Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

A reprodução humana é um tema fundamental para a compreensão da perpetuação da vida, envolvendo processos biológicos complexos que garantem a continuidade das espécies. No contexto dos métodos contraceptivos, é importante distinguir aqueles que atuam apenas na prevenção da gravidez daqueles que também oferecem proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

O texto apresentado afirma que o diafragma e o DIU possuem dupla função: evitar gravidez e prevenir DSTs, assim como a camisinha. No entanto, essa afirmação está incorreta. Enquanto a camisinha (tanto masculina quanto feminina) é um método de barreira que efetivamente previne tanto a gravidez quanto as DSTs, o diafragma e o DIU atuam principalmente como contraceptivos, sem oferecer proteção significativa contra infecções sexualmente transmissíveis.

O diafragma é um dispositivo de silicone colocado no colo do útero para impedir a passagem dos espermatozoides, enquanto o DIU é um pequeno dispositivo inserido no útero que pode ser hormonal ou de cobre, alterando o ambiente uterino para evitar a fecundação. Nenhum desses métodos cria uma barreira física contra patógenos, como faz a camisinha.

Portanto, a resposta correta para a afirmação apresentada é E) ERRADO, pois apenas a camisinha combina eficácia contra gravidez e proteção contra DSTs. Essa distinção é crucial para o planejamento reprodutivo consciente e a saúde sexual, reforçando a importância do uso combinado de métodos quando a prevenção de DSTs é necessária.

O vírus HPV (Papilomavírus Humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e está diretamente associado ao desenvolvimento do câncer de colo de útero. Sua prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para reduzir os riscos à saúde feminina. Entre as alternativas apresentadas, a realização de exames periódicos, como o Papanicolau, destaca-se como a medida mais eficaz para identificar lesões precursoras do câncer e permitir intervenções médicas adequadas.

As demais opções apresentadas não apenas são ineficazes na prevenção do HPV, como podem aumentar o risco de infecção ou complicações. Aumentar o número de parceiros sexuais (A) eleva a exposição ao vírus, enquanto cessar o uso de contraceptivos orais (B) não tem relação direta com a transmissão do HPV. Evitar higiene excessiva (D) pode ser recomendado em alguns casos, mas não previne a infecção. Por fim, não utilizar preservativos (E) aumenta significativamente o risco de contágio, uma vez que o látex é uma barreira eficaz contra o vírus.

Portanto, a resposta correta é a alternativa C), que reforça a importância da realização de exames preventivos como parte essencial da saúde reprodutiva da mulher. O Papanicolau, em particular, é uma ferramenta crucial para detectar alterações celulares antes que evoluam para um quadro cancerígeno, salvando vidas através do diagnóstico precoce.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são causadas por uma variedade de agentes etiológicos, incluindo bactérias, vírus, fungos e protozoários. Esses microrganismos são responsáveis por diferentes manifestações clínicas, variando desde infecções assintomáticas até condições mais graves. No contexto das DSTs mencionadas — gonorreia, sífilis, herpes genital, hepatite B, AIDS, tricomoníase, clamídia, cancro mole, HPV e linfogranuloma venéreo —, é importante destacar a distribuição dos agentes causadores.

Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a C) 10% são causadas por protozoários. Essa porcentagem refere-se principalmente à tricomoníase, uma DST causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. As demais alternativas não correspondem à distribuição real dos agentes etiológicos, uma vez que a maioria das DSTs listadas são causadas por bactérias ou vírus, com uma minoria atribuída a protozoários.

Portanto, compreender a origem microbiana dessas doenças é fundamental para o diagnóstico adequado, tratamento eficaz e prevenção, reforçando a importância da educação em saúde sexual e do uso de métodos de proteção.

SPOAN: UMA DOENÇA ENTRE MITOS E REALIDADE

A história de Elenara e sua família, residentes em Serrinha dos Pintos, no Rio Grande do Norte, revela os desafios enfrentados por comunidades afetadas por doenças genéticas raras. A síndrome SPOAN, uma condição neurodegenerativa recentemente identificada, apresenta sintomas como rigidez muscular progressiva e comprometimento da mobilidade, sem afetar as capacidades cognitivas. Apesar de não ser fatal, a doença impõe graves limitações físicas, especialmente em uma região com pouca infraestrutura médica.

O caso ilustra como a falta de informação científica pode levar a explicações folclóricas, como a crença de que a SPOAN seria resultado de uma "sífilis hereditária" transmitida por um ancestral. Essa narrativa, embora equivocada, reflete a tentativa da comunidade de entender uma condição complexa em meio a recursos limitados. A resposta correta sobre prevenção (uso de preservativos) está ligada a essa lenda, mas destaca a importância do esclarecimento médico para combater estigmas.

A situação da família de Elenara evidencia a urgência de políticas públicas que unam pesquisa genética, atendimento especializado e educação em saúde, garantindo dignidade aos portadores de doenças raras e rompendo ciclos de desinformação.

O uso de preservativos é uma das medidas mais eficazes para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), reduzindo significativamente o risco de infecções como AIDS, tricomoníase, cancro mole e sífilis. No entanto, é importante destacar que nem todas as doenças são evitadas pelo uso do preservativo, como é o caso da hepatite A, cuja transmissão ocorre principalmente por via fecal-oral, através do consumo de água ou alimentos contaminados.

Entre as opções apresentadas:

• A) AIDS – O preservativo previne a transmissão do HIV.
• B) Tricomoníase – O preservativo ajuda a reduzir o risco de infecção.
• C) Hepatite A – Resposta correta, pois não é transmitida sexualmente de forma primária.
• D) Cancro Mole – O preservativo protege contra essa DST bacteriana.
• E) Sífilis – O preservativo é eficaz na prevenção.

Portanto, a alternativa C) Hepatite A é a correta, já que sua transmissão não está diretamente relacionada ao contato sexual, mas sim à ingestão de substâncias contaminadas.

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais utilizados no mundo, especialmente entre adolescentes, por sua eficácia na prevenção de gravidezes não planejadas. Seu mecanismo de ação principal está relacionado à supressão da ovulação, o que ocorre devido à inibição da secreção de hormônios pela adenoipófise, como corretamente indicado na alternativa A.

A adenoipófise, ou hipófise anterior, é responsável pela produção de hormônios como o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante), essenciais para o desenvolvimento folicular e a ovulação. A pílula anticoncepcional, ao conter hormônios sintéticos similares ao estrogênio e à progesterona, age no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, suprimindo a liberação desses hormônios e, consequentemente, impedindo a ovulação.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre o funcionamento da pílula. A alternativa B menciona a gonadotrofina coriônica (hCG), um hormônio produzido durante a gravidez, não relacionado ao mecanismo contraceptivo. A alternativa C descreve um efeito similar ao do DIU hormonal, não da pílula. Já a alternativa D é equivocada, pois a pílula não previne doenças sexualmente transmissíveis, função exclusiva de métodos de barreira, como a camisinha. Por fim, a alternativa E também está incorreta, já que a pílula não age diretamente sobre a mobilidade dos espermatozoides.

Portanto, a alternativa A é a única que descreve com precisão o principal mecanismo de ação da pílula anticoncepcional, reforçando sua importância como método contraceptivo hormonal eficaz quando utilizado corretamente.

A questão apresentada aborda doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e solicita a identificação daquela causada por uma bactéria. Analisando as alternativas, podemos destacar a sífilis como a resposta correta, conforme indicado no gabarito. A seguir, uma breve explanação sobre cada opção:

• A) Leptospirose: Doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, transmitida principalmente pelo contato com água ou solo contaminado por urina de animais, não sendo considerada uma DST.
• B) Candidíase: Infecção fúngica provocada pelo fungo Candida albicans, que pode afetar regiões genitais, mas não é classificada como DST bacteriana.
• C) Tricomoníase: DST causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, portanto, não se enquadra como infecção bacteriana.
• D) Sífilis: Doença sexualmente transmissível provocada pela bactéria Treponema pallidum, caracterizada por estágios clínicos distintos e potencial complicações graves se não tratada. Alternativa correta.
• E) HPV: Infecção viral (Papilomavírus humano) que causa verrugas genitais e está associada a alguns tipos de câncer, não sendo de origem bacteriana.

Conclusão: A sífilis (alternativa D) destaca-se como a única DST bacteriana listada, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento com antibióticos, como a penicilina, para evitar complicações sistêmicas.

O uso de métodos contraceptivos é essencial para o planejamento familiar e a prevenção de gravidezes não desejadas. Cada método possui um modo de ação específico, que pode variar desde a barreira física até a interferência hormonal. A relação entre o modo de ação e o contraceptivo humano pode ser compreendida da seguinte forma:

I. Impede o encontro dos gametas: Métodos como a camisinha masculina e o diafragma atuam como barreiras físicas, evitando que os espermatozoides alcancem o óvulo.

II. Impede a implantação do embrião: O Dispositivo Intrauterino (DIU) e a pílula do dia seguinte interferem no processo de implantação do embrião no útero, impedindo a gravidez mesmo após a fecundação.

III. Previne a ovulação: A pílula comum age por meio de hormônios que inibem a ovulação, evitando a liberação do óvulo pelo ovário.

Analisando as alternativas, a sequência correta que relaciona os contraceptivos com seus respectivos modos de ação é:

• Camisinha Masculina - I (Impede o encontro dos gametas)
• Dispositivo Intrauterino (DIU) - II (Impede a implantação do embrião)
• Pílula comum - III (Previne a ovulação)
• Diafragma - I (Impede o encontro dos gametas)
• Pílula do dia seguinte - II (Impede a implantação do embrião)

Portanto, a alternativa correta é a D) I, II, III, I, II, que representa a relação precisa entre cada método contraceptivo e seu mecanismo de ação.

A epidemia de HIV/aids no Brasil apresenta dados significativos que revelam padrões importantes sobre sua distribuição e características. Entre 2007 e junho de 2017, foram registrados 194.217 casos de infecção pelo HIV, enquanto de 1980 até junho de 2017, houve 882.810 casos de aids notificados no país. Esses números destacam a magnitude do problema e a necessidade de compreender sua epidemiologia para orientar políticas públicas eficazes.

Analisando as alternativas apresentadas, a única correta é a letra C), que afirma que a maior concentração dos casos de aids no Brasil está em indivíduos com idade entre 25 e 39 anos. Essa faixa etária representa um grupo particularmente afetado, possivelmente devido a fatores como maior atividade sexual, menor adesão a medidas preventivas ou diagnóstico tardio.

As demais alternativas estão incorretas: a letra A) é falsa, pois a maior parte dos casos de HIV não se concentra exclusivamente na Região Nordeste, mas sim em áreas urbanas de maior densidade populacional, como Sudeste e Sul. A letra B) também está errada, já que a infecção pelo HIV historicamente tem maior prevalência em homens, embora a diferença entre os gêneros tenha diminuído ao longo dos anos. Por fim, a letra D) é incorreta porque a principal via de transmissão do HIV no Brasil é sexual, e não por transfusão de sangue, que hoje é extremamente controlada e segura.

Portanto, a alternativa C) é a única que reflete corretamente a realidade epidemiológica da aids no Brasil, destacando a importância de estratégias direcionadas a adultos jovens para reduzir a incidência da doença.

O HPV (Vírus do Papiloma Humano) é uma infecção sexualmente transmissível que afeta tanto homens quanto mulheres, com potencial para causar desde verrugas genitais até diversos tipos de câncer, como os de colo do útero, pênis, orofaringe e região anal. Diante desse cenário, a vacinação surge como uma das principais estratégias de prevenção.

O Ministério da Saúde brasileiro estabeleceu uma campanha de vacinação utilizando a vacina quadrivalente contra o HPV, que protege contra os tipos mais perigosos do vírus. Entre as alternativas apresentadas sobre essa campanha, a correta é a letra A), que afirma que a população-alvo inclui meninos e meninas. Essa abrangência é essencial, pois a imunização de ambos os sexos contribui para a redução da circulação do vírus na população, beneficiando não apenas os indivíduos vacinados, mas a sociedade como um todo.

As demais alternativas estão incorretas: a vacina não trata a doença já estabelecida (B), não substitui o exame preventivo do colo do útero (C), pessoas com HIV podem e devem ser vacinadas (D), e os efeitos colaterais da vacina são geralmente leves e restritos (E). Portanto, a vacinação contra o HPV é uma medida de saúde pública fundamental, com impacto significativo na prevenção de doenças graves.