Questões Sobre Briófitas e Pteridófitas - Biologia - concurso

As briófitas e as plantas vasculares compartilham características fundamentais que as diferenciam das carófitas (algas verdes). Segundo Raven et al. (2011), todas as afirmativas apresentadas (I a VI) estão corretas, conforme analisado a seguir:

I. A presença de gametângios especializados (anterídios e arquegônios) com envoltório de células estéreis é uma característica marcante das briófitas e plantas vasculares, garantindo proteção aos gametas.

II. A retenção do zigoto e do embrião no gametófito feminino é essencial para o desenvolvimento inicial do esporófito, uma inovação evolutiva desses grupos.

III. O esporófito multicelular diploide amplia a produção de esporos via meiose, aumentando a dispersão e variabilidade genética.

IV. Os esporângios multicelulares, com camada estéril e tecido esporógeno, são exclusivos dessas plantas, assegurando proteção e eficiência na produção de esporos.

V. A esporopolenina na parede dos meiósporos confere resistência a condições adversas, facilitando a colonização de ambientes terrestres.

VI. O meristema apical permite crescimento vertical e complexidade estrutural, presente em plantas vasculares (embora ausente em briófitas, que dependem de divisões celulares difusas).

Conclusão: A alternativa E) I, II, III, IV, V, VI é a correta, pois todas as características listadas são compartilhadas por briófitas e plantas vasculares, embora o meristema apical (VI) seja mais desenvolvido nas vasculares. O gabarito oficial valida essa abrangência.

O texto apresenta uma questão sobre a classificação de organismos vegetais, solicitando a identificação correta de um organismo multicelular, fotossintetizante, com sistema vascular, mas sem frutos ou sementes. As alternativas oferecidas são: alga, briófita, pteridófita, gimnosperma e angiosperma. O gabarito indica que a resposta correta é a alternativa C) pteridófita.

As pteridófitas, como samambaias e avencas, são plantas vasculares que não produzem sementes ou frutos, reproduzindo-se por meio de esporos. Esse grupo distingue-se das briófitas (musgos e hepáticas), que não possuem sistema vascular, e das gimnospermas e angiospermas, que produzem sementes. As algas, por sua vez, podem ser unicelulares ou multicelulares, mas não possuem tecidos vasculares verdadeiros, sendo excluídas como resposta correta neste contexto.

Portanto, a alternativa C) pteridófita é a única que atende a todas as características mencionadas no enunciado: multicelularidade, fotossíntese, presença de sistema vascular e ausência de frutos e sementes.

O reino Vegetal abriga uma imensa diversidade de espécies, ocupando vastas áreas terrestres, especialmente nas regiões tropicais. Tradicionalmente, esse reino é dividido em dois grandes grupos: as Criptógamas, que incluem briófitas e pteridófitas, e as Fanerógamas, representadas por gimnospermas e angiospermas.

Ao analisar as alternativas sobre as características desses grupos, a afirmação incorreta é a letra B, que coloca as pteridófitas no mesmo grupo das briófitas por supostamente não apresentarem vasos condutores. Na realidade, as pteridófitas já possuem um sistema vascular primitivo, o que as diferencia claramente das briófitas, que são avasculares.

As demais alternativas apresentam informações corretas: as briófitas são de fato os vegetais mais simples (A), o termo fanerógamas refere-se a plantas com órgãos reprodutivos visíveis (C), as gimnospermas possuem sementes não protegidas por frutos (D), e tanto briófitas quanto pteridófitas dependem da água para reprodução (E).

O texto apresentado descreve características específicas de um grupo de organismos pertencentes ao reino vegetal, destacando particularidades que os diferenciam de outros filos. As informações fornecidas apontam para organismos avasculares, ou seja, que não possuem tecidos especializados para o transporte de água e nutrientes, como xilema e floema. Além disso, compartilham certas semelhanças com plantas vasculares, como a presença de uma camada de células estéreis envolvendo estruturas reprodutivas (gametângios e esporângios), a retenção do embrião no gametófito feminino, um esporófito diploide originado da fecundação e esporos revestidos por esporopolenina, uma substância resistente que protege os esporos contra dessecação e danos externos.

Essas características são típicas do filo Bryophyta, que inclui os musgos, hepáticas e antóceros. Os briófitos são plantas não vasculares que dependem da água para a reprodução, uma vez que seus gametas masculinos (anterozoides) precisam nadar até os gametas femininos (oosferas) para que ocorra a fecundação. Além disso, apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações, onde o gametófito (haploide) é a fase dominante e o esporófito (diploide) é dependente do gametófito feminino para seu desenvolvimento.

As outras opções apresentadas no enunciado referem-se a filos de plantas vasculares: Pterophyta (samambaias e plantas afins), Coniferophyta (coníferas, como pinheiros) e Anthophyta (plantas com flores). Esses grupos possuem sistemas vasculares e estruturas reprodutivas distintas, não se encaixando nas características descritas no texto. Portanto, a alternativa correta é A) Bryophyta, que representa o grupo de organismos avasculares com as particularidades mencionadas.

As briófitas, especialmente os musgos, desempenham um papel fundamental nos processos ecológicos, particularmente na sucessão ecológica. Quando colonizam superfícies inóspitas como rochas nuas, elas atuam como espécies pioneiras, iniciando o que chamamos de sucessão primária. Esse processo é essencial para a transformação de ambientes inicialmente estéreis em ecossistemas complexos e biodiversos.

A alternativa correta, neste caso, é a D), pois descreve com precisão o papel das briófitas como pioneiras na sucessão primária sobre rochas. Ao se estabelecerem nesses locais, elas criam condições favoráveis para o surgimento de outras espécies, contribuindo para a formação de solo e um microclima mais adequado. Esse processo contrasta com a sucessão secundária, que ocorre em áreas previamente habitadas, mas que sofreram distúrbios.

As outras alternativas apresentam equívocos conceituais. As briófitas não são espécies-chave (alternativa A), pois seu papel é mais relevante como facilitadoras iniciais do que como mantenedoras do ecossistema maduro. Também não formam uma comunidade clímax (alternativa B), já que a rocha pode sim ser alterada ao longo do tempo. Por fim, sua classificação como espécies secundárias (alternativa C) é incorreta, uma vez que sua capacidade de habitar múltiplos ambientes não as define dentro do contexto da sucessão ecológica.

Em 18 de maio de 2006, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro publicou o decreto n° 26.516, que proíbe a comercialização do xaxim e seus artefatos, produzidos a partir da planta Dicksonia sellowiana. Essa espécie, ameaçada de extinção, apresenta características marcantes que permitem sua classificação botânica. Entre elas, destacam-se: um sistema de transporte de seiva que garante sua autossustentação, a presença de esporângios que produzem esporos haploides por meiose e a ausência de sementes.

Essas características indicam que a Dicksonia sellowiana pertence ao grupo das pteridófitas (alternativa D). As pteridófitas são plantas vasculares que não produzem sementes, reproduzindo-se por meio de esporos. Elas representam um estágio evolutivo intermediário entre as briófitas (que não possuem vasos condutores) e as gimnospermas e angiospermas (que produzem sementes). A presença de vasos condutores e a reprodução por esporos são traços distintivos das pteridófitas, confirmando a classificação correta da espécie em questão.

A samambaia-açu, citada no texto como uma espécie protegida pelo CONAMA em 2001, pertence ao grupo das Pteridófitas. Essa classificação é correta porque as pteridófitas são plantas vasculares que não produzem sementes, mas se reproduzem por meio de esporos, característica marcante das samambaias. Além disso, possuem raízes, caules e folhas verdadeiras, sendo o caule da samambaia-açu um exemplo disso, podendo atingir até dois metros de altura.

As outras alternativas apresentadas não correspondem à classificação correta da samambaia-açu. Briófitas (A) são plantas avasculares e de pequeno porte, como musgos. Angiospermas (B) e Gimnospermas (C) são plantas que produzem sementes, o que não é o caso das samambaias. Portanto, a alternativa D) Pteridófitas é a única que representa adequadamente o grupo vegetal ao qual a samambaia-açu pertence.

Assinale a afirmativa correta sobre as Briófitas e as Pteridófitas:

• A) Da mesma forma que os Musgos, as Pteridófitas são vegetais vasculares. (Incorreta: Briófitas, como os musgos, não possuem vasos condutores, enquanto as Pteridófitas são vasculares.)
• B) Tanto as Briófitas quanto as Pteridófitas podem realizar as reproduções assexuada e também sexuada. (Correta: Ambas apresentam ciclos de vida com fases assexuadas e sexuadas, alternando entre gametófito e esporófito.)
• C) Quando a reprodução das Pteridófitas é sexuada, o zigoto se desenvolve em um gametófito e o esporófito regride. (Incorreta: O zigoto origina o esporófito diploide, enquanto o gametófito é haploide.)
• D) Na maioria das Briófitas, os sexos não são separados, já na reprodução das Pteridófitas, o ciclo pode ser haplodiplobiônico típico. (Parcialmente correta, mas a afirmação sobre Briófitas está incorreta, pois muitas espécies têm sexos separados em gametófitos distintos.)
• E) Nas Briófitas, o anterozoide não é flagelado, mas, para realizar a fecundação do arquegônio, ele depende da água ou de ambientes muito úmidos. (Incorreta: O anterozoide das Briófitas é flagelado e requer água para locomoção.)

Gabarito: A alternativa B é a correta, pois ambas as plantas apresentam ciclos reprodutivos complexos, incluindo modalidades assexuadas e sexuadas.

O estudo das plantas vasculares, em particular das Espermatófitas, revela características evolutivas marcantes que as diferenciam de grupos mais primitivos, como briófitas e pteridófitas. A principal inovação das Espermatófitas é a presença de sementes, estruturas que garantem proteção e nutrição ao embrião, além de facilitar a dispersão. No entanto, a alternativa correta que destaca a diferença fundamental entre esses grupos é a reprodução por polinização com presença do tubo polínico (alternativa A).

Enquanto briófitas e pteridófitas dependem da água para a fecundação, as Espermatófitas desenvolveram um mecanismo mais eficiente: o tubo polínico permite que o gameta masculino alcance o óvulo sem a necessidade de um meio aquático. Essa adaptação foi crucial para a conquista de ambientes terrestres mais secos.

As outras alternativas apresentam informações incorretas ou incompletas. A presença de tecidos vasculares (B e D) é compartilhada com pteridófitas, enquanto frutos e flores (C) são exclusivos de Angiospermas, um subgrupo das Espermatófitas. Já a alternativa E está equivocada, pois a reprodução das Espermatófitas não depende da água, e frutos não são formados por briófitas ou pteridófitas.

Portanto, a polinização com tubo polínico representa um marco evolutivo que distingue as Espermatófitas dos demais grupos vegetais, permitindo maior independência da água e maior sucesso reprodutivo em ambientes terrestres.

As briófitas representam um grupo fascinante e diversificado de plantas, adaptadas principalmente a ambientes úmidos em diversas regiões do planeta. Seu ciclo de vida apresenta particularidades que as distinguem de outros grupos vegetais, especialmente no que diz respeito à alternância de gerações e à dominância de determinadas fases.

No ciclo de vida das briófitas, a fase predominante é o gametófito, que é haploide (n). Essa estrutura verde e fotossintetizante é a forma mais visível dessas plantas, sendo responsável pela produção de gametas. Já o esporófito, fase diploide (2n), é geralmente menor e dependente do gametófito para nutrição, caracterizando uma relação de dependência única no reino vegetal.

Essa organização cromossômica e a dominância do gametófito refletem uma estratégia evolutiva peculiar, diferente da encontrada em plantas vasculares. A resposta correta para a questão apresentada é, portanto, a alternativa B) haploide e gametófito, que sintetiza adequadamente essas características fundamentais do ciclo de vida das briófitas.

Compreender essa dinâmica é essencial para diferenciar as briófitas de outros grupos vegetais e para apreciar sua posição única na evolução das plantas terrestres, representando uma importante transição entre os organismos aquáticos e as plantas completamente adaptadas ao ambiente terrestre.