Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

O relato apresentado ilustra uma situação comum na rotina do Agente Comunitário de Saúde (ACS), onde a abordagem clínica e a sensibilidade na investigação dos sintomas são fundamentais para o encaminhamento adequado. A moradora descreve sintomas sugestivos de sífilis secundária – uma ferida genital indolor (cancro) que regrediu espontaneamente, seguida por manifestações cutâneas características (manchas em palmas das mãos e pés). A associação com o histórico de vida sexual (marido caminhoneiro, grupo com maior exposição a infecções sexualmente transmissíveis) reforça a hipótese diagnóstica.

A conduta do ACS foi adequada por:

1. Investigar a vida sexual: Perguntar sobre práticas e riscos é essencial para diagnóstico de ISTs, descartando a alternativa A.
2. Reconhecer os sintomas: A associação entre as lesões genitais e cutâneas exige avaliação médica, não sendo resolúvel com cremes (alternativa B incorreta).
3. Encaminhar à UBS: O ginecologista é o profissional capacitado para investigar sífilis e outras ISTs, tornando a alternativa D equivocada. Embora um dermatologista (alternativa E) possa diagnosticar as manchas, a abordagem integral da IST requer acompanhamento ginecológico.

Portanto, a alternativa C está correta. O ACS demonstrou competência ao relacionar os achados clínicos com uma IST, garantindo acesso oportuno ao diagnóstico e tratamento, ações críticas para interromper a cadeia de transmissão da sífilis.

A campanha de vacinação contra o HPV é uma estratégia fundamental na prevenção de um dos principais causadores do câncer de colo de útero. Ao imunizar meninas antes do início da vida sexual, o objetivo principal é preparar o sistema imunológico para combater o vírus antes mesmo da exposição. Isso ocorre porque a vacina estimula a produção de anticorpos específicos, criando uma defesa prévia contra os tipos mais perigosos de HPV.

A alternativa correta, portanto, é a D) "Fazer com que desenvolvam anticorpos antes do contato com o vírus". Essa abordagem preventiva é mais eficaz do que tentar combater o vírus após a infecção ou apenas impedir o contato, já que a transmissão sexual nem sempre pode ser completamente evitada. A vacinação em massa cria uma proteção duradoura, reduzindo significativamente os riscos de desenvolvimento de lesões cancerígenas no futuro.

Embora as outras alternativas apresentem aspectos relacionados à prevenção do HPV, apenas a resposta D capta o mecanismo essencial da vacinação: a imunização prévia. Essa é a base científica que torna a campanha uma ferramenta tão valiosa na saúde pública, oferecendo proteção antes mesmo da possível exposição ao vírus.

A partir da puberdade, meninos e meninas tornam-se fisiologicamente capazes de gerar filhos. No entanto, existem diferentes métodos contraceptivos disponíveis que impedem, além da concepção, a disseminação de doenças transmitidas sexualmente.

O método contraceptivo que impede as situações citadas é o(a) camisinha, alternativa correta B). A camisinha, seja masculina ou feminina, é o único método que oferece dupla proteção: evita a gravidez indesejada e reduz significativamente o risco de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV, sífilis e HPV.

Os outros métodos listados têm funções específicas. O diafragma (A) e o DIU (D) atuam principalmente como contraceptivos mecânicos ou hormonais, sem proteger contra ISTs. Já a pílula do dia seguinte (C) é um contraceptivo de emergência que não previne doenças. Portanto, a camisinha destaca-se como a opção mais completa para segurança sexual.

Por que os jovens não usam camisinha?

Os jovens estão deixando de usar camisinha. Apesar dos alertas de que o preservativo evita DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ou gravidez indesejada, diferentes justificativas aparecem e a ausência da camisinha vira hábito. Para ter uma ideia, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 9 em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV, mas mesmo assim, 6 em cada 10 destes adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.

(Fonte: UOL Notícias, 13 fev. 2017)

• Ao não adotarem o método preventivo mencionado no texto, além da AIDS, os jovens aumentam as chances de também contraírem

• A) sífilis, gonorreia, herpes e HPV.
• B) hepatite C, clamídia, febre amarela e meningite.
• C) hepatite B, hidrofobia, sarampo e rubéola.
• D) hepatite A, ascaridíase, zika e malária.

O gabarito correto é A).

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) representam um grave problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Elas são transmitidas principalmente por meio do contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso de preservativos, com um parceiro infectado. Entre as diversas ISTs existentes, algumas são causadas por vírus, enquanto outras têm origem bacteriana, fúngica ou parasitária.

No contexto da questão apresentada, o gabarito correto é a alternativa D), que lista apenas infecções virais: AIDS, herpes genital e condiloma acuminado (HPV). A AIDS é causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico. O herpes genital é provocado pelo vírus herpes simplex (HSV), enquanto o condiloma acuminado resulta da infecção pelo papilomavírus humano (HPV).

As outras alternativas apresentam erros por incluírem doenças não virais. A alternativa A) menciona tricomoníase (causada por protozoário) e cancro mole (bacteriano). A B) inclui donovanose (bacteriana) e gonorreia (também bacteriana). A C) lista sífilis e gonorreia, ambas bacterianas. Já a E) apresenta cancro mole (bacteriano) e tricomoníase (protozoário).

Este exercício evidencia a importância de conhecer a etiologia das principais ISTs, informação crucial para profissionais de saúde e para a população em geral. O conhecimento sobre os agentes causadores permite melhor compreensão dos métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento dessas infecções.

A vasectomia é um procedimento cirúrgico amplamente utilizado como método contraceptivo masculino, visando a esterilização permanente por meio da interrupção do transporte de espermatozoides. Durante o procedimento, a estrutura rompida ou bloqueada é o ducto deferente, também conhecido como canal deferente, que é responsável por conduzir os espermatozoides dos testículos até a uretra durante a ejaculação.

O ducto deferente conecta o epidídimo, onde os espermatozoides amadurecem e são armazenados, aos canais ejaculatórios. Ao seccionar ou obstruir cirurgicamente esse canal, os espermatozoides não conseguem se misturar ao líquido seminal, tornando o homem estéril. É importante destacar que a vasectomia não interfere na produção hormonal nem na ejaculação, apenas impede que os gametas masculinos sejam liberados.

As outras estruturas mencionadas nas alternativas têm funções distintas no sistema reprodutor masculino:

• Epidídimo (A): Armazena e amadurece os espermatozoides, mas não é o alvo da vasectomia.
• Testículo (B): Produz espermatozoides e testosterona, porém a cirurgia não o atinge diretamente.
• Glândula bulbouretral (D) e próstata (E): Secretam componentes do sêmen, mas não estão relacionadas à passagem dos espermatozoides.

Portanto, a alternativa correta é C) Ducto deferente, confirmando que essa é a estrutura intervencionada na vasectomia para alcançar o efeito contraceptivo.

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2008 foi concedido aos pesquisadores europeus Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier por suas descobertas relacionadas ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da AIDS. O reconhecimento ocorreu 25 anos após a publicação de seu trabalho pioneiro, que identificou o agente responsável por essa doença que se tornou um dos maiores desafios da saúde pública no século XX.

O HIV possui características biológicas notáveis que explicam sua persistência e dificuldade de tratamento. Como destacado por Varela (2008), duas estratégias fundamentais contribuem para sua sobrevivência: a capacidade de replicação extremamente rápida e a elevada taxa de mutação. Estima-se que, diariamente, um organismo infectado produza cerca de 10 bilhões de novas partículas virais, gerando milhões de variantes genéticas no processo.

Essa diversidade genética é crucial para a resposta correta (alternativa B) da questão apresentada. As mutações frequentes permitem que o vírus escape tanto das defesas imunológicas do hospedeiro quanto dos efeitos dos medicamentos antirretrovirais, demonstrando um impressionante potencial adaptativo. Essa característica explica por que o HIV consegue estabelecer infecções crônicas e por que o desenvolvimento de vacinas contra esse vírus tem se mostrado tão desafiador.

As outras alternativas apresentam informações incorretas sobre o HIV: o Prêmio Nobel não foi concedido pela descoberta do AZT (A), o vírus não infecta hemácias (C), sua variabilidade não está relacionada a um ciclo lisogênico (D), e sua estrutura é distinta de outros vírus humanos, sendo sempre um retrovírus de RNA (E). A compreensão desses mecanismos virais tem sido fundamental para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes no combate à AIDS.

O estudo realizado com jovens atendidas pelo Programa Saúde da Família de Ribeirão Preto evidencia uma preocupante lacuna no conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A falta de informação sobre formas de contágio, prevenção e percepção de risco pessoal reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes em educação sexual. Diante disso, analisemos as afirmativas apresentadas:

I - Falsa. Embora a iniciação sexual precoce possa ser um fator de risco, o aumento das DSTs não resulta exclusivamente disso. Outros elementos, como falta de acesso a preservativos, desinformação e comportamento sexual de risco, também contribuem significativamente.

II - Verdadeira. A Neisseria gonorrhoeae é de fato o agente causador da gonorreia, uma DST bacteriana transmitida por relações sexuais desprotegidas, assim como o HPV (vírus) e o HIV (vírus).

III - Verdadeira. A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ser transmitida não apenas por relações sexuais, mas também por transfusão de sangue contaminado (em casos raros, devido aos testes de triagem atuais), além de via vertical (mãe para filho durante a gravidez).

Portanto, apenas as afirmativas II e III estão corretas, tornando a alternativa D) a resposta adequada. Esse cenário reforça a urgência de campanhas educativas que abordem mitos e verdades sobre DSTs, especialmente entre populações jovens e vulneráveis.

O debate sobre métodos contraceptivos envolve diferentes perspectivas da sociedade, incluindo grupos religiosos e científicos, com destaque para as controvérsias em torno da pílula do dia seguinte. Analisando as afirmativas apresentadas, é possível identificar quais estão corretas e quais contêm equívocos.

A afirmativa I está correta, pois o Dispositivo Intra-Uterino (DIU) realmente atua como uma barreira física ou química, impedindo que os espermatozóides fecundem o óvulo. Já a afirmativa II também está correta, uma vez que o coito interrompido é um método tradicional baseado na retirada do pênis antes da ejaculação.

A III está correta, pois a vasectomia consiste na ligadura ou secção dos ductos deferentes, impedindo a passagem dos espermatozóides. A afirmativa VI também está correta, já que o aborto induzido é permitido no Brasil em casos de risco de vida para a mãe ou gravidez resultante de estupro, conforme previsto em lei.

Por outro lado, as afirmativas IV, V e VII estão incorretas. A "camisinha" pode ser usada por homens e mulheres (no caso da camisinha feminina), o diafragma é um dispositivo vaginal e não peniano, e a pílula do dia seguinte age inibindo ou retardando a ovulação, não favorecendo a fecundação.

Portanto, a alternativa que contém todas as afirmativas corretas é a A) I, II, III e VI, conforme indicado no gabarito.

O consumo excessivo de álcool entre jovens adolescentes é um problema crescente no Brasil, trazendo consequências graves para a saúde e o bem-estar social. O relato apresentado ilustra um cenário comum em que a embriaguez leva a comportamentos de risco, como relações sexuais desprotegidas, aumentando a probabilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). No caso descrito, um jovem apresenta sintomas de pequenas vesículas avermelhadas e indolores na região genital, indicando uma possível infecção.

Analisando as alternativas, a descrição dos sintomas e o agente causador, a resposta correta é a D) Sífilis – doença infecto-contagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum, e que pode evoluir, se não tratada, em três fases. A sífilis é uma DST que se manifesta inicialmente com lesões indolores (cancro duro) na região genital, seguida por estágios mais graves se não houver tratamento adequado. As outras alternativas apresentam erros conceituais, como confundir o agente causador (protozoário em vez de bactéria) ou associar sintomas incorretos às doenças mencionadas.

Esse caso reforça a importância da educação sexual e da conscientização sobre os riscos do consumo de álcool e das relações desprotegidas. Medidas preventivas, como o uso de preservativos e a realização de exames periódicos, são essenciais para reduzir a transmissão de DSTs entre os jovens.