Questões Sobre Abordagem Clássica da Administração - Administração - concurso

Henri Fayol (1841 – 1925) é reconhecido como um dos pilares da Teoria Clássica da Administração, tendo desenvolvido princípios fundamentais que norteiam as funções essenciais do administrador. Entre essas funções, o controle desempenha um papel crucial na gestão organizacional.

A função de controle, conforme proposto por Fayol, consiste em assegurar que as atividades e resultados estejam alinhados com os objetivos e princípios previamente estabelecidos no planejamento. Essa definição está corretamente expressa na alternativa E), que afirma: "A função controle é responsável por verificar se os resultados alcançados estão de acordo com os objetivos e com os princípios estabelecidos no planejamento organizacional."

As demais alternativas apresentam características que, embora relevantes, não correspondem à definição precisa da função de controle. A alternativa A) descreve aspectos mais relacionados à direção e previsão; a B) refere-se à coordenação; a C) mistura elementos de controle com coordenação; e a D) aborda a função de organização, que trata do provisionamento de recursos.

Portanto, a alternativa E) é a que melhor define a função de controle segundo a perspectiva fayoliana, destacando seu caráter avaliativo e comparativo entre resultados obtidos e objetivos planejados.

O princípio da Administração Científica, desenvolvido por Frederick Taylor, estabelece que as decisões rotineiras devem ser padronizadas e delegadas aos subordinados, enquanto os gestores devem focar apenas em situações que fogem do padrão. Esse conceito é conhecido como Princípio da Exceção, que corresponde à alternativa C).

O Princípio da Exceção permite que a administração seja mais eficiente, pois os líderes concentram sua atenção em problemas ou oportunidades incomuns, enquanto processos repetitivos são tratados de forma automatizada ou por níveis hierárquicos inferiores. As outras alternativas, como preparo, controle, padronização e produtividade, são elementos importantes da Administração Científica, mas não definem especificamente a delegação de rotinas e o foco em exceções.

O modelo científico de administração, desenvolvido por Frederick Taylor e outros teóricos da administração clássica, baseia-se em princípios de racionalização do trabalho, padronização de processos e ênfase na eficiência operacional. Esse modelo prioriza a estrutura hierárquica e o controle centralizado, características que se alinham mais com um estilo de mudança diretiva.

Entre as alternativas apresentadas:

• A) do conhecimento: Envolve aprendizado contínuo e adaptação, mas não é o foco principal do modelo científico, que valoriza mais procedimentos fixos.
• B) participativa: Pressupõe colaboração e envolvimento dos funcionários, algo que o modelo científico não prioriza, já que as decisões são centralizadas.
• C) diretiva: Corresponde ao estilo em que as mudanças são impostas de cima para baixo, com foco em comando e controle, o que se encaixa perfeitamente no modelo taylorista.
• D) atitudinal: Relaciona-se a transformações comportamentais, algo menos relevante para a abordagem científica, que enfatiza processos e métodos.
• E) grupal: Envolve trabalho em equipe e decisões coletivas, elementos que não são centrais no modelo de Taylor.

Portanto, a alternativa correta é C) diretiva, pois reflete a natureza autoritária e controladora do modelo científico de administração.

A Administração é uma disciplina que combina elementos artísticos e científicos, voltada para a eficiência na condução de pessoas e processos. Seu objetivo primordial é alcançar resultados esperados por meio de estratégias bem definidas, utilizando quatro funções essenciais: planejamento, organização, direção e controle.

Analisando as afirmativas apresentadas, podemos observar que:

I - Esta afirmação está incorreta, pois a primeira função administrativa não é a organização, mas sim o planejamento. É o planejamento que estabelece os objetivos e define como alcançá-los, servindo de base para as demais funções. A organização, por sua vez, estrutura os recursos e divide as tarefas conforme o planejado.

II - Esta afirmação está correta. A direção é de fato a função que coloca a empresa em ação, envolvendo a liderança, motivação e comunicação com as pessoas. Ela é essencial para dinamizar os processos e garantir que os recursos humanos atuem de forma alinhada aos objetivos organizacionais.

III - Esta afirmação também está correta. O controle é a etapa que verifica se as ações planejadas e organizadas estão gerando os resultados desejados, permitindo ajustes quando necessário e avaliando a eficácia do processo administrativo como um todo.

Portanto, apenas as afirmativas II e III estão corretas, conforme indicado pelo gabarito E).

Um importante conceito apresentado na Teoria Institucional, tendo como autores DiMaggio e Powell, é o isomorfismo. Entre os tipos de isomorfismo discutidos por esses teóricos, o isomorfismo mimético se destaca como um mecanismo fundamental para entender como as organizações respondem a ambientes incertos e complexos.

O isomorfismo mimético, conforme indicado na alternativa correta D), refere-se à imitação de arranjos estruturais e procedimentos bem-sucedidos adotados por outras organizações. Esse processo ocorre principalmente quando as organizações enfrentam incertezas relacionadas a problemas tecnológicos, objetivos conflitantes ou pressões ambientais. Ao copiar modelos considerados eficazes, as organizações buscam reduzir riscos e legitimar suas práticas, mesmo que isso nem sempre resulte em maior eficiência.

As demais alternativas apresentam características de outros fenômenos institucionais, mas não correspondem ao isomorfismo mimético. A alternativa A) descreve um mecanismo de resistência à mudança, enquanto a B) remete ao isomorfismo coercitivo, ligado a pressões regulatórias. Já a C) aborda aspectos do isomorfismo normativo, relacionado a expectativas culturais, e a E) trata da profissionalização como um fator de padronização.

Portanto, o isomorfismo mimético representa uma estratégia organizacional de adaptação por meio da replicação de práticas consideradas bem-sucedidas, evidenciando como a incerteza ambiental pode levar à homogeneização de estruturas e processos entre organizações do mesmo campo institucional.

Frederick Taylor, considerado o pai da Administração Científica, revolucionou o pensamento administrativo no final do século XIX e início do século XX. Sua abordagem buscava aumentar a eficiência industrial por meio da racionalização do trabalho, eliminando desperdícios e otimizando processos. Em 1895, ele apresentou seu primeiro trabalho significativo, "Um sistema de pagamento por peça", que estabeleceu as bases para muitas das práticas que viriam a definir a Administração Científica.

Entre os principais mecanismos propostos por Taylor, destacam-se:

• Padronização de movimentos: Taylor defendia a análise minuciosa das tarefas para eliminar movimentos desnecessários, garantindo que cada operário executasse seu trabalho da forma mais eficiente possível.
• Sistema de pagamento baseado no desempenho: O pagamento por produtividade, como no sistema de pagamento por peça, incentivava os trabalhadores a aumentar sua produção, alinhando seus interesses aos da empresa.
• Padronização de ferramentas e instrumentos: A uniformização de equipamentos e métodos visava reduzir variações e garantir que todos os trabalhadores utilizassem os recursos mais adequados para cada tarefa.

Esses princípios não apenas aumentaram a produtividade nas fábricas da época, mas também influenciaram conceitos posteriores, como o operário-padrão e o Kaizen (melhoria contínua). A alternativa correta, E), sintetiza os três pilares fundamentais da Administração Científica taylorista, que permanecem relevantes em discussões sobre gestão e eficiência operacional até os dias atuais.

A respeito das teorias administrativas e da dinâmica das organizações, é importante analisar criticamente os marcos históricos que moldaram o pensamento gerencial. O item em questão aborda a experiência de Hawthorne como parte da abordagem clássica da administração, o que constitui um equívoco conceitual.

A experiência de Hawthorne, conduzida entre 1927 e 1932 na Western Electric Company, representa justamente uma ruptura com os princípios da administração clássica. Enquanto a abordagem clássica, defendida por Taylor e Fayol, focava na estrutura formal e na racionalização de tarefas, os estudos de Hawthorne introduziram uma nova perspectiva ao demonstrar que fatores psicológicos e sociais - como relações interpessoais e reconhecimento - influenciavam mais a produtividade que as condições físicas de trabalho.

Este marco experimental deu origem à Teoria das Relações Humanas, que se contrapôs aos postulados clássicos ao enfatizar:

• A importância dos aspectos informais da organização
• O papel dos grupos sociais no ambiente laboral
• A influência da motivação psicológica no desempenho

Portanto, a afirmação de que a experiência de Hawthorne pertence à abordagem clássica está incorreta, conforme indicado pelo gabarito E) ERRADO. Trata-se de um erro comum de periodização que confunde os fundamentos mecanicistas da escola clássica com as descobertas humanistas que marcaram o nascimento da escola comportamental na administração.

Julgue os itens seguintes, que versam acerca da dinâmica das organizações.

Diz-se que há descentralização quando ocorre transferência de atividades de uma unidade organizacional para outras unidades a ela subordinadas, com a consequente alteração dos regimentos internos da organização.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C).

Análise das Teorias Científica e Clássica na Administração

O estudo da teoria geral da administração revela que as abordagens de Taylor e Fayol representam marcos fundamentais no desenvolvimento do pensamento administrativo. A teoria científica de Taylor, com seu foco no nível operacional e na eficiência dos processos produtivos, e a teoria clássica de Fayol, que priorizava a estrutura organizacional como um todo, compartilham uma característica comum: ambas foram concebidas sob a perspectiva de sistemas fechados.

Essas teorias não consideravam o ambiente externo como fator relevante para o funcionamento das organizações. Taylor concentrava-se na padronização de métodos de trabalho e no tempo-movimento, enquanto Fayol dedicava-se aos princípios gerais de administração e às funções do administrador. Nenhum dos dois teóricos atribuía importância significativa às interações entre a organização e seu entorno.

A afirmação de que essas teorias foram concebidas sob o pressuposto de que as organizações são sistemas abertos é incorreta, conforme indicado pelo gabarito (E) ERRADO. Na verdade, a concepção de organizações como sistemas abertos só ganharia destaque posteriormente, com o desenvolvimento da teoria de sistemas e da abordagem contingencial, que reconhecem explicitamente a influência do ambiente externo sobre as organizações.

Esta distinção entre sistemas abertos e fechados é crucial para compreender a evolução do pensamento administrativo e as limitações das primeiras teorias em relação ao contexto organizacional mais amplo.

Os autores Fayol, Follett e Barnard foram figuras fundamentais no desenvolvimento da teoria administrativa, cada um contribuindo com perspectivas distintas, mas complementares, sobre a definição de administração e o papel dos gerentes. A alternativa correta, portanto, é a C), que sintetiza o foco desses pensadores em compreender a essência da administração e a função da liderança nas organizações.

Henri Fayol, considerado o pai da administração clássica, destacou-se por propor os princípios universais da administração, como planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Sua abordagem enfatizava a estrutura formal e a hierarquia, mas também reconhecia a importância das habilidades gerenciais e da visão estratégica.

Mary Parker Follett trouxe uma perspectiva mais humanista, defendendo a ideia de que a administração deveria se basear na cooperação e no empowerment dos colaboradores. Ela introduziu conceitos como liderança participativa e resolução integrativa de conflitos, ampliando a compreensão sobre o papel dos gerentes como facilitadores do trabalho em equipe.

Chester Barnard, por sua vez, abordou a administração sob uma ótica sociológica, destacando a importância da cooperação voluntária e dos sistemas sociais dentro das organizações. Sua teoria enfatizava a autoridade como algo que depende da aceitação pelos subordinados, reforçando a ideia de que a eficácia gerencial está ligada à capacidade de integrar objetivos individuais e organizacionais.

Em conjunto, esses autores consolidaram a base da teoria administrativa ao definir a administração como um processo dinâmico e multidimensional, no qual os gerentes exercem um papel central na articulação de pessoas, processos e objetivos. Suas contribuições permanecem relevantes até hoje, influenciando práticas modernas de gestão.