No que se refere à atividade enzimática, assinale a opção correta.
- A) Proteínas reguladoras são incapazes de causar efeitos de modulação da atividade enzimática.
- B) A fixação de um radical fosforila a resíduos específicos de aminoácidos pode alterar a atividade de algumas enzimas.
- C) Os inibidores não competitivos são capazes de se ligar reversivelmente às enzimas, formando um complexo enzima-inibidor muito semelhante ao complexo enzima-substrato, que inativa a catálise da enzima.
- D) A atividade enzimática não sofre influência da regulação neuroendócrina.
- E) As reações bioquímicas são comumente reguladas pela ligação de agentes químicos aos sítios alostéricos, sem, no entanto, causarem efeitos moduladores sobre a atividade enzimática.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) A fixação de um radical fosforila a resíduos específicos de aminoácidos pode alterar a atividade de algumas enzimas.
Essa questão exige conhecimentos sobre enzimas.
COMANDO:
No que se refere à atividade enzimática, assinale a opção correta.
ALTERNATIVAS:
a) Proteínas reguladoras são incapazes de causar efeitos de modulação da atividade enzimática.
INCORRETA. As proteínas reguladoras podem interagir com enzimas de várias maneiras para influenciar sua atividade, como, por exemplo, ligando-se diretamente a elas e alterando sua conformação tridimensional e atividade, dentre outras maneiras.
b) A fixação de um radical fosforila a resíduos específicos de aminoácidos pode alterar a atividade de algumas enzimas.
CORRETA. De fato, a fosforilação e a desfosforilação de proteínas é um mecanismo celular comum para regulação da atividade proteica, incluindo a atividade enzimática.
c) Os inibidores não competitivos são capazes de se ligar reversivelmente às enzimas, formando um complexo enzima-inibidor muito semelhante ao complexo enzima-substrato, que inativa a catálise da enzima.
INCORRETA. Os inibidores não competitivos não competem diretamente com o substrato para se ligar no sítio ativo da enzima. Em vez disso, eles impedem as reações enzimáticas mediante ligação a uma outra parte da enzima. Essa interação provoca mudança no formato da molécula de enzima, de modo que o sítio ativo perca eficiência como catalisador da conversão de substrato em produto.
Na verdade, a alternativa refere-se aos inibidores competitivos, que se parecem com a molécula de substrato e competem pelo sítio ativo. Assim, são estes inibidores que formam um complexo enzima-inibidor muito semelhante ao complexo enzima-substrato.
Cabe ressaltar ainda que os inibidores competitivos e não competitivos causam inibição reversível e, portanto, inativam apenas temporariamente ou parcialmente a atividade enzimática. A alternativa leva a crer que a inativação seria permanente, isto é, irreversível.
d) A atividade enzimática não sofre influência da regulação neuroendócrina.
INCORRETA. A regulação neuroendócrina ocorre por meio da integração dos sistemas nervoso e endócrino. Assim, há secreção de hormônios na corrente sanguínea em resposta a determinados estímulos sensoriais. Esses hormônios, por sua vez, atingem seus alvos e podem regular a atividade enzimática.
Por exemplo, a insulina pode ser liberada em resposta a estímulo de uma via neuroendócrina e esse hormônio, no fígado, modula a atividade enzimática do metabolismo da glicose.
e) As reações bioquímicas são comumente reguladas pela ligação de agentes químicos aos sítios alostéricos, sem, no entanto, causarem efeitos moduladores sobre a atividade enzimática.
INCORRETA. A ligação de agentes químicos com efeitos reguladores aos sítios alostéricos de enzimas normalmente causa efeitos moduladores sobre sua atividade.
Por exemplo, a capacidade de ligação ao oxigênio da hemoglobina muda com modulação alostérica por dióxido de carbono, H+ e vários outros fatores.
FONTES:
ALBERTS, Bruce et al. Biologia Molecular da Célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da Biologia Celular. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7. ed. Artmed, 2018.
LODISH, Harvey et al. Biologia Celular e Molecular. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
REECE, Jane B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: Uma Abordagem Integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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