 30^{circ}=frac{r}{OP}=frac{1}{2}

              logo: OP=2r

              Notamos que, por simetria, qualquer ponto da circunferência verde tracejada enxergará o círculo sobre essas mesmas condições. Portanto, o lugar geométrico dos pontos será a circunferência de raio 2r centrada na origem. Sua equação é:

              x^2+y^2=(2r)^2Rightarrow x^2+y^2=4r^2 : ou: x^2+y^2-4r^2=0

              _______________________________________________________________________________________________

              b)

              Os pontos que enxergam um segmento de reta sob o ângulo de 90° formam uma semi-circunferência. Dessa maneira, obtemos:

              Vemos que o semicírculo c "enxerga" o segmento OB, o semicírculo d enxerga o segmento OA e o semicírculo e enxerga o segmento AB. Sendo assim, basta determinar as equações desses semicírculos:

              semicírculo c (para x<0)

              Centro: (0,frac{b}{2}) 

              Raio: frac{b}{2}

              Equação: x^2+(y-frac{b}{2})^2=frac{b^2}{4}

              -----------------------------------------------

              semicírculo d (para y<0)

              Centro: (0,frac{a}{2}) 

              Raio: frac{a}{2}

              Equação: (x-frac{a}{2})^2+y^2=frac{a^2}{4}

              ------------------------------------------------

              semicírculo e (para x e y >0)

              Centro: (frac{a}{2},frac{b}{2}) 

              Raio: frac{sqrt{a^2+b^2}}{2}

              Equação: (x-frac{a}{2})^2+(y-frac{b}{2})^2=frac{a^2+b^2}{4}

               

               

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