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Prova de Geografia da UECE 2015 Resolvida

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21) Serra da Boa Esperança, esperança que encerra No coração do Brasil um punhado de terra No coração de quem vai, no coração de quem vem Serra da Boa Esperança meu último bem Parto levando saudades, saudades deixando Murchas caídas na serra lá perto de Deus Oh minha serra eis a hora do adeus vou-me embora Deixo a luz do olhar no teu olhar Adeus

  • A) para o autor do texto, a serra representa uma dimensão da paisagem na qual o sentimento de posse está relacionado a sua perspectiva econômica.
  • B) a simbologia representada pela serra é motivada por laços emocionais que foram construídos na dimensão do espaço vivido.
  • C) a relação sujeito-lugar é percebida na perspectiva de uma relação simplesmente natural envolvendo apenas os elementos da natureza.
  • D) a serra constitui-se enquanto aspecto morfológico como um espaço vazio de conteúdo, sem história, refletindo apenas uma porção da natureza desprovida de afetividade.
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A alternativa correta é letra B)

A) incorreta: O autor relata a Serra, como "Serra da Boa Esperança meu último bem", logo, não há perspectiva econômica no texto, já que ele mostra um carinho pela Serra, gerada por um laço emocional, entre, o autor e a Serra, que esteve próxima a ele, durante grande parte de sua vida, onde, provavelmente, teve diversas experiências incríveis tanto, no pé, quanto, no pico, do morro.

B) correta: O lugar é uma categoria de análise da geografia que estuda a relação afetiva do indivíduo com o espaço, um laço emocional. 

C) incorreta: é errado em afirmar que a relação sujeito-lugar é realizada somente em uma relação natural, vai muito além de questões naturais. Como em ambientes totalmente urbanos e industrializados. Tome cuidado com questões que afirmam totalidade.

D) incorreta: Ramo em que a Geografia faz uso da morfologia para estudar as estruturas e formas de uma determinada região, levando-se em conta, dentre outras, características do clima, solo, vegetação. morfologia: estudo da forma, da configuração, da aparência externa da matéria. Logo esses aspectos são todas as formas físicas que constituem o espaço geográfico de uma região

 

22) (Uece 2015) Adotando o positivismo lógico como método de conhecimento da realidade, esse novo paradigma da geografia buscava leis ou regularidades representadas sob a forma de ordenamentos espaciais. Empregava-se o uso de técnicas estatísticas e modelos matemáticos como método de apreensão do real, assumindo uma pretensa neutralidade científica para o ordenamento espacial.

  • A) Possibilismo.
  • B) Geografia Crítica.
  • C) Nova Geografia.
  • D) Determinismo Ambiental.
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A alternativa correta é letra C)

 A questão se baseia em algumas correntes de pensamento da geografia. Destacam-se como correntes de pensamento geográfico: o Determinismo ambiental, Possibilismo, Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica. Existe outras correntes, mas estas são as principais.

(INCORRETA) O Determinismo Ambiental foi o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX. Teve como principal personagem o alemão Ratzel. Seus defensores afirmam que as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Essa interpretação de “determinação acabou servindo como ferramenta para ocultar uma ideologia das classes dominantes. Ratzel cria conceitos como : espaço vital, região natural, fator geográfico e condição geográfica. Ao fim do século XIX, em reação ao DETERMINISMO geográfico surge na França, o Possibilismo.

(INCORRETA) O possibilismo, procura abolir qualquer forma de determinação, adotando a ideia de que a ação humana é marcada pela contingência. a natureza era considerada como fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse. Teve como precursor Paul Vidal de La Blache.

(INCORRETA) O terceiro paradigma da geografia é o MÉTODO REGIONAL que vem contrário ao Possibilismo e ao Determinismo. Nele, a diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra. Focalizando assim o estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia. A partir dos anos 40 essa corrente ganha importância com raízes em Alfred Hettner e Hartshorne. Após a 2.a Guerra Mundial, verifica-se uma nova fase de expansão capitalista, e conseqüentemente a geografia perde a capacidade de explicar a complexa realidade redesenhada.

(CORRETA) Surge então um novo paradigma, a NOVA GEOGRAFIA ou GEOGRAFIA TEÓRICO - QUANTITATIVA, tem como objetivo justificar a expansão capitalista, assim como dar esperanças aos “deserdados da terra”. Para tais tarefas utiliza com método o positivismo lógico (Neopositivismo), utilizando-se para isso de técnicas estatísticas. Durante a década de 1970 e 1980, o conhecimento geográfico passa por novas transformações.

 

BÔNUS

Surge um novo paradigma em oposição aos anteriores e também com intenção de participar de um processo de transformação da sociedade, esta denominada GEOGRAFIA CRÍTICA. A Geografia Crítica repensa a questão da organização espacial, herdada basicamente da Nova geografia. Trata-se, no caso, de ir além da descrição de padrões espaciais, procurando-se ver as relações dialéticas entre formas espaciais e os processos históricos que modelam os grupos sociais. Um dos principais geógrafos desta corrente de pensamento é o geógrafo brasileiro Milton Santos.

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