Durante um estágio inicial de desenvolvimento embrionário de animais, as células germinativas separam-se das células e tecidos do corpo. Este processo

O processo de separação entre células germinativas e células somáticas durante o desenvolvimento embrionário é um fenômeno crucial para a compreensão da herança genética. Essa distinção estabelece uma barreira fundamental entre as mutações que ocorrem nas células do corpo (somáticas) e aquelas presentes nas células reprodutivas (germinativas). A alternativa correta, D), destaca como esse mecanismo contraria a hipótese lamarckista, que defendia a transmissão de características adquiridas ao longo da vida para os descendentes.

A teoria de Lamarck sugeria que modificações adaptativas no organismo adulto, como o fortalecimento de um músculo devido ao uso constante, poderiam ser herdadas. No entanto, a separação precoce das linhagens germinativa e somática demonstra que alterações nas células do corpo não afetam o material genético repassado aos filhos. Assim, o processo embrionário descrito no enunciado reforça a visão weismanniana da "barreira Weismann", que inviabiliza a herança de caracteres adquiridos, fortalecendo as bases da genética mendeliana e da seleção natural darwiniana.

As demais alternativas apresentam equívocos conceituais: A) ignora a independência das linhagens celulares; B) incorre em uma falsa contradição com princípios mutacionais; C) confunde a transmissão de caracteres hereditários (via gametas) com influência direta de características somáticas; e E) desconsidera que a constância do processo é justamente o que garante sua relevância evolutiva ao preservar a integridade da herança genética.