Questões Sobre IST´s e Métodos contraceptivos - Biologia - concurso

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um desafio significativo para a saúde pública global, exigindo conhecimento sobre seus agentes causadores, modos de transmissão e estratégias de prevenção para reduzir sua disseminação. A associação correta entre as doenças e suas causas é fundamental para compreender suas particularidades e promover ações eficazes de combate.

A alternativa correta para a associação proposta é a opção C, que relaciona:

• 1. AIDS com a descrição C, pois o vírus HIV ataca os linfócitos CD4, comprometendo o sistema imunológico.
• 2. Gonorreia com a descrição B, já que é causada por uma bactéria que provoca dor ao urinar e secreção uretral em homens, podendo evoluir para quadros graves em mulheres.
• 3. Sífilis com a descrição D, uma vez que o Treponema pallidum é seu agente causador, podendo ser transmitido sexualmente ou verticalmente (de mãe para filho).
• 4. Cancro Mole com a descrição E, pois é causado por uma bactéria que forma lesões genitais dolorosas.
• 5. Herpes Genital com a descrição A, já que é causado pelo vírus tipo 2, formando bolhas com líquido.
• 6. Condiloma Acuminado com a descrição F, caracterizado por verrugas genitais e associado a subtipos de HPV que podem causar câncer cervical.

Essa correlação reforça a importância do conhecimento detalhado sobre cada DST, permitindo não apenas o diagnóstico preciso, mas também a adoção de medidas preventivas adequadas, como o uso de preservativos e a realização de exames periódicos.

O uso de anticoncepcionais hormonais orais é um método amplamente difundido para o controle da natalidade, baseado na interferência regulada no ciclo reprodutivo feminino. O mecanismo de ação principal desses medicamentos consiste em suprimir a ovulação, impedindo assim a liberação de um óvulo maduro que poderia ser fertilizado. Esse efeito é alcançado por meio da inibição da produção dos hormônios gonadotróficos pela hipófise, especificamente o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), conforme indicado corretamente na alternativa A.

A pílula anticoncepcional contém versões sintéticas dos hormônios estrogênio e progesterona, que atuam no eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Ao simular níveis hormonais consistentes com a fase lútea do ciclo menstrual, esses compostos enviam um sinal de retroalimentação negativa ao sistema nervoso central. Como resultado, a secreção de gonadotrofinas é suprimida, impedindo o desenvolvimento folicular e a ovulação. Esse mecanismo difere significativamente dos outros processos mencionados nas alternativas restantes.

A alternativa B está incorreta porque, embora os anticoncepcionais contenham estrogênio sintético, sua função não é estimular a produção endógena desse hormônio, mas sim substituí-lo para manter a homeostase hormonal. A opção C também não corresponde ao mecanismo primário, já que a descamação endometrial (menstruação) ocorre normalmente durante a pausa entre as cartelas, sendo um efeito secundário da suspensão hormonal programada. Por fim, a alternativa D descreve um possível efeito contraceptivo secundário, mas não representa o principal modo de ação das pílulas combinadas.

Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa A, que identifica com precisão o mecanismo fundamental pelo qual os anticoncepcionais hormonais orais exercem seu efeito contraceptivo: a inibição da produção de hormônios gonadotróficos, impedindo assim o desenvolvimento folicular e a ovulação.

A vacinação contra o HPV desempenha um papel crucial na saúde pública, especialmente na prevenção de doenças graves entre as mulheres. O vírus do papiloma humano (HPV) está diretamente associado ao desenvolvimento do câncer do colo do útero, uma das principais causas de mortalidade por câncer na população feminina. A imunização oferece proteção contra os tipos mais perigosos do vírus, reduzindo significativamente os riscos de infecção e suas consequências.

Entre as opções apresentadas, o câncer de colo uterino (alternativa C) é a resposta correta, pois a relação entre o HPV e essa patologia está cientificamente comprovada. Enquanto outros tipos de câncer, como os de mama, pulmão e pele, possuem fatores de risco distintos, o HPV é o principal agente causador das lesões precursoras e do próprio câncer cervical. Portanto, a vacina representa uma estratégia eficaz de saúde preventiva, recomendada para adolescentes e jovens antes do início da vida sexual.

Em relação à doença conhecida no Brasil por AIDS, causada pelo vírus HIV, é correto afirmar que:

A alternativa E) está correta, pois a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) se caracteriza por um conjunto de infecções oportunistas que surgem devido à queda drástica da imunidade. Isso ocorre porque o vírus HIV ataca e destrói os linfócitos T auxiliadores (CD4), células fundamentais para o sistema imunológico. Conforme a doença progride, o organismo fica vulnerável a infecções e doenças que normalmente seriam combatidas com facilidade.

As demais alternativas estão incorretas:

• A) O HIV não é transmitido por suor, lágrimas ou outras secreções não-infectantes. A transmissão ocorre principalmente por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas, transfusão de sangue contaminado ou de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação.
• B) Mulheres grávidas soropositivas devem fazer uso de antirretrovirais para reduzir o risco de transmissão vertical (para o bebê). O tratamento adequado diminui significativamente as chances de infecção do feto e não está associado a malformações quando acompanhado por um médico.
• C) Ainda não existem vacinas eficazes contra o HIV devido à alta taxa de mutação do vírus, que dificulta a criação de uma imunização duradoura. Pesquisas continuam em andamento, mas uma solução definitiva ainda não está disponível.
• D) Embora o HIV possa permanecer assintomático por anos (período de latência), a transmissão pode ocorrer mesmo sem sintomas, pois o vírus está presente em fluidos corporais como sangue, sêmen e secreções vaginais.

Portanto, a resposta correta é a alternativa E), que descreve com precisão a relação entre o HIV, a destruição dos linfócitos T CD4 e o surgimento de infecções oportunistas que definem a AIDS.

O texto aborda o retorno da sífilis como uma epidemia no Brasil, destacando o aumento alarmante de casos em um curto período e a criação de um dia nacional de combate à doença. Além disso, menciona a relação entre a diminuição do uso de preservativos e a falsa sensação de segurança proporcionada pelos avanços nos tratamentos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a AIDS. Diante disso, a pergunta solicita a identificação da afirmação correta sobre DSTs.

A alternativa correta é a D), que afirma: "As pílulas anticoncepcionais são compostas por hormônios femininos sintéticos, que 'enganam' o organismo e impedem que a ovulação ocorra. Portanto, esse método atua somente como contraceptivo, não prevenindo contra as DSTs." Essa afirmação está correta, pois as pílulas anticoncepcionais têm como principal função evitar a gravidez, mas não oferecem proteção contra DSTs. A prevenção dessas doenças ainda depende do uso de métodos de barreira, como preservativos.

As demais alternativas estão incorretas. A alternativa A) é falsa, pois a AIDS não causa lesões genitais específicas e pode ser transmitida por outras vias além do ato sexual. A alternativa B) está errada, pois o DIU não previne DSTs, apenas atua como método contraceptivo. A alternativa C) é incorreta, pois a sífilis é causada por uma bactéria (Treponema pallidum), não por um protozoário. Por fim, a alternativa E) está errada, pois algumas DSTs, como a sífilis, podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação ou parto.

O texto apresentado aborda o Projeto Vale a Pena Sonhar na Saúde, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas (Sesau) para prevenir a gravidez na adolescência no município de Marechal Deodoro. Além disso, menciona a importância da vacinação contra o HPV como parte das estratégias de conscientização. O item a ser julgado afirma que "a infecção por HPV necessariamente implicará o desenvolvimento do câncer de colo do útero", o que está incorreto, conforme o gabarito indica (E) ERRADO.

A infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do câncer de colo do útero, mas não é uma condição determinante. Muitas infecções por HPV são transitórias e podem ser eliminadas pelo sistema imunológico sem evoluir para quadros mais graves. Além disso, apenas alguns tipos de HPV são considerados de alto risco oncogênico. Portanto, a afirmação de que a infecção por HPV "necessariamente" levará ao câncer de colo do útero é falsa, reforçando a correção do gabarito como ERRADO.

O texto apresentado aborda a questão da gravidez na adolescência e as estratégias de prevenção adotadas pelo Projeto Vale a Pena Sonhar na Saúde, em Marechal Deodoro, Alagoas. Dentre as ações mencionadas, destaca-se a conscientização sobre a importância da vacinação contra o HPV, um vírus associado a diversas doenças, incluindo o câncer do colo do útero e outras condições relacionadas à saúde sexual.

A afirmação de que "a aplicação gratuita de vacina contra o HPV no Sistema Único de Saúde está inserida no rol de ações para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST)" está correta. O SUS, de fato, oferece a vacinação contra o HPV como parte de suas políticas públicas de saúde, visando reduzir a incidência de infecções sexualmente transmissíveis e suas complicações. Portanto, a alternativa C) CERTO é a resposta correta.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) representa a fase mais avançada da infecção pelo vírus HIV, cuja manifestação pode levar anos. No Brasil, desde o primeiro caso registrado em 1980 até meados de 2007, foram identificados aproximadamente 474 mil casos, com cerca de 192 mil óbitos até junho de 2006. A mortalidade por AIDS, que aumentou até os anos 1990, estabilizou-se a partir de 1998 em torno de 11 mil mortes anuais, com uma taxa de aproximadamente 6,4 óbitos por 100 mil habitantes a partir do ano 2000.

A redução nas taxas de mortalidade a partir da década de 1990 está diretamente relacionada ao desenvolvimento de medicamentos antirretrovirais, que permitem diferentes formas de ação contra o vírus HIV. Esses avanços terapêuticos transformaram a AIDS de uma doença fatal em uma condição crônica controlável, desde que o tratamento seja seguido adequadamente. Portanto, a alternativa correta é a letra C, que destaca o papel crucial das drogas no combate ao vírus.

Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em: 01 maio 2009 (adaptado).

O uso de preservativos masculinos é uma medida eficaz na prevenção de muitas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), mas sua proteção não é absoluta. Embora as camisinhas reduzam significativamente o risco de infecções como HIV, gonorreia e clamídia, existem patologias para as quais sua eficácia é limitada.

Entre as opções apresentadas, o HPV (Vírus do Papiloma Humano) é a doença para a qual o preservativo tem baixa eficiência preventiva. Isso ocorre porque o vírus pode ser transmitido pelo contato com áreas não cobertas pela camisinha, como a pele ao redor dos genitais. Além disso, o HPV pode permanecer assintomático, facilitando sua disseminação mesmo quando não há lesões visíveis.

As demais alternativas — cancro mole, gonorreia e tricomoníase — são mais eficazmente prevenidas pelo uso correto do preservativo, já que envolvem fluidos corporais ou contato direto com lesões que a barreira física da camisinha pode bloquear. Portanto, a resposta correta é A) HPV, reforçando a importância de estratégias complementares, como a vacinação e exames periódicos, para uma proteção mais abrangente.

Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou novas diretrizes para o tratamento de três doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorreia e clamídia. Essas infecções são causadas por bactérias e representam um desafio significativo para a saúde pública, especialmente devido ao crescente problema da resistência aos antibióticos.

A alternativa correta, conforme indicado no gabarito, é a letra B), que afirma que essas doenças são causadas por bactérias capazes de desenvolver resistência a antibióticos quando esses medicamentos são usados de forma excessiva ou inadequada. Esse fenômeno dificulta o tratamento e exige abordagens mais rigorosas, como o ajuste das dosagens e a escolha de fármacos específicos.

As outras alternativas apresentam informações incorretas. A opção A) menciona vírus e macacos, o que não se aplica a essas doenças. Já as alternativas C) e D) sugerem que o uso de preservativos pode eliminar as bactérias ou protozoários, o que é um equívoco, pois os preservativos previnem a transmissão, mas não tratam infecções já estabelecidas.

Portanto, a resistência bacteriana é um problema crítico no manejo dessas DSTs, reforçando a importância do uso responsável de antibióticos e da adoção de medidas preventivas, como o sexo seguro e o diagnóstico precoce.