Questões Sobre Briófitas e Pteridófitas - Biologia - concurso

O estudo das plantas terrestres, conhecidas como Embriófitas, revela características evolutivas e classificatórias essenciais para a compreensão da botânica. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a letra E, que afirma que a presença de leptoesporângios caracteriza toda uma linhagem de samambaias (Monilófitas).

Os leptoesporângios são estruturas reprodutivas específicas das samambaias, formadas a partir de uma única célula superficial, o que as diferencia de outros grupos de plantas. Essa característica é exclusiva das Monilófitas e representa um traço evolutivo importante para sua identificação.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. Por exemplo, a alternativa A descreve erroneamente as relações filogenéticas entre Briófitas, Hepáticas e Antóceros. Já a alternativa B confunde a posição das Samambaias em relação às Licófitas, que não são grupo irmão. A alternativa C apresenta um equívoco ao associar o termo "Embriófitas" ao gametófito jovem, quando na verdade refere-se ao embrião retido no arquegônio. Por fim, a alternativa D incorre ao afirmar que o xilema secundário diferencia todas as Traqueófitas, quando na realidade essa característica está presente apenas em grupos específicos, como as Gimnospermas e Angiospermas.

Portanto, a alternativa E é a única que apresenta uma afirmação correta e precisa sobre as características distintivas das Monilófitas dentro do grupo das Embriófitas.

O estudo das Eufilófitas revela a complexidade e diversidade do reino vegetal, destacando-se dois grupos principais: as Samambaias (Monilófitas) e as Espermatófitas (plantas com sementes). Entre as características evolutivas marcantes das Espermatófitas, a alternativa correta é a letra C), que aborda o grão de pólen como a fase gametofítica masculina.

A afirmação da alternativa C) está correta porque, nas Espermatófitas, o grão de pólen de fato representa o gametófito masculino reduzido, adaptado para a dispersão e fecundação sem dependência direta da água. Essa é uma inovação evolutiva crucial que diferencia essas plantas de outros grupos, como as Briófitas e Pteridófitas, onde o gametófito é mais desenvolvido e menos resistente.

As demais alternativas apresentam imprecisões: a letra A) ignora que a redução do gametófito está diretamente ligada ao surgimento da semente; a B) superestima o número de espécies (que gira em torno de 300.000); a D) é incorreta porque a dupla fecundação e o endosperma triploide são exclusivos das Angiospermas; e a E) desconsidera que as Gimnospermas atuais são um grupo parafilético, sem um ancestral comum exclusivo.

Portanto, a compreensão do ciclo reprodutivo das Espermatófitas, com destaque para o papel do grão de pólen, é fundamental para entender seu sucesso evolutivo e dominância nos ecossistemas terrestres.

A classificação das plantas é essencial para compreender sua diversidade e características evolutivas. No exercício proposto, a correlação correta entre os tipos de plantas e seus exemplos é a alternativa B, conforme explicado a seguir:

I. Pteridófitas (D - Samambaia): As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes, representadas por samambaias e avencas. Elas possuem raízes, caules e folhas verdadeiras, diferentemente das briófitas.

II. Briófitas (B - Musgo): As briófitas são plantas avasculares e de pequeno porte, como os musgos. Elas não possuem estruturas especializadas para transporte de nutrientes e dependem da umidade para reprodução.

III. Angiospermas (C - Laranjeira): As angiospermas são plantas com flores e frutos, como a laranjeira. Elas representam o grupo mais diversificado e adaptado do reino vegetal.

IV. Gimnospermas (A - Cipreste): As gimnospermas são plantas com sementes, mas sem frutos, como o cipreste. Elas incluem coníferas e são comuns em regiões temperadas.

Portanto, a sequência correta é I-D, II-B, III-C, IV-A, correspondente à alternativa B.

O texto apresentado traz uma definição de Sadava et al. (2009) sobre uma estrutura vegetal específica: uma "estrutura fotossintética achatada que emerge lateralmente de um eixo ou caule central e possui tecido vascular verdadeiro". Essa descrição refere-se claramente a uma folha, mas não qualquer folha — apenas aquelas presentes em plantas vasculares, ou traqueófitas, que possuem tecidos especializados para o transporte de água e nutrientes.

Analisando as alternativas fornecidas:

• A) Nori – Trata-se de uma alga, mais especificamente uma alga vermelha do gênero Porphyra. Algas não possuem tecidos vasculares verdadeiros, sendo organismos mais simples estruturalmente.
• B) Samambaia – Pertence ao grupo das pteridófitas, plantas vasculares que possuem folhas (frondes) com tecidos condutores. Essa é a única opção que se encaixa perfeitamente na definição apresentada.
• C) Musgo – São briófitas, plantas avasculares. Suas estruturas fotossintéticas não possuem tecidos vasculares verdadeiros.
• D) Shitake – É um fungo comestível (Lentinula edodes). Fungos não realizam fotossíntese e não possuem estruturas vegetativas como folhas.

Portanto, a alternativa correta é B) Samambaia, pois apenas as pteridófitas, como as samambaias, possuem folhas com tecido vascular verdadeiro, conforme descrito na definição.

O texto apresentado aborda a coleta de pteridófitas para fins taxonômicos, destacando a importância de se observar critérios específicos para garantir a identificação correta dessas plantas. As pteridófitas, popularmente conhecidas como samambaias e avencas, são um grupo de plantas vasculares que não produzem sementes, reproduzindo-se por meio de esporos. A questão central do texto é determinar o momento ideal para sua coleta, visando facilitar a classificação taxonômica.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a letra E, que indica que as pteridófitas devem ser coletadas quando férteis, ou seja, quando possuírem órgãos de reprodução assexuada. Essa escolha se justifica porque a presença de estruturas reprodutivas, como soros ou esporângios, é essencial para a identificação precisa das espécies. Essas estruturas contêm características morfológicas determinantes para a taxonomia, como forma, disposição e tipo de esporos produzidos.

As demais alternativas apresentam equívocos ou informações incompletas. A alternativa A sugere a eliminação do rizoma, o que pode comprometer a integridade do material coletado. A alternativa B propõe a coleta de plantas jovens, o que dificulta a observação de características reprodutivas. Já a alternativa C indica a coleta de plantas adultas, mas sem especificar a presença de estruturas reprodutivas. Por fim, a alternativa D menciona órgãos de reprodução sexuada, o que é incorreto, uma vez que as pteridófitas se reproduzem assexuadamente por esporos.

Portanto, a resposta correta é a alternativa E, pois enfatiza a necessidade de coletar as pteridófitas em seu estágio fértil, garantindo assim a presença das estruturas reprodutivas essenciais para sua classificação taxonômica.

A polinização é o processo fundamental para a reprodução das plantas, garantindo a transferência de grãos de pólen entre as flores, o que possibilita a fecundação e a formação de sementes. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a C), que descreve com precisão o mecanismo da polinização: o agente polinizador transporta os grãos de pólen das anteras (parte masculina) de uma flor para o estigma (parte receptiva feminina) de outra flor.

As demais alternativas apresentam equívocos:

• A) Incorreta, pois o pólen não é transferido para o agente polinizador, mas sim transportado por ele.
• B) Incorreta, pois inverte a direção da transferência (pólen vai das anteras para o estigma, não o contrário).
• D) Incorreta, pois a polinização ocorre por diversos agentes, como vento, água, aves e insetos, não apenas pela ação humana.
• E) Incorreta, pois exclui outros polinizadores naturais, como o vento (polinização anemófila).

Portanto, a alternativa C) é a única que descreve corretamente o processo de polinização cruzada, essencial para a diversidade genética das espécies vegetais.

As briófitas e as plantas vasculares representam dois grupos distintos no reino vegetal, cada um com características específicas que refletem suas adaptações evolutivas. O texto apresentado aborda essas diferenças e propõe a análise de quatro sentenças para identificar quais estão corretas. O gabarito indica que a alternativa E) é a correta, ou seja, apenas as sentenças I e III estão totalmente alinhadas com os fatos científicos.

A sentença I afirma que "As coníferas são gimnospermas adaptadas ao frio e altitudes elevadas. Elas estão entre os maiores organismos do planeta." Essa afirmação está correta, pois as coníferas, como os pinheiros e sequoias, são exemplos clássicos de gimnospermas que prosperam em climas frios e alcançam tamanhos impressionantes, sendo algumas das árvores mais altas e antigas da Terra.

Já a sentença III descreve com precisão os tecidos condutores das plantas vasculares: "Os tecidos condutores presentes nas plantas vasculares são o xilema, que transporta água e sais minerais das raízes até as folhas, e o floema, que transporta açúcares e compostos orgânicos das folhas para o restante da planta." Essa é uma descrição fiel da função do xilema e do floema, estruturas essenciais para a sobrevivência das plantas vasculares.

Por outro lado, as sentenças II e IV contêm informações incorretas. A sentença II menciona que "O fruto, presente nas gimnospermas, resulta do desenvolvimento do ovário...", o que é um erro, pois frutos são exclusivos das angiospermas, não das gimnospermas. A sentença IV afirma que "O corpo das briófitas se diferencia em raiz, caule e folha...", o que também está incorreto, pois as briófitas possuem estruturas simples chamadas rizoides, cauloides e filoides, que não são verdadeiras raízes, caules ou folhas. Além disso, inverte a descrição do talo, que é característico das briófitas, não das pteridófitas.

Portanto, a análise correta confirma que apenas as sentenças I e III estão totalmente certas, justificando a escolha da alternativa E) como resposta correta. Esse exercício reforça a importância de compreender as diferenças fundamentais entre os grupos vegetais e suas estruturas específicas.

Diferentemente dos musgos, as samambaias são plantas que apresentam vasos condutores de seiva, o que as classifica como plantas vasculares. Essa característica é fundamental para o transporte de água e nutrientes, permitindo que essas plantas atinjam tamanhos maiores e se adaptem a uma variedade de ambientes.

As alternativas B, C, D e E estão incorretas porque:

• B) O tubo polínico é uma estrutura relacionada a plantas com sementes, como as gimnospermas e angiospermas, e não está presente em samambaias.
• C) As samambaias não produzem sementes; sua reprodução ocorre por meio de esporos.
• D) Flores são exclusivas das angiospermas, grupo ao qual as samambaias não pertencem.
• E) Frutos são estruturas derivadas do ovário das flores, portanto, também ausentes nas samambaias.

Portanto, a resposta correta é A) vasos condutores de seiva, uma característica essencial que diferencia as samambaias de plantas não vasculares, como os musgos.

As briófitas representam um grupo diversificado de plantas terrestres não vasculares, composto por três filos distintos: hepáticas (I), antóceros (II) e musgos (III). Esses organismos compartilham características como a dependência de ambientes úmidos para reprodução e a ausência de tecidos especializados para condução de água e nutrientes. No entanto, estudos filogenéticos demonstram que as briófitas não formam um grupo monofilético, ou seja, não descendem de um único ancestral comum exclusivo.

A análise das alternativas revela que:

• Hepáticas (I) pertencem ao filo Marchantiophyta
• Antóceros (II) constituem o filo Anthocerotophyta
• Musgos (III) formam o filo Bryophyta propriamente dito

Portanto, todas as afirmações (I, II e III) estão corretas, justificando a alternativa E) como resposta adequada. Essa classificação reflete a compreensão atual da diversidade vegetal, onde as briófitas são consideradas um grupo parafilético que inclui linhagens distintas de plantas terrestres primitivas.

As briófitas e os anfíbios representam marcos evolutivos significativos na conquista do ambiente terrestre por parte dos seres vivos. Ambos os grupos enfrentaram desafios semelhantes ao saírem da água, mas suas estratégias reprodutivas e fisiológicas diferem em aspectos fundamentais.

A alternativa correta, B), destaca uma diferença crucial entre esses organismos: o destino dos produtos da meiose. Nos anfíbios, a meiose resulta diretamente na formação de gametas (espermatozoides ou óvulos), que são células haploides prontas para a fecundação. Já nas briófitas, a meiose produz esporos haploides, que germinam e dão origem a um indivíduo haploide multicelular (o gametófito), responsável por produzir os gametas posteriormente.

Essa distinção reflete as diferentes complexidades dos ciclos de vida desses grupos. Enquanto os anfíbios apresentam um ciclo de vida diplonte (com a fase diploide dominante), as briófitas exibem uma alternância de gerações bem definida, com fases haploides e diploides multicelulares.

As demais alternativas apresentam incorreções:

• A) Errada: As briófitas realmente não possuem sistema vascular, mas nos anfíbios esse sistema é desenvolvido. A incapacidade de controlar a temperatura corporal nos anfíbios decorre de sua ectotermia, não da vascularização.
• C) Errada: Em ambos os grupos, a fecundação depende de água (pelo menos um filme de água nas briófitas).
• D) Errada: Em ambos os casos a fecundação origina um zigoto diploide. As metamorfoses são características dos anfíbios, não das briófitas.
• E) Errada: Os anfíbios adultos possuem sistema circulatório para transporte de fluidos, não dependendo apenas de difusão celular.