Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (Volume 46, nº 14, 2015) foram registrados 745.957 casos de dengue no Brasil até meados do mês de abril de 2015, sendo que muitos municípios encontram-se em situação de epidemia, o que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentam ao menos 300 casos da doença a cada 100 mil habitantes. Até que não se desenvolva uma vacina para esta virose, a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo um dos melhores métodos profiláticos, no entanto, é comum nos municípios do país a nebulização de inseticidas nas vias públicas para controlar o crescimento local da população do vetor. Do ponto de vista evolutivo, este processo de nebulização pode:
Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (Volume 46, nº 14, 2015) foram registrados
745.957 casos de dengue no Brasil até meados do mês de abril de 2015, sendo que muitos municípios encontram-se
em situação de epidemia, o que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentam ao
menos 300 casos da doença a cada 100 mil habitantes. Até que não se desenvolva uma vacina para esta virose,
a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo um dos melhores métodos profiláticos,
no entanto, é comum nos municípios do país a nebulização de inseticidas nas vias públicas para controlar
o crescimento local da população do vetor. Do ponto de vista evolutivo, este processo de nebulização pode:
- A)induzir o desenvolvimento de espécimes de mosquitos resistentes aos inseticidas, levando a necessidade de aumentar a toxicidade dos mesmos para evitar resultados insatisfatórios.
- B)selecionar espécimes de mosquitos resistentes aos inseticidas, levando a necessidade de aumentar a toxicidade dos mesmos para evitar resultados insatisfatórios.
- C)promover o desenvolvimento de mosquitos mutantes que resistem aos efeitos dos inseticidas, aumentando em curto prazo a população de vetores e, consequentemente, o número de casos de dengue.
- D)provocar diminuição local drástica de uma espécie de mosquito, como o Aedes aegypti, e favorecer o desenvolvimento de outra espécie de vetor, como o Aedes albopictus, provocando em médio prazo o aumento de casos locais da dengue.
- E)levar a formação de vetores híbridos que, por apresentarem grande variabilidade genética, tendem a resistir aos efeitos dos inseticidas, levando em curto prazo o aumento dos casos de dengue.
Resposta:
A alternativa correta é B)
O texto apresentado aborda a situação alarmante da dengue no Brasil em 2015, conforme dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Até abril daquele ano, foram registrados 745.957 casos, com muitos municípios em estado de epidemia, caracterizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a ocorrência de pelo menos 300 casos por 100 mil habitantes. Diante da ausência de uma vacina eficaz, a principal medida profilática continua sendo a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. No entanto, uma prática comum em diversos municípios é a nebulização de inseticidas nas vias públicas para controle do vetor.
Do ponto de vista evolutivo, essa estratégia de nebulização pode ter consequências significativas. A alternativa correta, conforme o gabarito, é a B), que afirma que o processo pode selecionar espécimes de mosquitos resistentes aos inseticidas, levando à necessidade de aumentar a toxicidade desses produtos para manter sua eficácia. Esse fenômeno é um exemplo clássico de seleção natural, em que os indivíduos com características vantajosas (nesse caso, resistência ao inseticida) sobrevivem e se reproduzem, passando essa característica para as gerações seguintes. Com o tempo, a população de mosquitos tende a se tornar cada vez mais resistente, exigindo inseticidas mais potentes ou estratégias alternativas de controle.
As demais alternativas apresentam equívocos conceituais. A alternativa A) menciona o "desenvolvimento" de resistência, o que sugere uma mudança induzida no indivíduo, e não um processo de seleção natural. A alternativa C) fala em "mosquitos mutantes", o que não é o mecanismo principal da resistência, já que esta surge de variações genéticas preexistentes na população, não de mutações induzidas pelo inseticida. A alternativa D) propõe a substituição do Aedes aegypti por outra espécie, como o Aedes albopictus, o que não é corroborado pelos dados apresentados. Por fim, a alternativa E) menciona a formação de "vetores híbridos", um conceito irrelevante no contexto da resistência a inseticidas.
Portanto, a resposta correta é a B), que corretamente identifica o processo de seleção natural como o mecanismo responsável pelo aumento da resistência dos mosquitos aos inseticidas ao longo do tempo.
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