Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

Em 2006, o Brasil recebeu duas vacinas destinadas à prevenção do HPV (Papilomavírus Humano), uma das infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes no mundo. O HPV é um vírus conhecido por sua associação direta com diversas condições de saúde, sendo a mais grave o câncer de útero. Essa relação foi comprovada por estudos científicos, que identificaram certos tipos de HPV como responsáveis pela maioria dos casos desse tipo de câncer em mulheres.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta é a letra E) do câncer de útero, pois o HPV é reconhecido como o principal agente causador dessa doença. Embora o vírus também esteja ligado a outras manifestações, como verrugas genitais, sua conexão com o câncer cervical é a mais significativa em termos de saúde pública. As demais alternativas — sífilis, gonorreia, AIDS e cancro mole — são causadas por outros patógenos e não têm relação direta com o HPV.

A introdução dessas vacinas em 2006 representou um marco na prevenção de doenças no Brasil, especialmente por seu potencial para reduzir a incidência do câncer de útero, que até então era uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres no país. A imunização, aliada a exames regulares como o Papanicolau, tornou-se uma estratégia essencial no combate a essa enfermidade.

O consumo de bebidas alcoólicas entre jovens adolescentes é um problema crescente no Brasil, com consequências que afetam não apenas os indivíduos, mas também suas famílias e a sociedade como um todo. O álcool, ao reduzir as inibições e o senso de responsabilidade, pode levar a situações de risco, como a prática de relações sexuais desprotegidas, aumentando a vulnerabilidade a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

No caso apresentado, um jovem, após um episódio de relações sexuais sem proteção, desenvolve sintomas como pequenas vesículas avermelhadas e indolores na região genital. Esses sintomas são característicos de uma DST específica, e a análise das alternativas permite identificar a doença correta.

A alternativa D) é a correta, pois descreve a sífilis, uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis evolui em três fases distintas se não for tratada adequadamente, e seus sintomas iniciais incluem lesões indolores (cancros) na região genital, seguidos por erupções cutâneas e, em estágios avançados, complicações graves em órgãos como o coração e o sistema nervoso.

As outras alternativas apresentam informações incorretas sobre os agentes causadores ou os sintomas das doenças mencionadas. Por exemplo, a gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, e não pelo protozoário ou bactéria Treponema pallidum, como sugerido em algumas opções. Já a tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, e não pelo Treponema pallidum.

Portanto, a resposta correta é a alternativa D), que descreve com precisão a sífilis e seu agente causador. Este caso reforça a importância da educação sexual e da conscientização sobre os riscos do consumo de álcool e das relações sexuais desprotegidas, medidas essenciais para prevenir a disseminação de DSTs entre os jovens.

O cenário apresentado envolve Flávio, portador do vírus da AIDS, e sua parceira Simone, que não possui o vírus. O casal não deseja ter filhos e busca se proteger contra a transmissão do vírus durante as relações sexuais. Diante disso, a alternativa mais adequada é a letra A, que recomenda o uso de preservativos masculinos (condom) ou femininos (femidom). Esses métodos são eficazes tanto para evitar uma gravidez indesejada quanto para reduzir significativamente o risco de transmissão do HIV.

As outras opções apresentam falhas graves. A vasectomia (B) e a laqueadura (C) são métodos contraceptivos irreversíveis ou de difícil reversão, mas não oferecem proteção contra a transmissão do vírus. A combinação de vasectomia e laqueadura (D) também não resolve o problema da prevenção do HIV, pois a vasectomia não impede a transmissão do vírus. Já a opção E, que sugere o uso de anticoncepcionais hormonais e espermicidas, é ineficaz contra o HIV, pois os espermicidas não inativam o vírus e ainda podem aumentar o risco de transmissão ao causar irritação na mucosa vaginal.

Portanto, o uso consistente e correto de preservativos é a única medida que atende às duas necessidades do casal: evitar a gravidez e prevenir a transmissão do HIV. Essa abordagem é amplamente recomendada por profissionais de saúde e organizações de prevenção à AIDS, garantindo segurança e praticidade para o casal.

O planejamento familiar é um tema de extrema relevância na sociedade atual, especialmente quando consideramos os dados alarmantes sobre gravidez não planejada no Brasil. Segundo pesquisa do Datafolha publicada em 2008, quatro em cada dez filhos não foram planejados, sendo que 56% desses casos ocorrem entre jovens de 16 a 24 anos. Esses números evidenciam a necessidade de maior conscientização sobre os métodos contraceptivos disponíveis e seu correto uso.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos em duas categorias principais: os reversíveis e os irreversíveis. Entre os principais métodos citados no texto, temos a vasectomia (I), a camisinha (II), a laqueadura tubária (III) e as pílulas anticoncepcionais (IV). Cada um desses métodos atua de forma específica na prevenção da gravidez, seja impedindo a ovulação (A), o encontro do ovócito com o espermatozoide (B), a implantação do zigoto no útero (C), a presença de espermatozoides no sêmen (D) ou prevenindo doenças sexualmente transmissíveis (E).

Analisando as assertivas apresentadas, podemos concluir que:

A assertiva 1 está incorreta, pois a camisinha (II) não é um método exclusivamente masculino (existem versões femininas) e a vasectomia não previne DSTs (E).

A assertiva 2 está correta, pois tanto a laqueadura (III) quanto as pílulas (IV) atuam impedindo a ovulação (A) e o encontro do óvulo com o espermatozoide (B).

A assertiva 3 está incorreta, pois embora III e IV sejam métodos femininos, eles não atuam em D (impedir a presença de espermatozoides no sêmen).

A assertiva 4 está correta, pois de fato a camisinha (II) é o único método listado que também previne doenças sexualmente transmissíveis (E).

Portanto, as únicas assertivas verdadeiras são a 2 e a 4, tornando a alternativa C a correta. Essa análise reforça a importância de compreender não apenas os diferentes métodos contraceptivos disponíveis, mas também seus mecanismos de ação e limitações, para que possam ser utilizados de forma adequada no planejamento familiar.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que representa um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua transmissão ocorre principalmente por via sexual, mas também pode ser vertical (de mãe para filho durante a gestação) ou por contato com sangue contaminado.

A manifestação inicial da doença, conhecida como sífilis primária, surge após um período de incubação que varia de 10 a 90 dias (em média 21 dias). Esta fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, uma úlcera indolor, com bordas endurecidas e fundo limpo, que aparece no local de entrada da bactéria (genitália, ânus ou boca). O cancro duro é altamente infeccioso, porém desaparece espontaneamente em 3 a 6 semanas, mesmo sem tratamento.

Entre as alternativas apresentadas no questionário, a correta é de fato a letra C) Cancro duro, que corresponde à manifestação primária da sífilis. As demais opções referem-se a outras condições: Herpes genital (A) é uma IST viral, Gonorreia (B) é causada por Neisseria gonorrhoeae, Crista de galo (D) é o nome popular para condiloma acuminado (causado pelo HPV), e Uretrite (E) é uma inflamação da uretra que pode ter diversas causas.

O diagnóstico precoce e tratamento adequado com penicilina são fundamentais para evitar as complicações da sífilis, que pode evoluir para formas secundárias, latentes e terciárias com graves manifestações neurológicas, cardiovasculares e ósseas quando não tratada.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um grupo diversificado de infecções que podem ser causadas por diferentes agentes patogênicos. Originalmente conhecidas como doenças venéreas, até 1983, essas enfermidades continuam sendo um desafio significativo para a saúde pública devido à sua ampla disseminação e potencial para causar complicações graves quando não tratadas adequadamente.

Entre os principais agentes causadores de DSTs, encontram-se vírus, bactérias, fungos e protozoários. Cada um desses microrganismos possui características distintas e pode levar a manifestações clínicas variadas. Por exemplo, os vírus, como o HIV e o HPV, são responsáveis por infecções que podem se tornar crônicas ou até mesmo fatais. As bactérias, como a Treponema pallidum (causadora da sífilis) e a Neisseria gonorrhoeae (responsável pela gonorreia), geralmente respondem bem ao tratamento com antibióticos, mas podem desenvolver resistência se não forem combatidas de forma adequada.

Fungos, como a Candida albicans, e protozoários, como o Trichomonas vaginalis, também são agentes importantes, causando infecções que, embora muitas vezes menos graves do que as virais ou bacterianas, ainda assim podem provocar desconforto e complicações se negligenciadas. Portanto, a afirmação de que vírus, bactérias, fungos e protozoários são causadores de DSTs está correta, como indicado na alternativa C.

É fundamental que a população esteja consciente sobre os riscos das DSTs e adote medidas preventivas, como o uso de preservativos e a realização de exames periódicos. Além disso, o acesso à informação precisa e ao tratamento adequado são essenciais para reduzir a incidência dessas doenças e suas consequências na saúde individual e coletiva.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um grupo diversificado de infecções que afetam a saúde pública global. Originalmente conhecidas como "doenças venéreas" até 1983, essas patologias são causadas por diferentes agentes etiológicos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos. A transmissão ocorre predominantemente por contato sexual, mas é importante ressaltar que algumas DSTs podem ser adquiridas por outras vias, o que torna a afirmação apresentada incorreta.

No caso específico da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e do herpes genital, embora a principal forma de transmissão seja através de relações sexuais desprotegidas, existem outros mecanismos de contágio. O HIV, vírus causador da AIDS, pode ser transmitido por meio do compartilhamento de agulhas contaminadas, transfusão de sangue infectado ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Já o herpes genital, embora menos comum, também pode ser transmitido por contato direto com lesões ativas em outras partes do corpo.

Portanto, a afirmação de que essas doenças "somente podem ser transmitidas mediante o ato sexual" está incorreta, como indicado pela alternativa E). Esse equívoco revela a importância de campanhas educativas que abordem de forma completa os modos de transmissão das DSTs, contribuindo para a prevenção e o combate à desinformação.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um grave problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Até 1983, eram conhecidas como doenças venéreas, um termo que caiu em desuso devido à sua associação pejorativa. Essas enfermidades são causadas por diversos agentes patogênicos, incluindo vírus, bactérias, fungos e parasitas, sendo transmitidas principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas.

No que diz respeito à prevenção, é importante destacar que o uso de preservativos (camisinhas) é, de fato, um método eficaz para reduzir o risco de transmissão de várias DSTs, incluindo o HIV e algumas hepatites virais. No entanto, a afirmação de que as vacinas são um método de prevenção tanto para o HIV quanto para o vírus da hepatite C está incorreta. Atualmente, não existe vacina disponível para o HIV ou para a hepatite C, embora haja vacinas eficazes contra outros tipos de hepatite, como a hepatite A e B.

Portanto, é fundamental disseminar informações precisas sobre as formas de prevenção e os tratamentos disponíveis para as DSTs. A educação em saúde, combinada com o acesso a métodos preventivos e a serviços de saúde, desempenha um papel crucial no combate a essas doenças e na promoção do bem-estar da população.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um grupo diversificado de infecções que afetam a saúde pública global. Originalmente conhecidas como doenças venéreas, essa denominação foi substituída em 1983 para refletir uma compreensão mais abrangente de sua transmissão e impacto. Entre essas doenças, a AIDS, causada pelo vírus HIV, destaca-se por sua gravidade e complexidade.

O HIV, ou vírus da imunodeficiência humana, é um agente patogênico composto por RNA, característica que o classifica como um retrovírus. Sua ação no organismo humano é direcionada principalmente aos linfócitos T, células fundamentais para o sistema imunológico. Ao infectar e destruir essas células, o HIV compromete progressivamente a capacidade do corpo de combater infecções, levando ao desenvolvimento da AIDS em estágios avançados.

Diante disso, a afirmação de que o HIV é composto de RNA e ataca os linfócitos T está correta, conforme indicado pela alternativa C. Essa informação é crucial não apenas para o entendimento da biologia do vírus, mas também para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento. A disseminação de conhecimento preciso sobre as DSTs e seus agentes é essencial para promover práticas sexuais seguras e reduzir a incidência dessas doenças na população.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um grave problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Originalmente conhecidas como doenças venéreas, essas infecções são causadas por diversos agentes patogênicos, incluindo vírus, bactérias e parasitas, transmitidos principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas.

Entre as DSTs mais preocupantes estão o herpes genital e a sífilis, que possuem a capacidade de causar complicações sistêmicas. O herpes genital, causado pelo vírus HSV-2 (e menos comumente pelo HSV-1), pode levar a surtos recorrentes de lesões dolorosas na região genital. Já a sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, é particularmente perigosa por sua progressão em estágios, podendo afetar múltiplos órgãos, incluindo o sistema nervoso central quando não tratada adequadamente.

O fato de algumas DSTs poderem atingir o sistema nervoso central reforça a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. No caso da sífilis, por exemplo, a fase terciária da doença pode levar à neurosífilis, condição grave que causa danos neurológicos irreversíveis se não for tratada. Da mesma forma, o herpes genital, embora não tenha cura, pode ser controlado com medicamentos antivirais que reduzem a frequência e intensidade dos surtos.

Portanto, a afirmação de que algumas DSTs podem afetar o sistema nervoso central está correta, como demonstram os casos do herpes genital e da sífilis. Essa característica destaca a necessidade de conscientização sobre práticas sexuais seguras, uso de preservativos e acompanhamento médico regular, medidas essenciais para prevenir e controlar essas infecções e suas potenciais complicações.