Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

A vasectomia é um método contraceptivo cirúrgico masculino amplamente utilizado, que visa interromper de forma permanente ou reversível a liberação de espermatozoides no sêmen ejaculado. O procedimento consiste no corte ou bloqueio dos canais deferentes, estruturas responsáveis por transportar os espermatozoides dos testículos até a uretra durante a ejaculação.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Incorreta - Os tubos seminíferos são estruturas localizadas nos testículos onde ocorre a produção de espermatozoides, não sendo alvo da vasectomia.
• B) Correta - O procedimento realmente envolve a secção ou obstrução dos canais deferentes, impedindo que os espermatozoides sejam liberados no sêmen, sem afetar outras funções reprodutivas.
• C) Incorreta - A vesícula seminal não é removida na vasectomia, pois sua função é produzir parte do líquido seminal, não estando relacionada diretamente com o transporte de espermatozoides.
• D) Incorreta - A próstata continua funcionando normalmente após a vasectomia, produzindo seu componente do sêmen, sem relação com a produção de espermatozoides.

Portanto, a alternativa correta é a B, pois descreve com precisão o princípio básico da vasectomia: a interrupção dos canais deferentes para impedir a presença de espermatozoides no sêmen ejaculado, mantendo inalteradas as demais funções do sistema reprodutor masculino.

Existem vários métodos contraceptivos disponíveis. É importante consultar um especialista para verificar o método mais indicado para cada pessoa.

MARQUE a alternativa CORRETA em relação aos métodos contraceptivos.

• A) A ligadura tubária é um método contraceptivo eficaz e fácil de ser revertido.
• B) A vasectomia impede a produção de espermatozoides, assim como a pílula impede a ovulação.
• C) A pílula pode ter sua eficiência diminuída devido ao uso de bebida alcoólica, uma ou duas horas após a sua ingestão.
• D) Todos os métodos contraceptivos também são agentes importantes no combate às doenças sexualmente transmissíveis.

O gabarito correto é C).

A AIDS, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma das pandemias mais graves da história moderna. Causada pelo vírus HIV, ela compromete o sistema imunológico, deixando os indivíduos vulneráveis a infecções oportunistas e doenças que, em condições normais, seriam facilmente combatidas pelo organismo. Os dados do Ministério da Saúde em 2007 revelam a dimensão do problema: 33,7 milhões de pessoas viviam com a doença, e 2,1 milhões haviam morrido em decorrência dela. Apesar dos avanços científicos, ainda não existe uma vacina eficaz contra o HIV, o que torna a prevenção e o tratamento antirretroviral as principais formas de controle.

Para que uma vacina contra o HIV seja eficiente, ela deve atender a critérios específicos. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a letra A), que afirma que a vacina precisa induzir a imunidade do organismo a produzir células de memória e anticorpos específicos contra o vírus. Essa é a base do funcionamento de qualquer vacina bem-sucedida: estimular o sistema imunológico a reconhecer e combater o patógeno de forma eficiente, criando uma resposta duradoura. As outras alternativas apresentam equívocos ou informações imprecisas, como a ideia de que animais são os principais transmissores (o HIV é transmitido principalmente entre humanos) ou que a vacina deveria alterar o genoma do portador, o que não faz parte do mecanismo de ação das vacinas convencionais.

A busca por uma vacina contra o HIV continua sendo um dos maiores desafios da medicina contemporânea. Enquanto isso, a conscientização sobre formas de prevenção, como o uso de preservativos e a realização de testes periódicos, segue sendo fundamental para reduzir a disseminação do vírus e garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem com HIV/AIDS.

A transmissão materno-infantil do HIV ocorre por meio de três vias principais: durante a gestação (intraútero), no momento do parto ou no período pós-parto, principalmente através da amamentação. Esses mecanismos de transmissão estão relacionados exclusivamente à exposição do bebê aos fluidos corporais infectados da mãe, não havendo qualquer relação com alterações genéticas ou cromossômicas.

O cariótipo, que representa o conjunto cromossômico de um indivíduo, permanece inalterado nesses casos de transmissão vertical do HIV. A infecção ocorre pela presença do vírus no organismo materno e sua passagem para a criança, mas não interfere na estrutura ou número de cromossomos do recém-nascido. Portanto, a afirmação de que os modos de transmissão descritos excluem a possibilidade de anormalidade cariotípica relacionada à doença está correta.

As medidas preventivas recomendadas - uso de antirretrovirais, cesariana e substituição da amamentação - visam justamente reduzir o contato do bebê com o vírus, sem qualquer efeito sobre sua constituição genética. Dessa forma, fica evidente que a transmissão do HIV da mãe para o filho não está associada a alterações no cariótipo da criança.

A transmissão vertical do HIV, ou seja, a passagem do vírus da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação, representa um desafio significativo para a saúde pública. Como destacado por Ribeiro (2013), as estratégias de prevenção incluem o uso de antirretrovirais pela gestante, a realização de parto cesariano e a substituição do leite materno por fórmulas infantis. Essas medidas visam reduzir drasticamente as taxas de transmissão, que podem chegar a 35% sem intervenção.

No entanto, a afirmação de que o leite artificial se justifica pela ausência de anticorpos no leite materno é incorreta. Pelo contrário, o leite humano é rico em anticorpos e fatores de proteção, sendo a principal razão para sua contraindicação no caso de mães HIV positivas o risco de transmissão viral. Estudos demonstram que o leite materno de mulheres soropositivas contém tanto anticorpos quanto o vírus HIV, criando um paradoxo onde um alimento nutritivo e protetor se torna potencialmente perigoso.

A opção pelo leite artificial nesses casos específicos fundamenta-se em evidências científicas que comprovam sua eficácia na prevenção da transmissão vertical quando associado a outras medidas profiláticas. Esta abordagem multidisciplinar tem permitido que taxas de transmissão materno-infantil do HIV caiam para menos de 2% em países com acesso a essas tecnologias e protocolos de saúde.

A transmissão vertical do HIV, ou seja, da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação, é um tema de grande relevância na saúde pública. Embora o texto inicial sugira que a contaminação ocorra devido à mistura direta do sangue materno com o fetal no útero, essa afirmação está incorreta, conforme indicado pelo gabarito (E).

Na realidade, a transmissão intrauterina do HIV acontece principalmente por meio da passagem do vírus através da placenta, que atua como barreira parcialmente permeável. Essa transferência pode ocorrer em qualquer fase da gestação, mas é mais comum no terceiro trimestre, quando a placenta se torna mais permeável. O contato direto entre o sangue materno e fetal é raro e não constitui o principal mecanismo de transmissão.

As estratégias de prevenção mencionadas no texto - uso de antirretrovirais na gestação, parto cesáreo e substituição da amamentação - são eficazes justamente porque atuam nos diferentes momentos de risco. Os medicamentos reduzem a carga viral materna, diminuindo a chance de passagem transplacentária; o parto cirúrgico evita a exposição do recém-nascido às secreções genitais infectadas; e as fórmulas infantis previnem a transmissão pelo leite materno.

É importante destacar que, com os avanços no tratamento antirretroviral e nas técnicas de prevenção, as taxas de transmissão vertical do HIV caíram significativamente, permitindo que mulheres soropositivas tenham filhos sem transmitir o vírus na grande maioria dos casos quando seguem corretamente as recomendações médicas.

O planejamento familiar é um tema de grande relevância na sociedade atual, e a escolha de métodos anticoncepcionais adequados é essencial para garantir a saúde reprodutiva dos casais. Diante disso, a Secretaria da Saúde de uma cidade elaborou um cartaz informativo para esclarecer dúvidas sobre os métodos contraceptivos mais comuns. Entre as alternativas apresentadas, a afirmação biologicamente correta é a de que "a vasectomia impede que os espermatozoides cheguem à uretra do homem".

A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples e eficaz, no qual os canais deferentes são cortados ou bloqueados, impedindo a passagem dos espermatozoides dos testículos para a uretra. Dessa forma, o homem continua produzindo espermatozoides, mas eles não são liberados durante a ejaculação. É importante destacar que esse método não afeta a produção hormonal nem a libido, sendo uma opção segura para quem deseja evitar a gravidez de forma definitiva.

As demais alternativas apresentam informações incorretas. O diafragma, por exemplo, é um método de barreira de uso feminino, e não masculino. A tabelinha, por sua vez, não causa esterilidade, mas sim é um método natural com baixa eficácia. A inseminação artificial não é um método contraceptivo, e sim uma técnica de reprodução assistida. Por fim, a pílula do dia seguinte não é indicada para homens e não interfere na produção de espermatozoides.

Portanto, a alternativa B é a única que apresenta uma informação biologicamente precisa e adequada para compor um material informativo sobre métodos contraceptivos.

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um desafio significativo para a saúde pública devido à sua complexidade e à dificuldade de identificação precoce. O diagnóstico e o tratamento adequados são essenciais para controlar sua disseminação e reduzir complicações graves. Nesse contexto, analisaremos as afirmações apresentadas para identificar quais estão corretas.

A afirmação I está correta, pois a sífilis é, de fato, causada pela bactéria Treponema pallidum, e seu estágio inicial é caracterizado pelo cancro duro e aumento dos gânglios linfáticos inguinais. Já a afirmação II também está correta, uma vez que o HPV pode causar lesões genitais e está associado a certos tipos de câncer, como o de colo do útero.

A afirmação III, no entanto, está incorreta. A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, e não por um vírus, embora seu tratamento envolva antibióticos. Por outro lado, a afirmação IV está correta, pois o HIV, vírus causador da AIDS, ataca os linfócitos TCD4, comprometendo o sistema imunológico.

Por fim, a afirmação V está correta, pois a janela imunológica refere-se ao período em que o vírus já está presente no organismo, mas os anticorpos ainda não são detectáveis nos exames, podendo levar a resultados falso-negativos (não falso-positivos, como mencionado erroneamente no enunciado).

Portanto, as afirmações corretas são I, II, IV e V, correspondendo à alternativa C.

A escolha do método contraceptivo adequado é essencial para quem busca evitar uma gravidez indesejada e, em alguns casos, prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Entre as opções disponíveis, apenas algumas oferecem proteção dupla, ou seja, atuam tanto na contracepção quanto na prevenção de infecções.

O preservativo masculino e o preservativo feminino são os únicos métodos listados que cumprem essa dupla função. Enquanto o DIU, a pílula anticoncepcional e a vasectomia previnem apenas a gravidez, os preservativos criam uma barreira física que impede a troca de fluidos corporais, reduzindo significativamente o risco de transmissão de DSTs, como HIV, sífilis e HPV.

O coito interrompido, por sua vez, não é considerado um método confiável para nenhum dos dois objetivos, pois não oferece proteção contra DSTs e falha frequentemente na prevenção da gravidez. Portanto, a alternativa correta é a C) Preservativo masculino e preservativo feminino, já que essas são as únicas opções que garantem segurança em ambos os aspectos.

O vírus HIV, causador da AIDS, permanece como um grave problema de saúde pública, sendo responsável por milhares de mortes anualmente. Muitas vezes, o óbito de pessoas soropositivas é associado ao desenvolvimento de doenças oportunistas, que se aproveitam da fragilidade do sistema imunológico.

A relação entre o HIV e as doenças oportunistas ocorre porque o vírus tem a capacidade de parasitar as células de defesa do organismo humano, especificamente os linfócitos T CD4+. Essa invasão e destruição progressiva das células imunológicas comprometem a resposta do corpo a infecções, permitindo que microrganismos normalmente controlados se proliferem e causem doenças graves.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta é a E) parasitar as células de defesa do organismo humano, pois descreve com precisão o mecanismo pelo qual o HIV enfraquece o sistema imunológico, abrindo caminho para as infecções oportunistas. As outras alternativas não correspondem ao comportamento biológico do vírus ou apresentam informações incorretas sobre sua ação no organismo.