Questões Sobre Classificação biológica - Biologia - concurso

Segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica, o termo typus refere-se ao espécime conservado em um herbário que serviu de base para a diagnose original de uma espécie. Entre as alternativas apresentadas, a INCORRETA é a letra B), que descreve erroneamente o conceito de parátipo.

A alternativa B) afirma que o parátipo é um espécime ou ilustração designado como tipo nomenclatural na ausência de um holótipo ou quando este está desaparecido. No entanto, essa definição está equivocada, pois o parátipo, na verdade, refere-se aos espécimes citados na descrição original junto ao holótipo, mas que não foram designados como o tipo principal. O termo correto para substituir um holótipo perdido ou não designado seria neótipo, conforme descrito na alternativa C).

As demais alternativas estão corretas: o holótipo (A) é o espécime escolhido pelo autor como modelo na descrição original; o neótipo (C) é um espécime selecionado quando o material original está perdido; e os síntipos (D) são os espécimes citados no protólogo quando não há holótipo definido.

O sistema de nomenclatura binomial proposto por Lineu revolucionou a classificação dos seres vivos, estabelecendo padrões que permanecem em uso, mesmo com adaptações ao longo do tempo. Suas regras visam garantir clareza e universalidade na identificação das espécies, evitando ambiguidades e facilitando a comunicação científica.

Entre as alternativas apresentadas, a incorreta é a B), pois o epíteto específico (segundo termo do nome binomial) deve ser escrito com letra minúscula, a menos que derive de um nome próprio ou de um gênero anterior. Essa convenção diferencia o gênero (inicial maiúscula) da espécie (inicial minúscula), conforme as normas do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica e Botânica.

As demais alternativas estão corretas: A) reforça a estrutura binomial (gênero + epíteto específico); C) destaca que a primeira palavra sempre representa o gênero; D) indica a formatação padrão (itálico ou sublinhado) para nomes científicos; e E), apesar de mal formulada, sugere corretamente que a segunda palavra qualifica o gênero, definindo a espécie.

Essas regras, embora aparentemente rígidas, são essenciais para manter a precisão na taxonomia, evitando confusões entre pesquisadores de diferentes idiomas ou regiões. A exceção apontada na alternativa B) ilustra a importância de dominar as convenções para interpretar e produzir nomenclaturas válidas.

O sistema de classificação biológica, inicialmente proposto por Lineu, passou por diversas modificações ao longo do tempo, resultando no modelo atual composto por sete categorias principais. Essas categorias são fundamentais para a organização e o estudo da biodiversidade, sendo adotadas tanto no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica quanto no Código Internacional de Nomenclatura Botânica.

A ordem correta dessas categorias, conforme estabelecida pelos códigos vigentes, é: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Essa hierarquia reflete uma organização que vai do mais abrangente (Reino) até o mais específico (Espécie), permitindo uma classificação precisa dos seres vivos.

Analisando as alternativas apresentadas, a única que segue essa sequência correta é a opção C. As demais alternativas apresentam erros na ordem ou na inclusão de termos não utilizados na classificação padrão, como "Divisão" no lugar de "Filo" em algumas opções.

Portanto, a resposta correta para a questão é C) Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie, que representa a estrutura taxonômica aceita atualmente pela comunidade científica.

A nomenclatura binomial, sistema criado por Carl Linnaeus no século XVIII, é fundamental para a identificação e classificação científica dos seres vivos. Esse método consiste em atribuir dois nomes latinos a cada espécie, seguindo regras padronizadas internacionalmente.

O primeiro termo da nomenclatura binomial sempre representa o gênero ao qual o organismo pertence, escrito com inicial maiúscula. Já o segundo termo indica a espécie específica, escrito totalmente em minúsculas. Ambos os termos devem aparecer em itálico ou sublinhados em textos científicos.

Por exemplo, no nome científico Homo sapiens: "Homo" identifica o gênero (que inclui outras espécies extintas como Homo neanderthalensis), enquanto "sapiens" designa especificamente nossa espécie. Essa estrutura permite uma comunicação precisa entre cientistas de diferentes países e línguas.

A alternativa correta é a B), pois na nomenclatura binomial o primeiro nome sempre indica o gênero e o segundo nome sempre indica a espécie do organismo. As outras alternativas estão incorretas porque confundem a hierarquia taxonômica ou invertem a ordem correta dos termos.

A nomeação dos seres vivos é uma etapa fundamental no processo de classificação biológica. O sistema binominal, desenvolvido por Carl Linnaeus, utiliza dois nomes em latim para identificar cada espécie de forma única e universal. Nesse sistema, o primeiro nome, escrito com letra maiúscula, refere-se ao gênero ao qual o organismo pertence, enquanto o segundo nome, em letra minúscula, representa o epíteto específico que diferencia as espécies dentro do mesmo gênero.

Essa nomenclatura científica permite uma comunicação precisa entre pesquisadores de diferentes países, evitando confusões causadas pelos nomes populares que variam conforme a região. A combinação do gênero com o epíteto específico forma o nome científico completo da espécie, como no exemplo Homo sapiens para os seres humanos.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a letra D), que indica corretamente que o primeiro nome representa o gênero (em maiúscula) e o segundo nome é o epíteto específico (em minúscula). As outras opções apresentam combinações incorretas de categorias taxonômicas ou formatação, demonstrando equívocos na compreensão do sistema binominal de nomenclatura.

O texto apresentado aborda a complexidade da origem dos vírus, destacando as diversas teorias que tentam explicar seu surgimento, desde a derivação de seus hospedeiros até a possibilidade de terem aparecido independentemente no caldo primordial. Além disso, o texto ressalta a natureza peculiar dos vírus, que só manifestam atividades vitais durante a reprodução, quando são capazes de se multiplicar em números impressionantes.

No entanto, o item em questão trata da nomenclatura científica dos vírus, afirmando que eles seguem a nomenclatura binária de Linnaeus, composta por um descritor genérico e um específico. Essa afirmação está incorreta, pois os vírus não são classificados dessa forma. A nomenclatura dos vírus segue regras próprias, estabelecidas pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV), que não adota o sistema binominal de Lineu. Portanto, o gabarito correto é E) ERRADO.

O texto menciona explicitamente duas espécies de serpentes (répteis), aves migratórias e roedores (mamíferos), que representam três classes distintas de vertebrados. No entanto, a afirmação contém um erro conceitual importante: o texto não se refere a essas categorias como "classes monofiléticas", termo que implica um grupo que inclui todos os descendentes de um ancestral comum. Embora Répteis, Aves e Mamíferos sejam de fato grupos monofiléticos em classificações modernas, o texto não aborda essa característica filogenética – limita-se a citar os animais sem discutir suas relações evolutivas. Portanto, a afirmação está incorreta por atribuir ao texto uma análise que ele não faz.

Gabarito: E) ERRADO

A representação tradicional da evolução humana, frequentemente ilustrada como uma linha reta que culmina no Homo sapiens, reforça uma visão simplista e hierárquica do processo evolutivo. No entanto, como apontado no texto, essa perspectiva linear é inadequada para captar a complexidade das relações filogenéticas entre as espécies. A proposta de substituí-la por um modelo ramificado — uma "árvore da vida" — não apenas reflete com maior precisão a diversidade biológica, mas também desloca o ser humano de uma posição privilegiada como "ápice da evolução" para a condição de mais um ramo entre muitos.

Essa mudança de paradigma tem implicações profundas. Ao abandonar a narrativa linear, reconhecemos que a evolução não segue um caminho predeterminado nem possui direcionalidade intrínseca. Espécies não são "melhores" ou "mais evoluídas" umas que outras — simplesmente adaptam-se a contextos ecológicos específicos. O ser humano, nesse contexto, deixa de ser o destino inevitável do processo para tornar-se parte de uma rede complexa de parentesco, onde espécies extintas e vivas compartilham histórias entrelaçadas.

A ressignificação da posição humana, portanto, vai além da mera alteração gráfica: questiona antigas noções de excepcionalidade e convida a uma visão mais humilde e integrada da vida. Se antes nos víamos como coroa da criação, a árvore ramificada nos lembra que somos fruto de contingências históricas, tão sujeitos aos caprichos da seleção natural quanto qualquer outra espécie. Esse entendimento, como corretamente indicado no gabarito (C), é fundamental para uma compreensão científica e não-antropocêntrica da evolução.

A representação linear da evolução, como mencionado no texto, é uma visão simplista que não reflete adequadamente a complexidade do processo evolutivo. A teoria da evolução moderna defende que as relações entre as espécies são melhor representadas por meio de diagramas ramificados ou árvores filogenéticas, que mostram os diversos ramos da vida e suas conexões, sem estabelecer uma hierarquia linear ou um "ápice" evolutivo.

No caso dos grupos vegetais, organizá-los em uma escala linear, com briófitas na base e angiospermas no topo, reproduz o mesmo erro criticado no texto. Essa abordagem sugere erroneamente que as angiospermas são o "objetivo final" da evolução vegetal, ignorando que cada grupo se adaptou a diferentes nichos ecológicos ao longo de milhões de anos. Além disso, essa visão desconsidera que muitas linhagens de plantas evoluíram em paralelo, sem uma relação direta de superioridade ou inferioridade.

Portanto, a afirmação está errada, pois a evolução não segue uma trajetória linear ou escalar, mas sim um padrão ramificado e complexo, no qual todas as espécies existentes são igualmente "evoluídas" em seus próprios contextos adaptativos.

A representação tradicional da evolução humana como uma linha reta, culminando no Homo sapiens, é uma simplificação que não reflete a complexidade do processo evolutivo. Como apontado no texto, a evolução deve ser compreendida como um diagrama ramificado, onde cada espécie ocupa um galho específico, sem hierarquia predeterminada. Essa visão permite entender melhor as relações de parentesco entre os seres vivos, incluindo tanto espécies extintas quanto as atuais.

No caso específico do item avaliado, que questiona se o golfinho estaria mais próximo do tubarão que do morcego em um diagrama filogenético de vertebrados, a resposta correta é ERRADO. Isso porque, do ponto de vista evolutivo, golfinhos e morcegos são mamíferos, compartilhando um ancestral comum mais recente entre si do que qualquer um deles compartilha com tubarões, que são peixes cartilaginosos. A semelhança morfológica entre golfinhos e tubarões é resultado de evolução convergente (adaptação ao ambiente aquático), não de proximidade filogenética.

Portanto, a representação em árvore ramificada correta colocaria golfinhos e morcegos em ramos mais próximos dentro dos mamíferos, enquanto os tubarões estariam em um ramo distinto, reforçando a importância de analisar as relações evolutivas para além das aparências superficiais.