Questões Sobre Gimnospermas e Angiospermas - Biologia - concurso

O pequizeiro, árvore emblemática do cerrado brasileiro, produz um fruto singular conhecido como pequi, cuja origem biológica está diretamente ligada ao desenvolvimento do ovário da flor. Essa estrutura reprodutiva, após a fecundação, sofre transformações que resultam no fruto, protegendo e nutrindo as sementes em seu interior. A alternativa correta, portanto, é a letra A, que afirma corretamente que o pequi se origina do ovário da planta.

Os espinhos presentes no caroço do pequi, frequentemente mencionados como um desafio ao consumo, não derivam do endosperma, descartando a opção B. Da mesma forma, embora a dupla fecundação seja um processo fundamental na formação das sementes, os tecidos do fruto em si não são originados diretamente desse evento, invalidando a alternativa C. Por fim, o endocarpo amarelo, parte comestível do pequi, não é derivado do albúmen do embrião, tornando a opção D incorreta.

Assim, compreender a origem do pequi como fruto verdadeiro, formado a partir do ovário da flor, é essencial para valorizar sua importância ecológica e cultural no bioma do cerrado. Sua lentidão no crescimento, mencionada no texto, reforça a necessidade de conservação dessa espécie, tão vital para a biodiversidade e a gastronomia regional.

O cajueiro (Anacardium occidentale) é uma árvore de grande importância econômica e cultural, especialmente no Nordeste do Brasil. No entanto, algumas afirmações sobre suas características podem gerar confusão. Vamos analisar cada uma delas para identificar quais estão corretas.

A primeira afirmação, que diz ser o cajueiro originário da África, está incorreta. Na realidade, essa espécie é nativa do Brasil, tendo se espalhado para outras regiões tropicais após a colonização. Portanto, a afirmação I não pode ser considerada válida.

Já a segunda afirmação descreve com precisão o pseudofruto do cajueiro, conhecido como "caju". De fato, ele possui uma polpa macia, formato piriforme e coloração que varia entre o alaranjado e o vermelho, sendo amplamente utilizado na culinária regional. No entanto, como a primeira afirmação está errada, a alternativa que inclui II não pode ser totalmente correta.

A terceira afirmação está completamente certa: as folhas do cajueiro são simples e pecioladas, e sua raiz pivotante é bem desenvolvida, característica típica de muitas árvores. Essa descrição morfológica condiz com a realidade botânica da espécie.

Por fim, a quarta afirmação também está correta ao descrever a castanha de caju como um aquênio - um tipo de fruto seco que contém uma única semente ligada à parede do fruto em um único ponto. Essa é a definição botânica precisa da castanha, que na verdade é o verdadeiro fruto do cajueiro.

Portanto, apenas as afirmações III e IV estão totalmente corretas, o que torna a alternativa A) a resposta adequada. Essa análise demonstra a importância de compreender tanto as características botânicas quanto a origem das plantas para evitar equívocos comuns.

Na anatomia de uma árvore, a parte mais central do tronco é conhecida como medula. Essa região, também chamada de "coração da árvore", é composta por células parenquimáticas antigas e geralmente apresenta menor atividade fisiológica em comparação com outras partes do tronco.

As demais opções referem-se a estruturas distintas:

• Alburno (A): Camada mais externa do xilema, responsável pelo transporte de água e nutrientes.
• Líber (B): Parte interna da casca, correspondente ao floema, que conduz seiva elaborada.
• Casca (D): Camada protetora externa, composta por tecidos mortos.
• Cerne (E): Madeira mais antiga e escura que circunda a medula, com função de sustentação.

A medula, portanto, representa o núcleo primário do tronco, formado durante o crescimento inicial da planta, sendo a resposta correta conforme indicado no gabarito.

O gabarito correto para a questão que solicita dois exemplos de madeiras classificadas como moles é a opção E) Cedro e pinho.

Essas madeiras são reconhecidas por sua densidade mais baixa em comparação com outras espécies, o que as torna mais fáceis de trabalhar em marcenaria e carpintaria. O cedro, por exemplo, é valorizado por sua leveza e resistência natural a insetos, enquanto o pinho é amplamente utilizado devido ao seu custo acessível e versatilidade em projetos de construção.

As demais opções apresentam combinações incorretas, incluindo madeiras duras como ipê e imbuia, que não se enquadram na classificação de madeiras moles.

A dispersão passiva de vegetais é um fenômeno crucial para a propagação de diversas espécies de plantas, garantindo sua sobrevivência e expansão territorial. Entre os mecanismos existentes, a endozoocoria se destaca como uma das formas mais eficientes, conforme indicado na alternativa correta (A).

Esse processo ocorre quando animais ingerem frutos atraentes e nutritivos, digerindo sua polpa, mas não as sementes resistentes. Ao serem eliminadas nas fezes, essas sementes são depositadas em novos locais, frequentemente enriquecidos com matéria orgânica que favorece sua germinação. Essa relação mutualística beneficia tanto as plantas, que ganham dispersão, quanto os animais, que obtêm alimento.

As demais alternativas apresentam equívocos conceituais:

• A quiropterocoria (B) realmente envolve morcegos, mas estes são geralmente frugívoros noturnos, não insetívoros diurnos
• A saurocoria (C) refere-se à dispersão por lagartos, não por formigas
• A ombro-hidrocoria (D) descreve o transporte por água da chuva, não submerso
• A ornitocoria (E) seria a dispersão por aves, enquanto o descrito corresponde à epizoocoria

Portanto, a endozoocoria representa um admirável exemplo de coevolução entre plantas e animais, onde características como frutos coloridos, aromáticos e nutritivos surgiram justamente para atrair dispersores eficientes, garantindo o sucesso reprodutivo vegetal.

A flor, como órgão reprodutivo das angiospermas, possui uma diversidade estrutural que reflete diferentes estratégias de reprodução. Enquanto algumas espécies apresentam flores hermafroditas (com ambos os sexos na mesma flor), outras desenvolveram mecanismos de separação sexual.

O texto apresentado aborda especificamente o caso das plantas que possuem flores unissexuais em indivíduos distintos. Esse fenômeno, conhecido como dioicia (alternativa A), representa um importante sistema de reprodução no reino vegetal, onde existem plantas masculinas e femininas separadas.

A dioicia contrasta com a monoicia (alternativa B), onde a mesma planta possui flores masculinas e femininas separadas. Já o termo hermafrodita (alternativa C) aplica-se às flores que contêm ambos os sexos. A alternativa D apresenta um termo inadequado para o contexto botânico.

Essa separação sexual nas plantas dioicas traz importantes implicações ecológicas e evolutivas, promovendo a diversidade genética através da necessidade de cruzamento entre indivíduos distintos para a reprodução.

O processo de fotossíntese é fundamental para a sobrevivência das plantas vasculares, conhecidas como traqueófitas. Esses organismos utilizam a energia luminosa, absorvida por meio de sua grande área foliar, para converter matéria inorgânica em compostos orgânicos essenciais ao seu desenvolvimento. Durante a fotossíntese, ocorre a utilização de gás carbônico (CO₂) e água (H₂O), resultando na produção de substâncias orgânicas, como glicose, e na liberação de oxigênio (O₂) como subproduto.

As substâncias orgânicas sintetizadas nas folhas são transportadas para outras partes da planta, como caule e raiz, por meio do floema. Esse tecido vascular é responsável pelo transporte de seiva elaborada, garantindo a distribuição dos nutrientes necessários para o crescimento e metabolismo vegetal. O xilema, por sua vez, atua no transporte de água e sais minerais absorvidos pelas raízes, direcionando-os para as folhas.

Portanto, a alternativa correta é a letra A, que descreve adequadamente os reagentes da fotossíntese (gás carbônico e água) e o papel do floema no transporte das substâncias orgânicas produzidas. As demais opções apresentam equívocos, seja na identificação dos reagentes (como oxigênio, que é um produto do processo) ou na função do xilema, que não está envolvido no transporte de compostos orgânicos.

O texto apresentado aborda a ameaça à biodiversidade do Pampa Gaúcho devido à expansão de plantações de pinheiros e eucaliptos, destacando a importância de preservar espécies endêmicas da região. Ao analisar as proposições sobre aspectos reprodutivos dos pinheiros, é possível identificar as afirmações corretas com base no conhecimento biológico sobre Gimnospermas.

A proposição I está incorreta, pois no estróbilo masculino de uma conífera, os esporos formados são haploides, não diploides, já que são produzidos por meiose durante o processo de esporogênese. Essa etapa é fundamental para a formação dos grãos de pólen, que carregam os gametas masculinos.

A proposição II também está incorreta, pois os pinheiros dependem da polinização pelo vento (anemofilia) para a reprodução, sendo rara a autofecundação. A maioria das espécies apresenta mecanismos que evitam a autopolinização, favorecendo a variabilidade genética.

A proposição III está correta, uma vez que o ciclo de vida dos pinheiros, como em todas as traqueófitas, é dominado pela fase esporofítica (diploide), que corresponde à planta adulta. A fase gametofítica é reduzida e dependente do esporófito, característica marcante das plantas vasculares.

Por fim, a proposição IV está correta, pois as Gimnospermas, grupo ao qual os pinheiros pertencem, são conhecidas por produzir sementes nuas, ou seja, não estão encerradas em frutos, diferentemente das Angiospermas. Essa é uma das características distintivas desse grupo vegetal.

Portanto, a alternativa que apresenta apenas as proposições corretas é a E) Somente III e IV estão corretas, conforme indicado no gabarito. Essa análise reforça a importância de compreender os ciclos reprodutivos das espécies vegetais, especialmente em contextos de conservação ambiental como o mencionado no texto.

A polinização é um processo essencial para a reprodução das angiospermas, sendo responsável pela formação de frutos e sementes. Esse mecanismo ocorre quando os grãos de pólen são transferidos para o estigma de uma flor da mesma espécie, permitindo a fecundação. As síndromes de polinização representam adaptações evolutivas que facilitam essa transferência, associando características florais específicas a determinados vetores polinizadores, sejam eles abióticos (como o vento ou água) ou bióticos (como insetos, aves e mamíferos).

No contexto das síndromes de polinização, cada vetor possui uma designação específica. A polinização realizada pelo vento é chamada de anemofilia, enquanto a efetuada por borboletas é denominada psicofilia. Já os morcegos, importantes polinizadores noturnos, estão associados à quiropterofilia. Portanto, a alternativa correta que relaciona essas síndromes de polinização é a letra A) Anemofilia, Psicofilia e Quiropterofilia.

Essas interações entre plantas e polinizadores destacam a complexidade e a diversidade dos ecossistemas, reforçando a importância da conservação desses agentes para a manutenção da biodiversidade e da produção agrícola.

Em muitas plantas, isto é, a maioria das monocotiledôneas e certas eudicotiledôneas herbáceas como o ranúnculo (Ranunculus sp.), o crescimento em certas partes do corpo cessa com a maturação dos tecidos primários. No outro extremo estão as gimnospermas, as magnoliídeas lenhosas e as eudicotiledôneas lenhosas, nas quais a raiz e o caule continuam a aumentar em diâmetro em regiões que não estão mais se alongando.

Este crescimento em espessura ou circunferência do corpo da planta, denominado de crescimento secundário, resulta da atividade de dois meristemas laterais: o câmbio vascular e o câmbio da casca (também chamado de felogênio). O câmbio vascular é responsável pela produção de xilema e floema secundários, enquanto o câmbio da casca forma a periderme, um tecido protetor que substitui a epiderme em plantas com crescimento secundário.

Portanto, a alternativa correta é a C) Câmbio vascular e câmbio da casca, pois esses são os dois meristemas laterais envolvidos no crescimento secundário das plantas.