Questões Sobre Gimnospermas e Angiospermas - Biologia - concurso

A flor, como estrutura reprodutora das angiospermas, desempenha um papel fundamental na formação da progênie e na evolução das espécies. Sua organização anatômica é composta por diferentes partes especializadas, cada uma com funções específicas no processo reprodutivo. Ao analisar as alternativas apresentadas, é possível identificar conceitos-chave da biologia vegetal que muitas vezes geram confusão entre os estudantes.

A alternativa A está incorreta porque o androceu, na verdade, corresponde ao conjunto de estames, que são os órgãos reprodutores masculinos, e não de carpelos (estruturas femininas). Já a alternativa B apresenta um equívoco ao afirmar que o grão de pólen é o gametófito feminino, quando ele representa justamente o gametófito masculino. A opção C também está errada, pois o gineceu é o órgão reprodutor feminino, formado pelos carpelos, e não masculino como sugerido.

A única afirmação correta é a alternativa D, que descreve com precisão a composição do saco embrionário: este contém a oosfera (gameta feminino haploide) e os dois núcleos polares, que participam do processo de dupla fecundação característico das angiospermas. Essa distinção entre estruturas masculinas e femininas, bem como o entendimento do processo reprodutivo, é essencial para a compreensão da biologia vegetal.

O reino vegetal é composto por uma vasta diversidade de organismos, que podem ser classificados de acordo com suas características reprodutivas e estruturais. Entre essas classificações, destaca-se a divisão entre plantas que protegem suas sementes no interior de frutos e aquelas que produzem sementes expostas, sem a proteção de um fruto. Este segundo grupo, conhecido como gimnospermas, possui sementes que se desenvolvem em estruturas chamadas estróbilos ou cones, tornando-as distintas das angiospermas, que são as plantas com flores e frutos.

As gimnospermas representam um grupo antigo de plantas, que inclui espécies como pinheiros, cedros e sequoias. Sua reprodução ocorre por meio de cones, onde as sementes ficam expostas ao ambiente, sem a proteção de um fruto. Essa característica é fundamental para diferenciá-las das angiospermas, que dominam a maior parte da flora atual devido à vantagem evolutiva de proteger suas sementes dentro de frutos, facilitando a dispersão e a proteção contra predadores.

No contexto da questão apresentada, a alternativa correta é a letra C) Gimnospermas, pois esse grupo é justamente definido pela produção de sementes não protegidas por frutos. As outras opções – briófitas, pteridófitas e angiospermas – não se encaixam nessa descrição, uma vez que briófitas e pteridófitas não produzem sementes, e as angiospermas, como mencionado, possuem frutos que envolvem suas sementes.

A música "Marimbondo", composta por Marlui Miranda e Xico Chaves e interpretada por Sá e Guarabyra, apresenta uma letra poética e simbólica, que dialoga com elementos da natureza, como o marimbondo e a bananeira. A canção evoca imagens do cotidiano rural e brinca com a sonoridade das palavras, criando um ritmo peculiar.

No contexto da pergunta sobre a bananeira, é importante destacar que essa planta possui um caule subterrâneo do tipo rizoma, que cresce horizontalmente sob o solo e produz ramos aéreos ou folhas. Esse mesmo tipo de caule também é encontrado em outras plantas, como a samambaia, conforme indicado na alternativa correta (C).

A referência à bananeira na música ganha um significado adicional quando entendemos sua estrutura botânica. A expressão "que tem eira, eira, eira, eira, eira" pode ser interpretada como uma alusão à abundância e à capacidade de propagação da planta, características facilitadas pelo seu rizoma. Já o verso "não tenho eira nem beira" contrasta com essa imagem de prosperidade, reforçando um sentimento de despojamento ou falta de raízes.

A escolha da resposta correta (C) se justifica pelo fato de que o rizoma da bananeira permite seu crescimento e reprodução eficientes, diferindo dos outros tipos de caules mencionados nas alternativas, como bulbo, colmo, tubérculo ou estipe. Essa compreensão enriquece a apreciação tanto da música quanto do conhecimento botânico envolvido na questão.

As folhas das plantas angiospermas possuem uma anatomia complexa, adaptada às condições ambientais em que cada espécie vive. Entre as afirmações apresentadas, a alternativa correta é a C, que destaca uma característica importante das plantas xerófitas, adaptadas a ambientes secos.

As folhas das xerófitas possuem uma série de adaptações para reduzir a perda de água, como cutículas espessas e, em alguns casos, maior número de estômatos, porém geralmente localizados em cavidades ou protegidos por tricomas. Essas estruturas são essenciais para as trocas gasosas, permitindo a entrada de CO₂ para a fotossíntese e a saída de O₂, sem comprometer excessivamente a hidratação da planta.

As outras alternativas apresentam informações incorretas sobre a anatomia foliar. A epiderme foliar é tipicamente uniestratificada, não multiestratificada (alternativa A). O mesófilo, além do clorênquima, também possui tecidos de sustentação, como o colênquima e esclerênquima (alternativa B). Já os feixes condutores não têm uma orientação fixa do xilema e floema em relação às faces da folha (alternativa D).

Portanto, a afirmação verdadeira é a C, que descreve corretamente uma adaptação foliar das plantas xerófitas para minimizar a perda de água em ambientes áridos.

A polinização é um processo fundamental para a manutenção do equilíbrio ecológico, garantindo a reprodução das plantas e a continuidade das cadeias alimentares. Entre as alternativas apresentadas, a incorreta é a letra D, que afirma que a polinização nas angiospermas ocorre no momento da transferência do pólen do estigma para o estame. Na realidade, o processo correto envolve a transferência do pólen da antera (parte do estame) para o estigma (parte do pistilo), e não o contrário.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre a polinização. A alternativa A destaca a dispersão do pólen pelo vento em gimnospermas e algumas angiospermas. A alternativa B aborda a autopolinização como estratégia reprodutiva em diversas angiospermas, especialmente em regiões temperadas. A alternativa C ressalta a adaptação de plantas autopolinizadas a habitats específicos, enquanto a alternativa E descreve características da autopolinização, como a produção de indivíduos geneticamente semelhantes.

Portanto, a compreensão correta do processo de polinização é essencial para entender as relações ecológicas e a diversidade de estratégias reprodutivas no reino vegetal. A polinização cruzada e a autopolinização representam adaptações evolutivas que garantem a sobrevivência das espécies em diferentes ambientes.

O município de Paranavaí, situado no noroeste do estado do Paraná, possui uma agricultura diversificada, com destaque para culturas como a mandioca (Manihot esculenta), a laranjeira (Citrus sinensis) e a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum). Essas culturas desempenham um papel fundamental na economia local e apresentam características botânicas e fisiológicas distintas.

Entre as alternativas apresentadas sobre essas culturas, a correta é a B), que afirma que frutos suculentos como a laranja são denominados carnosos, do tipo baga. Essa classificação está de acordo com a botânica, uma vez que a laranja é um fruto simples, derivado de um único ovário, com pericarpo suculento e sem caroço, características típicas de uma baga.

As demais alternativas apresentam incorreções: a cana-de-açúcar não possui caule do tipo estipe (A), a absorção de água e sais minerais ocorre principalmente pelos pelos absorventes, não pela coifa (C), a mandioca é uma raiz tuberosa, não um caule subterrâneo (D), e a laranjeira tem polinização realizada principalmente por abelhas, não por morcegos (E).

Portanto, o estudo dessas culturas agrícolas revela a importância de compreender suas características botânicas para o manejo adequado e o desenvolvimento sustentável da agricultura na região de Paranavaí.

Na reprodução das angiospermas, o processo de formação da semente e do fruto é um dos aspectos mais importantes do ciclo de vida dessas plantas. Após a fecundação, o óvulo se transforma em uma semente, enquanto o ovário se desenvolve em um fruto, que tem a função de proteger e dispersar as sementes. Dentro da semente, o embrião se origina a partir do zigoto, resultado da fusão dos gametas masculino e feminino.

Além disso, a semente armazena nutrientes essenciais para o desenvolvimento inicial do embrião. Esses nutrientes, como proteínas, óleos e amido, são inicialmente estocados no endosperma, um tecido nutritivo que fornece energia para o crescimento da nova planta até que ela seja capaz de realizar fotossíntese.

Analisando as alternativas, a opção correta é a B) fruto – zigoto – endosperma, pois corresponde exatamente às estruturas envolvidas nesse processo: o ovário forma o fruto, o embrião surge do zigoto e os nutrientes ficam armazenados no endosperma.

A araucária (Araucaria angustifolia), também conhecida como pinheiro-brasileiro, é uma espécie emblemática da flora nacional, atualmente em risco crítico de extinção. A recente descoberta de genes associados à formação embrionária de sua semente, o pinhão, representa um avanço significativo para a conservação dessa árvore. Conforme o texto, pesquisadores da USP identificaram 24.181 genes envolvidos nesse processo, o que pode viabilizar técnicas de propagação in vitro, como a embriogênese somática.

A araucária é classificada como uma gimnosperma, grupo de plantas vasculares que produzem sementes não protegidas por frutos. Além disso, é uma espécie lenhosa, caracterizada por seu porte arbóreo e madeira de alto valor comercial. Outro aspecto relevante é sua natureza dioica, ou seja, possui indivíduos masculinos e femininos separados. Essas características estão corretamente descritas na alternativa A), que afirma ser a araucária "uma gimnosperma lenhosa, vascular e dioica".

As demais alternativas apresentam incorreções. A opção B) menciona um "endosperma triploide", estrutura típica de angiospermas, não de gimnospermas como a araucária. Já as alternativas C) e D) classificam erroneamente a espécie como angiosperma, grupo que possui frutos e flores – ausentes nas gimnospermas. Por fim, a alternativa E) descreve a araucária como "avascular" e do grupo dos ciprestes, informações inconsistentes com suas características reais.

Portanto, a identificação correta da araucária como gimnosperma lenhosa, vascular e dioica reforça a importância de estudos genéticos para sua preservação, aliando conhecimento científico à conservação de uma espécie fundamental para os ecossistemas brasileiros.

As angiospermas, também conhecidas como plantas com flores, representam o grupo mais diversificado e evolutivamente avançado do reino vegetal. Suas características morfológicas únicas as distinguem de outros grupos, como gimnospermas, briófitas e pteridófitas. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a A), que menciona a dupla fecundação e a formação de um endosperma, além do grão de pólen com exina columelada.

A dupla fecundação é um processo exclusivo das angiospermas, no qual um dos núcleos espermáticos do tubo polínico fecunda a oosfera (formando o zigoto diploide), enquanto o outro se funde com os núcleos polares (formando o endosperma triploide). Essa estrutura nutritiva é essencial para o desenvolvimento do embrião. Além disso, a exina columelada do grão de pólen é uma adaptação que garante proteção e eficiência na polinização.

As demais alternativas apresentam características incorretas ou que não são exclusivas das angiospermas. Por exemplo, o carpelo das angiospermas é fechado (não aberto, como na opção B), e os estames estão sempre presentes. Já a opção C) descreve estruturas presentes em outros grupos vegetais, como gimnospermas. Por fim, a alternativa D) menciona características irrelevantes ou ausentes nas angiospermas, como a parede espessa do megásporo, que não é uma marca distintiva desse grupo.

Portanto, a resposta correta é A), pois sintetiza duas das principais inovações evolutivas das angiospermas: a dupla fecundação e a complexidade do grão de pólen, características fundamentais para seu sucesso ecológico.

O fenômeno em que os órgãos reprodutores masculino e feminino de certas flores amadurecem em momentos distintos é uma estratégia evolutiva conhecida como dicogamia. Esse mecanismo desempenha um papel fundamental no processo reprodutivo das plantas, influenciando diretamente suas chances de sucesso na propagação da espécie.

Entre as alternativas apresentadas, a opção B) "Desfavorece a autofecundação" é a correta, pois a dicogamia atua justamente como uma barreira temporal que dificulta a autopolinização. Quando o pólen (masculino) e o estigma (feminino) não estão receptivos simultaneamente, a planta reduz significativamente as chances de fecundação consigo mesma.

Esse mecanismo traz importantes vantagens evolutivas:

• Promove a variabilidade genética através do cruzamento com outros indivíduos
• Reduz os riscos de depressão endogâmica
• Favorece a adaptação da espécie a diferentes condições ambientais

Portanto, a dicogamia representa uma sofisticada adaptação das plantas angiospermas para garantir maior diversidade genética em suas populações, sendo a alternativa B a que melhor descreve sua função principal.