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China contra‐ataca tarifas americanas com uma das armas que mais irritam Trump

O Banco Central da China, no dia 5 de agosto de 2019, permitiu que o yuan, moeda oficial do país, ultrapassasse pela primeira vez uma barreira de onze anos na relação com o dólar americano. A cotação do yuan ficou acima de 7 para 1, num claro contra‐ataque de Pequim às novas tarifas anunciadas pelo presidente Trump sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses. O mercado teme que a medida provoque ainda mais a ira do presidente Trump, que acusa Pequim de desvalorizar artificialmente sua moeda para impulsionar as exportações. “Devido ao unilateralismo, ao _______(I)_________ comercial e às tarifas impostas à China, o yuan se depreciou em relação ao dólar americano, quebrando a barreira dos 7 para 1”, diz nota do Banco Central chinês.

Disponível em https://www.gazetadopovo.com.br/ 

Considerando o excerto e o gráfico, responda:

a) A palavra omitida no texto é um conceito que caracteriza a posição dos EUA ao tarifar os produtos chineses. Qual é esse conceito? Responda na folha de respostas.

b) Utilizando elementos do gráfico, caracterize a relação comercial entre os EUA e a China.

c) Explique como a desvalorização cambial do Yuan influencia a balança comercial entre esses países.

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Resposta:

a) A palavra é o protecionismo. 

b) Os dois países são seus maiores parceiros econômicos. Ao longo das últimas décadas ocorreu um aumento de importação de produtos chineses pelos americanos, ao mesmo tempo ocorreu uma diminuição de exportação de produtos norte-americanos para os chineses. Sendo uma das maiores criticas do atual presidente do EUA, Donald Trump, critica o déficit comercial, em que o EUA compra mais produtos chineses do que vende.

Com o argumento de que busca proteger os produtores norte-americanos e reverter o déficit comercial que os Estados Unidos tem com a China, Trump vem anunciando desde 2018 tarifas sobre produtos importados do país asiático. O objetivo é dificultar a chegada de produtos chineses aos Estados Unidos, o que estimularia a produção interna. O governo da China, por sua vez, tem reagido a esses anúncios com retaliações, chegando a impor também tarifas sobre produtos norte-americanos.

Os Estados Unidos têm a maior economia do mundo e a China, a segunda. Por isso, se os dois países sofrerem consequências negativas dessa disputa, o temor é que outros países e a economia global como um todo possa ser impactada, em uma reação em cadeia, prejudicando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global.

Importante salientar que não é apenas uma  disputa econômica, é uma questão geopolítica. Observar-se que estamos diante da primeira grande disputa geopolítica do século 21, entre duas superpotências.

c) Quanto mais desvalorizado o yuan estiver em relação ao dólar, mais atraentes os produtos chineses ficam para os consumidores americanos e mais caras ficam as exportações dos EUA para os chineses, com efeitos diretos na balança comercial. Trump reclama seguidamente da baixa cotação do yuan na comparação com o dólar. Na semana passada, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) cortou a taxa de juros em 0,5%, uma medida bastante reivindicada por Trump.

 

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