Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

A oferta de contraceptivos revolucionou a saúde pública ao facilitar o planejamento familiar e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Entre os métodos disponíveis, apenas alguns combinam eficácia contraceptiva com proteção contra infecções.

A alternativa correta é a A), pois os preservativos masculinos constituem a única barreira física comprovadamente eficaz contra vírus e bactérias transmitidos sexualmente. Sua estrutura de látex ou poliuretano impede o contato direto com fluidos corporais, reduzindo drasticamente o risco de HIV, HPV, gonorreia e outras infecções.

As demais opções apresentam equívocos: o DIU (B) previne gravidez mas não bloqueia DSTs; espermicidas (C) podem até aumentar riscos de irritação mucosa; anticoncepcionais hormonais (D) não alteram fluidos contra patógenos; e a pílula do dia seguinte (E) atua apenas na ovulação, sem efeito sobre agentes infecciosos. Portanto, a proteção dupla exige combinação de métodos - preservativos para DSTs com outros contraceptivos para maior eficácia.

Dezembro Vermelho: Conscientização e Prevenção à AIDS

O Dezembro Vermelho é uma campanha fundamental para alertar a população sobre a AIDS e o HIV, promovendo a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a D), que afirma: "Ser HIV positivo não significa ter AIDS, entretanto é fundamental o uso de preservativos para evitar a transmissão do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis."

Essa afirmação está correta porque, embora o HIV seja o vírus que pode levar à AIDS, nem todas as pessoas soropositivas desenvolvem a síndrome. O uso de preservativos continua sendo a principal forma de prevenção, não apenas contra o HIV, mas também contra outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

As demais alternativas contêm imprecisões: a alternativa A) menciona erroneamente que o HIV ataca o sistema neurológico, quando na verdade ele afeta o sistema imunológico. A B) descreve incorretamente a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) como um tratamento contínuo, quando na verdade é um esquema emergencial de 28 dias. Já a C) confunde a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) com a PEP, pois a PrEP é uma estratégia preventiva contínua para pessoas com risco elevado de exposição ao HIV, e não um tratamento pós-exposição.

Portanto, a alternativa D) é a única que apresenta informações totalmente corretas, reforçando a importância do conhecimento científico e da prevenção no combate ao HIV/AIDS.

Considerando as DST’s, é correto afirmar que

A alternativa B) está correta, pois descreve com precisão o estágio secundário de algumas doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis. Nessa fase, que ocorre semanas após a infecção inicial, surgem erupções cutâneas variadas, um dos sintomas mais característicos.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. Na alternativa A), a gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, não por um vírus. Embora a descrição da inflamação e formação de pus esteja correta, o agente causador foi identificado erroneamente.

Na alternativa C), apesar de mencionar corretamente a possibilidade de recorrência do herpes genital, a afirmação de que a doença tem cura completa é falsa. Atualmente, não existe cura definitiva para o herpes, apenas tratamentos que controlam os sintomas e reduzem a frequência das recidivas.

Por fim, a alternativa D) contém um equívoco ao sugerir que a candidíase vulvovaginal torna o sistema imune deficiente. Na realidade, essa infecção fúngica causa coceira e irritação, mas não compromete diretamente o sistema imunológico, embora possa ser mais frequente em pessoas com imunidade baixa.

Portanto, a única afirmação totalmente correta é a B), que descreve adequadamente um dos estágios de desenvolvimento de determinadas DSTs.

O tratamento adequado das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é fundamental não apenas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados, mas também para interromper a cadeia de transmissão, reduzindo a disseminação dessas infecções na população. Entre os diversos agentes causadores de ISTs, é importante destacar as diferenças estruturais e biológicas que os caracterizam, como a distinção entre organismos procariontes e eucariontes.

No contexto da questão apresentada, o Treponema pallidum (alternativa A) se destaca como o único organismo procarionte listado. Esse agente é uma bactéria espiralada responsável pela sífilis, uma IST grave que pode evoluir para complicações sistêmicas se não tratada. Como procarionte, o Treponema pallidum não possui um núcleo celular definido, diferindo dos outros organismos mencionados, que são eucariontes.

As demais alternativas representam organismos eucariontes: Pthirus pubis (B) é um artrópode (piolho púbico), o HPV (C) é um vírus, Candida albicans (D) é um fungo, e Trichomonas vaginalis (E) é um protozoário. Portanto, a resposta correta é, de fato, a alternativa A, reforçando a importância de compreender as características fundamentais dos patógenos para um diagnóstico e tratamento eficazes.

A epidemia de HIV/AIDS no Brasil continua sendo um desafio significativo para a saúde pública, conforme evidenciado pelos dados de notificação entre 2007 e 2016, que registraram mais de 136 mil casos de infecção pelo vírus. Apesar dos avanços na rede de diagnóstico, a subnotificação persiste, dificultando o mapeamento preciso da disseminação do vírus e a implementação de estratégias eficazes de prevenção.

Analisando as alternativas apresentadas sobre a epidemiologia do HIV/AIDS no país, a afirmação correta é a letra D: "Na última década, houve maior número de casos de AIDS em homens do que em mulheres." Essa tendência reflete um padrão histórico da epidemia no Brasil, onde a incidência em homens, especialmente entre aqueles que fazem sexo com outros homens, tem sido consistentemente maior.

As demais alternativas não correspondem à realidade epidemiológica:

• A) A faixa etária mais afetada não é a de 50 anos ou mais, mas sim adultos jovens.
• B) A taxa de infecção em gestantes tem se mantido estável ou apresentado leve aumento, não redução.
• C) As regiões Sudeste e Sul concentram historicamente o maior número de casos, não Norte e Nordeste.

Esses dados destacam a importância de políticas públicas direcionadas, especialmente para populações mais vulneráveis, e a necessidade de campanhas de prevenção que considerem as dinâmicas específicas da epidemia no contexto brasileiro.

Desde o início da epidemia de AIDS no Brasil em 1980 e até junho de 2012, segundo o Ministério da Saúde, houve 656.701 casos registrados da doença. Considerando-se a estimativa de que cerca de 54% dos portadores do HIV não têm o diagnóstico da soropositividade, o número de pessoas que têm e podem transmitir o vírus HIV é, pelo menos, o dobro do número de casos registrados.

Com relação à infecção pelo HIV e à AIDS no Brasil, é INCORRETO afirmar:

• A) A faixa etária entre 13 a 19 anos é a única no Brasil em que o número de casos de AIDS é maior entre o sexo feminino do que entre o sexo masculino.
• B) A transmissão sexual em relações heterossexuais é a principal forma de transmissão do vírus HIV entre maiores de 13 anos de idade, sejam do sexo feminino ou masculino.
• C) Atualmente, há mais casos de AIDS entre os homens do que entre as mulheres, mas a diferença vem diminuindo ao longo dos anos.
• D) Entre heterossexuais, não existe relação entre o número de parceiros sexuais e o resultado positivo para HIV.

O gabarito correto é D).

O aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre jovens em 2016, tanto no Brasil quanto no mundo, trouxe à tona discussões sobre as causas desse fenômeno. Sífilis, gonorreia, herpes, clamídia e AIDS foram algumas das doenças que apresentaram crescimento significativo, levantando preocupações entre especialistas em saúde pública.

Ao analisar as afirmações apresentadas, é possível identificar que os itens I, II e IV são verdadeiros. O item I destaca que essas doenças eram consideradas controladas pelas autoridades de saúde, o que pode ter levado a uma falsa sensação de segurança. O item II aponta corretamente que o avanço ocorreu principalmente entre os jovens, que muitas vezes subestimaram os riscos. Já o item IV ressalta que o Brasil, assim como outros países, registrou um aumento considerável nos casos de AIDS nos últimos anos.

Por outro lado, os itens III e V não correspondem à realidade. O item III afirma que a menor distribuição de métodos preventivos, como camisinhas, explica o aumento das DST, o que não é corroborado pelos dados disponíveis. O item V sugere que a redução de investimentos em publicidade e prevenção foi uma das causas do aumento, mas essa afirmação também não encontra respaldo nas evidências.

Portanto, a alternativa correta é a A) Somente os itens I, II e IV são verdadeiros, que reflete com precisão as causas e os fatores envolvidos no aumento das DST entre os jovens em 2016.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) representam um grave problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas anualmente. Essas doenças são causadas por diferentes tipos de patógenos, como bactérias, vírus e fungos, transmitidos principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas. No caso específico da Gonorreia, Candidíase e Sífilis, os agentes causadores são, respectivamente, uma bactéria, um fungo e outra bactéria.

A Gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que infecta as mucosas do trato genital, podendo levar a complicações como infertilidade se não tratada adequadamente. Já a Candidíase tem como agente etiológico o fungo Candida albicans, que normalmente habita o organismo humano, mas pode se proliferar excessivamente em determinadas condições. Por fim, a Sífilis é provocada pela bactéria Treponema pallidum, uma espiroqueta que pode causar danos graves a diversos órgãos quando a infecção progride.

A alternativa correta, que indica bactéria (Gonorreia), fungo (Candidíase) e bactéria (Sífilis) como os tipos de patógenos respectivos, é a letra C. Esse conhecimento é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados dessas infecções, além de reforçar a importância da prevenção através do uso de preservativos e da educação sexual.

A tricomoníase é a Doença Sexualmente Transmissível (DST) não viral mais prevalente em escala global. Causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, essa infecção possui particularidades que a distinguem de outras DSTs. Conforme mencionado, o parasita afeta exclusivamente o trato urogenital humano, não colonizando outras regiões anatômicas como cavidade bucal ou intestino, característica que auxilia no diagnóstico diferencial.

A transmissão ocorre predominantemente por contato sexual, sendo a vagina o local mais comum de infecção em mulheres, enquanto nos homens atinge principalmente a uretra. Os sintomas incluem corrimento espumoso amarelado ou esverdeado (mais evidente em mulheres), disúria e irritação genital, embora aproximadamente 70% dos infectados possam permanecer assintomáticos – o que favorece a disseminação silenciosa da doença.

Entre as alternativas apresentadas, a gonorreia (opção A) é bacteriana; a herpes genital (B) é viral; e a sífilis (C), apesar de bacteriana, pode manifestar lesões extragenitais. A tricomoníase (D) destaca-se como única protozoose entre as opções, confirmando-se como resposta correta. O tratamento eficaz envolve antimicrobianos específicos como metronidazol ou tinidazol, exigindo abordagem simultânea dos parceiros sexuais para evitar reinfecções.