O caranguejo-uçá é um crustáceo muito apreciado na culinária nordestina. Todavia, nos últimos anos, vem sendo observada, pelos “caranguejeiros”, uma redução no estoque dessa espécie nos manguezais. Isso se deve à degradação do mangue e à coleta excessiva de caranguejos que vem ocorrendo indiscriminadamente, sem se levar em conta o tamanho, o sexo e o período de reprodução do animal. A queda excessiva do número de caranguejos pode ocasionar

O caranguejo-uçá, um crustáceo emblemático da culinária nordestina, enfrenta um declínio populacional preocupante nos manguezais. Essa redução tem sido observada pelos "caranguejeiros", que atribuem o fenômeno principalmente à degradação dos manguezais e à coleta predatória, realizada sem critérios sustentáveis, como a consideração do tamanho, sexo ou período reprodutivo dos animais.

A diminuição excessiva da população de caranguejos-uçá pode desencadear uma série de consequências ecológicas. Entre as alternativas apresentadas, a mais correta é a diminuição na quantidade de matéria orgânica no mangue (A). Isso ocorre porque os caranguejos-uçá desempenham um papel fundamental na ciclagem de nutrientes, fragmentando e decompondo a matéria orgânica, o que enriquece o ecossistema manguezal.

As outras alternativas não se aplicam adequadamente ao contexto: o aumento de competição entre autotróficos (B) não está diretamente relacionado à redução de caranguejos; a substituição nos nichos ecológicos por indivíduos da mesma espécie (C) é um conceito equivocado, já que o nicho é único para cada espécie; e a afirmação de que são vivíparos e geram poucos descendentes (D) é incorreta, pois os caranguejos-uçá são ovíparos e podem produzir um número significativo de ovos.

Portanto, a conservação dos caranguejos-uçá é essencial não apenas para manter a tradição culinária regional, mas também para preservar o equilíbrio ecológico dos manguezais, ecossistemas de extrema importância para a biodiversidade costeira.